terça-feira, 20 de outubro de 2009

CV:Cabo Verde regista 11 casos de paludismo e suspeitas de dengue e febre-amarela


PRAIA-A ilha de Santiago, em Cabo Verde, registou na última semana 11 casos de paludismo, doença que se julgava praticamente erradicada, havendo ainda suspeitas de possíveis larvas e mosquitos que poderão ser transmissores de dengue e febre-amarela.
Este mês o total de casos de malária subiu para mais de duas dezenas, estando a ser efectuadas análises à água dentro de depósitos na zona da Achada de Santo António, no centro da Cidade da Praia, segundo a agência noticiosa cabo-verdiana Inforpress, que cita fontes sanitárias.
Num dos depósitos, as autoridades sanitárias encontraram larvas do mosquito "anophélys", transmissor do paludismo (malária), enquanto que, noutro, foram detectadas larvas de outras espécies de mosquito que, "provavelmente", poderão ser transmissores de dengue e de febre-amarela.
Dois dos depósitos de água analisados estão localizados junto a dois edifícios em construção na Achada de Santo António, próximo das instalações da rádio, televisão e agência de Cabo Verde, onde se situa também a delegação da Agência Lusa na Cidade da Praia.
Os restantes casos foram detectados em pessoas residentes nos bairros de Fonton, Lém Cachorro e Várzea, outro bairros da capital.
Segundo a Inforpress, apenas um dos pacientes internados inspira cuidados, mas os restantes não correm perigo de vida.
A Lusa contactou várias fontes do Ministério da Saúde e do Centro de Saúde da Praia, mas todas elas se mostraram indisponíveis para falar.
Por outro lado, há indicações de que as ilhas da Brava e Maio, no Sotavento cabo-verdiano e as mais próximas de Santiago, terão casos de dengue, o que não foi confirmado pelas autoridades sanitárias locais, contactadas pela Lusa.
De há quase duas décadas a esta parte, os casos de paludismo em Cabo Verde são maioritariamente importados da Guiné-Bissau ou Senegal, uma vez que a política de esterilização do mosquito levada a cabo pelas autoridades cabo-verdianas há mais de 20 anos levou à quase erradicação da malária.
Ainda no panorama sanitário, Cabo Verde conta com 62 casos confirmados de Gripe A (H1N1), sem que se tenham registado óbitos, enquanto graça na ilha de Santiago uma virose, ainda de cariz desconhecido mas que as autoridades locais negam estar relacionada com a Gripe A, que tem levado centenas de pessoas às urgências dos hospitais e centros de saúde locais.
OJE/LUSA

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