terça-feira, 14 de julho de 2009

NIGÉRIA:Libertado líder rebelde do Delta do Níger

HENRY OKAH LIDER DO MEND
ABUJA-O líder do Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (MEND), Henry Okah, foi libertado pelo governo da Nigéria, satisfazendo uma exigência do principal grupo rebelde por detrás dos ataques a plataformas petrolíferas no sul do país.
Segundo o advogado de Henry Okah, Femi Falana, o líder do MEND foi libertado segunda-feira, depois de a Procuradoria-Geral nigeriana ter retirado as acusações de traição e contrabando de armas que caíam sobre ele.
Já o procurador-geral, Michael Aondoakaa, explicou que “a Procuradoria e o acusado chegaram a uma solução por mútuo acordo”.
A libertação ocorre cerca de um mês depois de o governo ter anunciado uma amnistia a vários elementos da guerrilha, entre os quais Okah, apesar de o MEND ter afirmado que a libertação do líder não implica os fins dos ataques.
A razão que terá estado na origem da amnistia, decretada a 25 de Junho pelo presidente nigeriano, Umaru Yar’Adua, seria o pedido do grupo rebelde para tratar Okah no estrangeiro, uma vez que este tinha problemas renais.
Apesar de inicialmente ter recusado a concessão da amnistia, Yar’Adua ordenou na semana passada ao ministro do Interior que reiterasse a oferta e prometeu libertar Henry Okah em breve, caso este aceitasse.
O MEND iniciou as suas actividades armadas em 2006 para exigir ao governo nigeriano mais autonomia e investimentos na região petrolífera do Delta do Níger, tendo procedido a ataques a oleodutos, gasodutos e instalações de extracção, bem como ao sequestro de empregados das empresas petrolíferas nacionais e estrangeiras.
Nas últimas semanas, o MEND realizou vários ataques contra instalações da Shell, Chevron e Agip, o que obrigou estas empresas a reduzir a extracção e exportação de petróleo da Nigéria.
Os ataques e actos de sabotagem do MEND reduziram a produção de barris de petróleo de 2,6 milhões de barris diários (a quota determinada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo, OPEP) para cerca de 1,3 milhões de barris por dia.
Correio da Manhã.pt

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