terça-feira, 25 de maio de 2010

CV(LIBERAL):COMPOSITOR CABO-VERDIANO BETÚ HOMENAGEADO NA HOLANDA




ROTERDÃO-O compositor Betú, vai ser homenageado no dia 29 de Maio, na Holanda, numa iniciativa da Fundação “Rádio Grito Minis D`Djarmai”, ele que é considerado um dos grandes músicos e compositores cabo-verdianos da actualidade.
O evento será realizado na sala “Sunrise” em Roterdão e deverá contar com a participação de um grande naipe de artistas cabo-verdianos, segundo Kinzinho, um dos organizadores.
Nomes como Nhelas Spencer, Tó Alves, Grace Évora, Zé Rui de Pina, Chando Graciosa, Carlos Matos Band e muitos outros desfilarão no palco de Roterdão para prestar um justo tributo ao Betú.
A Organização ainda convidou o Presidente da Câmara Municipal do Maio Manuel Ribeiro e a Deputada cabo-verdiana Joana Rosa, eles também figuras ilustres de Cabo Verde mas com particular destaque de terem nascido na ilha do Maio, tal como o homenageado.
Para além da Gala de Música haverá também um encontro público onde o edil maense vai falar com os cabo-verdianos residentes na Holanda sobre o município que dirige.
Para Kizinho o evento será útil não só para chamar a atenção para a ilha do Maio como também uma forma de fazer a comunidade conhecer melhor “Betú” e a contribuição que ele tem dado para a promoção da nossa cultura principalmente na sua vertente musical.
Das várias composições do homenageado, fica aqui a morna “Manú” escrita em 1980 e tornada celebre por Ildo Lobo mas também já gravado por vários outros artistas entre os quais os Tubarões” em 1980 e Nancy Vieira em 1998.
De acordo com o próprio compositor maiense “Manú” foi inspirado na emigração. Emigração um “drama” conhecido por todos nesse caso o evasionismo tantas vezes relatados pelos nossos poetas: “querer ficar mais ter que partir” relata a história de um filho que com a morte do Pai, vê-se obrigado a emigrar para sustentar a família.
MANU
Manú teve qui dexa sê mãe
El teve qui dexa sê terra
Pa’l bai pa terra longe.
Mamá fla’l
Fidje, ca bo bai
N’ca ta podê guentâ sem bo
N’ta morrê só di sodade
Si’n’ca bai
No ta morrê di fome
Sem quem spiâ pa nôs.
Sem papá n’ tem qui trabadjâ
Pa nu ca padicê
An passad sê pai morrê
Vítima d’um doença diférent
Dixal só cu sê mãe.
Por iss hoje el stâ na stranger
Ta luta contra mar e vent
Pa fazê sê mãe feliz
El regressâ ês an pa sê terra
El bem braçâ sê mãe.
Um mês dipôs
El torna ba stranger
Cu documento d’emigrante
Com NORBERTO SILVA-Rádio Atlântico
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=28985&idSeccao=518&Action=noticia

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