sexta-feira, 27 de novembro de 2009

CV:Dengue: Há que preparar o futuro com cautela e realismo - Especialista português


PRAIA-O especialista português, Kamal Mansinho, defendeu quinta feira, na Cidade da Praia, que Cabo Verde deve preparar o futuro com cautela e realismo, de acordo com os condicionalismos e imprevistos que doenças como a dengue acarretam na sua propagação.
Kamal Mansinho, especialista em doenças infecciosas e director dos Serviços de Infecciologia do Hospital Egas Moniz, Portugal, considera que neste momento o trabalho mais imediato no combate à epidemia de dengue está em vias de ser concluído.
Contudo, alerta para o “imenso trabalho” a fazer no futuro em “todos os domínios”, quando se está na fase de avaliação de uma intervenção, durante um surto epidémico.
Relativamente ao momento actual da epidemia no país, Kamal Mansinho afirma que a tendência que se verifica é de uma “desaceleração sustentada” do número de casos que procuram as estruturas de saúde, o que vai ao encontro de algumas das análises que o Ministério da Saúde está a fazer e continuará a fazer diariamente.
“Agora os detalhes da leitura mais conceptual do que é esta epidemia deverá ser feita não a quente, pois teremos que ser capazes de distanciarmos um pouco”, advertiu.
Questionado sobre a sua estada em Cabo Verde no pico da epidemia de dengue, o especialista sublinhou que o que mais o marcou foi o contacto com os colegas cabo-verdianos que procuraram, num momento muito difícil, dar tudo o que tinham e não tinham, do ponto de vista das suas capacidades, para responder à necessidade imensa.
“Uma epidemia é mesmo isto, é levar à exaustão a capacidade de resposta das estruturas de Saúde, mas também uma epidemia é ser capaz de responder de acordo com as exigências que a comunidade nos propõe”, sustentou.
Por isso diz levar de Cabo Verde experiências que, do ponto de vista da intervenção em situação de epidemia, constituíram uma fonte de aprendizagem muito importante.
“Senti um esforço imenso e acho que no momento que parto sinto-me em dívida, já trouxe um pouco da minha experiência e do meu saber e levo comigo uma mão cheia de vivências e de experiências, algumas delas únicas, do ponto de vista da intervenção em situação de epidemia”, concluiu.
Especialista português alerta para necessidade de manter "vigilância epidemiológica atenta"(Lusa)
O epidemiologista português Kamal Mansinho alertou hoje, na Cidade da Praia, para a necessidade de se manter "uma grande vigilância epidemiológica" no Arquipélago, de forma a controlar novos surtos epidémicos, como o dengue.Kamal Mansinho chegou a Cabo Verde no princípio deste mês para ajudar as autoridades sanitárias no combate à "violenta" epidemia de dengue que assola o país, cuja curva epidemiológica está numa fase decrescente. Hoje, alertou também para a necessidade de vigiar eventuais mutações do mosquito transmissor da doença, nomeadamente a febre amarela.

"O `Aedis Egiptis`, que é o mosquito responsável pela transmissão do dengue em Cabo Verde e na maior parte dos países do globo, também é transmissor do vírus da febre-amarela, como de outros vírus", referiu.
Fonte:Sapo.cv/Inforpress/Fim/Lusa

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