quarta-feira, 30 de setembro de 2009

CLIMA:Metade do mundo pode ficar sem água potável

Especialistas do clima alertam para as consequências de um aumento superior a quatro graus centígrados na temperatura global.
Que a temperatura global está e continuará a subir é já um facto. Os peritos em alterações climáticas exortam agora os Governos mundiais – com particular atenção para os que se vão reunir em Copenhaga, em Dezembro – para reduzirem desde já as emissões de gases com efeitos de estufa.
Um estudo realizado pelo Centro Hadley, do Gabinete Meteorológico do Reino Unido,conclui que, se a temperatura do planeta aumentar, em média, quatro graus, até ao final do século XXI, metade da população mundial poderá ficar sem acesso a água potável. “As pessoas dirão que é um cenário extremo – e é, mas também é um cenário provável se não forem tomadas medidas drásticas”, afirma Richard Betts, investigador daquele centro, especializado no estudo das alterações climáticas.
A investigação, encomendada pelo Ministério britânico da Energia e Alterações Climáticas, foi apresentada numa conferência que reuniu mais de 130 peritos. Ed Miliband, o autor da investigação, há semanas que alerta para o perigo de um falhanço no acordo mundial sobre a redução das emissões, em Dezembro, em Copenhaga.
Um aumento médio de quatro graus significa que as temperaturas subiriam muito mais em algumas zonas do planeta. No Ártico, por exemplo, podiam subir até aos 15,2 graus e, na África Ocidental e outras regiões do Sul, até aos dez.
Todos os modelos informáticos prevêem redução da pluviosidade até 20% nessas zonas e na América Central, bem como no Mediterrâneo e em partes da Austrália.
Noutras partes, como na Índia, por exemplo, as chuvas poderão aumentar em 20% ou mais, provocando um aumento do risco de inundações. “Todos estes impactos podem trazer enormes consequências na agricultura (alimentação), no acesso à água e na saúde em geral”, alerta Richard Betts. “Apesar disso, é possível evitar este perigoso aumento das temperaturas, cortando nas emissões de gases com efeito de estufa”, salienta.
RR.PT

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