terça-feira, 29 de junho de 2010

CV:BCA subscreve 50% das obrigações da Câmara da Cidade da Praia

PRAIA-O Banco Comercial do Atlântico (BCA, do Grupo Caixa Geral de Depósitos), subscreveu 50% das obrigações da Câmara da Cidade da Praia na Oferta Pública de Subscrição (OPS).
Segundo o presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BCV), Veríssimo Pinto, o BCA garantiu a aquisição de 225.000 obrigações durante a sessão especial de anúncio da OPS das obrigações do município da Cidade da Praia, no valor de 450.000 contos (4,08 milhões de euros), iniciada segunda-feira e que se prolonga até 16 de Julho.
Cada uma das obrigações da operação tem o valor nominal de 1.000 escudos (9,06 euros), com uma maturidade de 20 anos.
A taxa de juros nominal aplicável em cada um dos períodos de juros será variável e igual à TBA, adicionada de um spread de 3,30% (floor de 6,9%), sendo os correspondentes juros pagos em prestações semestrais e sucessivas.
Em declarações à imprensa o edil praiense, Ulisses Correia e Silva, sublinhou a importância do financiamento na promoção e apoio ao desenvolvimento da política de infra-estruturação concebida pela autarquia.
Ulisses Correia e Silva explicou que, com os 450.000 contos, a autarquia praiense poderá liquidar uma parte da dívida actual à banca, no valor de 100.000 contos (906.000 euros), e os restantes 350.000 contos (3,17 milhões de euros) serão destinados ao projecto da construção do novo mercado municipal, no Campo do Coco, na Várzea.
O BCA, com um capital social de 1.324 milhões de escudos (12 milhões de euros), ainda não dispõe dos resultados relativos a 2009, mas, em 2008, obteve lucros líquidos de 975,5 milhões de escudos cabo-verdianos (8,84 milhões de euros).
Para o BCA, liderado pelo gestor português Joaquim de Sousa desde Janeiro último, os resultados representaram um aumento de 50,19% em relação a 2007, quando atingiram 649,5 milhões de escudos (5,89 milhões de euros).
O último aumento de capital ocorreu em Março de 2009 e o então PCA, João Real Pereira, que regressou à sede da CGD, em Lisboa, considerou-o um "sucesso", tendo a procura mais que duplicado a oferta, uma vez que foram postas à disposição 324.765 acções, no valor nominal de 1.000 escudos (9,06 euros) para um total de 745.611 pedidos.
Na altura a estrutura pouco mudou, uma vez que o Grupo Caixa Geral de Depósitos e Banco Interatlântico (BI, de que a CGD é também a maior accionista), continuou como o maior detentor de acções.
O grupo passou de 52,50 para 52,64% do capital total, que passou de 1.000 milhões escudos (9,06 milhões de euros) para 1.324 milhões escudos (12 milhões de euros).
O segundo maior accionista é a empresa de seguros Garantia, também com capitais da CGD, que passou de 12,50 para 12,53%, enquanto o accionista Estado manteve os mesmos 10%. Quem diminuiu ligeiramente de peso na estrutura accionista foi o público em geral, entre trabalhadores do banco e emigrantes, que ficou com menos 0,17%, passando de 25 para 24,83%.
OJE/LUSA

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