segunda-feira, 28 de setembro de 2009

CV:VAI COMEÇAR A “DANÇA DOS EMBAIXADORES” NA DIPLOMACIA CABO-VERDIANA

Maria de Jesus Mascarenhas pode ir a Bruxelas (União Europeia)
VAI COMEÇAR A “DANÇA DOS EMBAIXADORES” NA DIPLOMACIA CABO-VERDIANA
Para um país europeu está também de malas aviadas Dulcineia Gonçalves, ela que é formada em Relações Internacionais, mas por ser jovem, os diplomatas mais antigos não aceitam a sua nomeação para o Consulado de Cabo Verde em ...


PRAIA-Apesar do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades se encontrar neste momento nos Estados Unidos da América onde foi representar Cabo Verde no início dos trabalhos da 64ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nos corredores do seu Ministério o assunto do dia-a-dia continua a ser a “dança das cadeiras” a nível diplomático.
Como já foi anunciado, embora não oficialmente - mas também não foi alvo de nenhum desmentido por parte do MNECC -, tudo indica que a actual Consulesa de Cabo Verde em Boston (Estados Unidos da América), Maria de Jesus Mascarenhas esteja de malas aviadas para Bruxelas, com a sua escolha para desempenhar o cargo de Embaixadora de Cabo Verde junto da União Europeia.
Esta promoção de Jesus Mascarenhas deixou descontente vários diplomatas que estavam à espera de ocupar o cargo (apetecível, diga-se de passagem), tanto mais que há muito tempo que se aguardava o regresso à Praia do actual embaixador junto da UE, Fernando Wahnon.
Para ocupar o lugar de Maria de Jesus Mascarenhas, fala-se em Pedro Graciano de Carvalho, diplomata de carreira que até então vinha desempenhando as funções de conselheiro cultural do Primeiro Ministro, José Maria Neves.
Esta escolha, para além de ser controversa, porque os diplomatas defendem que Graciano de Carvalho não tem qualquer experiência de chefia, principalmente para um posto de responsabilidade como é o Consulado de Cabo Verde em Boston; também junto da diáspora, nos EUA, é visto como “uma demonstração do desprezo que o Governo de Neves tem para com a emigração cabo-verdiana”.
De cadeira em cadeira, de embaixada em embaixada, muitos acreditam que o actual Embaixador de Cabo Verde em Luanda, Domingos Mascarenhas, pelo facto de estar afastado há alguns anos do convívio da esposa (desde 2005), a actual Cônsul em Boston, é mais que provável a sua colocação numa embaixada próxima de Bruxelas, e já se fala na hipóteses de Haia (Holanda).
DULCINEIA GONÇALVES NO CONSULADO DE MADRID
Para um país europeu está também de malas aviadas Dulcineia Gonçalves, ela que é formada em Relações Internacionais, mas por ser jovem, os diplomatas mais antigos não aceitam a sua nomeação para o Consulado de Cabo Verde em Madrid (Espanha), com o argumento de que é uma pioneira nas lides diplomáticas e, portanto, sem perfil e curriculum para chefia de qualquer posto.
Diante da vontade férrea em ser um dos escolhidos para dar o “salto”, há mesmo quem defenda a abertura de uma representação de cabo Verde em Trípoli (Líbia). “Era uma forma de dar vazão a muita gente com sede de sair daqui, para outras missões no estrangeiro”, diz-nos uma fonte diplomática.
Enquanto as nomeações oficiais não são divulgados, Liberal sabe que nos corredores do MNECC fazem-se contas à vida, porque com esta crise nacional e internacional qualquer cargo fora de Cabo Verde é sinónimo de melhor qualidade de vida e mais rendimento para as famílias. Daí os ruídos, o flâ-flâ e até o nervosismo miudinho a tomar conta das mentes dos diplomatas e não só, de quem trabalha no Palácio das Comunidades. “Mas cada um no seu quadrado, porque não vale a pena invadir o espaço do outro”, acrescenta o diplomata que pediu anonimato, convicto de que, para já, vai ficar por aqui.
LIBERAL.SAPO.CV

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