sábado, 30 de outubro de 2010

CV(Inforpress):MpD acusa Governo de interferir no processo de recenseamento eleitoral na diáspora

PRAIA- O deputado do Movimento para Democracia (MpD-oposição), Agostinho Lopes, fez hoje(28) um conjunto de acusações ao Governo e apontou situações que considera de irregularidade no Recenseamento Eleitoral Geral no Estrangeiro (REGE).
Na qualidade de coordenador da Comissão de Acompanhamento de Recenseamento na Diáspora (CARD), Agostinho Lopes, em conferência de imprensa na Cidade da Praia para falar sobre o processo de recenseamento eleitoral na diáspora, garantiu que essas irregularidades serão levadas até as últimas consequências.
“O REGE vai mal, os objectivos esperados para este período estão muito aquém das expectativas daquilo que seria possível atingir numa situação de normalidade porque, até agora, o processo decorreu com problemas enormes, propositadamente criados para dificultar a inscrição daqueles que não se identificam com o PAICV”, acusou.
Na opinião de Agostinho Lopes, os cerca de 20 mil recenseados atingido até agora, faltando 29 dias para o término do primeiro prazo acordado entre os partidos políticos e o Governo, não é satisfatório por várias razões.
“O Governo fixou sem nenhum critério a meta de 25 a 28 mil recenseados para este REGE, que é contestável porque corresponde a 2,5 porcento da diáspora cabo-verdiana, sendo que esta meta indicava a intenção do Governo em fazer um recenseamento selectivo e partidariamente discriminado”, apontou.
O deputado apontou como algumas irregularidades o despedimento dos recenseadores por os considerar próximos do MpD, a promoção o recenseamento em festas organizadas pelo PAICV (partido do Governo), o impedimento dos delegados dos partidos políticos da oposição de assistirem às reuniões, entre outras.
“Há uma interferência ilegal e abusiva do sistema PAICV no processo, que tenta, por todos os meios, fugir à fiscalização e usurpando poderes, através de directrizes dadas a alguns presidentes das comissões de recenseamento eleitoral, que são funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros e agem como comissários políticos do partido no poder”, indiciou.
Agostinho Lopes considerou como anomalias “mais graves” o caso nos Estados Unidos da América, em que o Governo comunicou ao cônsul que se atingiu a meta fixada para aquele país, tendo este último suspender o REGE e despedir os recenseadores.
No final, o deputado do partido da oposição assegurou que o seu partido vai fazer tudo para que a situação volte à normalidade.
DR /Inforpress/Fim

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