quarta-feira, 24 de junho de 2009

BIZ STONE(TWITTER) DÁ CONFERÊNCIA EM PORTUGAL

BIZ STONE CO FUNDADOR DA POPULAR TWITTER
LISBOA-Aos 35 anos vê o nome na revista norte-americana Time como uma das 100 pessoas mais influentes do Mundo. São as letras arrumadas em palavras que lhe amanham a vida e a carreira. Não são necessárias muitas. Pelo contrário. Encontra o segredo na essência do imediatismo, numa receita que usa apenas 140 caracteres. Todos os que têm algo a dizer lançam ao Mundo mensagens com o que há para dizer. É uma janela que se estende na Web 2.0. Do outro lado encontramos Biz Stone, a voar livremente com o Twitter.
Acorda num hotel, numa cidade que ainda não consegue sequer sentir. Chegou a noite passada. Entre o café da manhã deixa as primeiras impressões a quem o segue. Escreve que está a tomar um "nescafé" e envia um link de um vídeo com gatos. Foi a mulher que o enviou a partir de Los Angeles. Biz Stone está em Lisboa. Arruma as palavras e segue para o Museu do Oriente. É lá que decorre a conferência que o trouxe até cá, organizada pelo jornal i. Chega por volta das dez da manhã. À SIC, começa por dizer que o Twitter é mais, muito mais, do que uma simples rede social. "É uma rede de comunicação e informação". Fala em milhões quando fala nos que usam a ferramenta que ajudou a criar há três anos. "É partilhar e descobrir o que está acontecer neste preciso momento", remata. Sucinto no discurso, vai ao essencial em poucas palavras. Como se cada uma tivesse um peso que pudesse ser medido e valorizado. São 140 caracteres que, seja quem for, em qualquer lado, através do computador, ou por telemóvel, diz o que tem a dizer. O jornalismo e o Twitter No princípio, mais que o verbo, a palavra. E aqui, no mundo online, começa a passar rápido através do correio electrónico. Passam os anos, mais de dez, e já quase que a @ se torna pesada e empoeirada demais quando se fala de comunicação. Entra-se nas redes sociais, como o Hi5 ou os blogs. O Twitter é um passo em frente rumo a uma rede na qual o cibernauta não se fecha na reduzida dimensão de utilizador. Passa a produzir e a espalhar informação. Vê quem quer. Criam-se estrelas que, de outra forma, nunca poderia sair sequer do quarto de um mundo físico com barreiras a mais. Ameaça ou não ao jornalismo e aos jornalistas, o cidadão repórter está para ficar. E Biz Stone sabe disso. Fala numa relação "muito interessante" entre ambos. "O Twitter é muito bom em notícias de última hora. O que não temos é jornalistas e repórteres que dêem o contexto e a dizerem-nos por que é importante", refere. Google não consegue "escrever" negócio no Twitter Teve um papel ao abrir uma janela para tudo o que se passa no Irão. Há 17 milhões de utilizadores em todo o Mundo. Serão uns 10 mil em Portugal. A sede é em São Francisco, nos Estados Unidos. Já recusou uma oferta milionária da Google. Apesar do sucesso, a empresa ainda não consegue lucrar com a popularidade que conquistou. Está a ser estudado um novo modelo pago. Isto porque o Twitter não se trata apenas de pessoas, mas também de empresas. "Há muitas empresas que usam o Twitter para marketing e apoio ao cliente. Estamos a ver como podemos melhorar o valor que estão a conseguir com o Twitter. Podemos oferecer-lhes serviços especiais, que melhorem a relação com os clientes. Pensamos que estão dispostos a pagar por isso", explica Biz Stone à SIC. Ele que é uma das 100 pessoas mais influentes do Mundo.
SIC(Por Luís Manso)

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