terça-feira, 21 de julho de 2009

CPLP:Organização já superou limite da maturidade, defende chefe da diplomacia de Angola

Foto da internet:Assunção dos Anjos aqui com Hillary Clinton
Cidade da Praia -A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) já superou o limite da maturidade, com estruturas sólidas e objectivos fortes, disse hoje à Agencia Lusa o ministro das Relações Exteriores de Angola.
Assunção dos Anjos, que participou segunda-feira no Conselho de Ministros da CPLP, realizado na Cidade da Praia, considerou a comunidade lusófona "já não é aquela organização que se baseia apenas na Língua Portuguesa.
"A CPLP é uma realidade, com estruturas sólidas e objectivos bastante fortes, que já não é aquela comunidade só baseada na língua. Coopera num sentido extremamente positivo e isso ficou patente nas discussões em torno dos efeitos da crise económica mundial nos nossos países", afirmou o chefe da diplomacia angolana que, a partir de 2010, assegurará a presidência do Conselho de Ministros da organização.
Para Assunção dos Anjos, no Conselho de Ministros de segunda-feira, ao analisar-se a questão dos efeitos da crise, reparou-se que a CPLP pode ajudar na busca de soluções "de uma forma ambivalente".
"Primeiro, porque cooperamos e interagimos para minorarmos os efeitos da crise nas nossas economias, associações e sociedades. Depois, porque, de uma maneira assertiva, a CPLP contribui para encontrar soluções para combater o flagelo que se abateu sobre as nossas sociedades", sustentou.
"Numa perspectiva planetária de afirmação e da Língua Portuguesa, há também essa postura de a CPLP reivindicar essa possibilidade e de dar a sua quota-parte, a sua contribuição para a resolução de problemas globais", acrescentou.
Questionado pela Lusa sobre o que Angola pensa fazer quando assumir a presidência da CPLP, nomeadamente em relação ao Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), com sede na Cidade da Praia, Assunção dos Anjos recusou individualizar a questão, sublinhando tratar-se de um tema que diz respeito aos "oito" Estados membros da organização.
"Angola pode fazer o quê? O IILP e uma instituição de que fazem parte todos os oito Estados membros. Angola tem ocasionalmente a presidência do IILP (a linguista Amélia Mingas). Mas há um grupo de trabalho que está a estudar a questão e que vai proceder a uma análise das mudanças estruturais de que a instituição necessita", respondeu.
Assunção do Anjos referiu-se também à participação de Angola e do Brasil na cimeira do G8, realizada em Aquila (Itália), mas somente para adiantar que a experiência dessa presença naquela reunião foi explicada aos Estados membros da CPLP, uma vez que o assunto foi basicamente o mesmo, ou seja, os efeitos da crise económica mundial.
JSD/Lusa/fim

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