domingo, 28 de novembro de 2010

JORGE CARLOS FONSECA, anuncia candidatura à Presidência da República

Intervenção de JCF no jantar de apoio a sua candidatura na cidade da Praia(Achada Grande)

Excelências, Caros Amigos, Ilustres Convidados

Como sabem, tenho estado, há largos meses, num processo de consultas, de contactos com dirigentes políticos, deputados nacionais, personalidades de relevo na sociedade cabo-verdiana, autarcas, homens e mulheres da cultura e do desporto, universitários, estudantes, empresários, mas igualmente estruturas partidárias e da juventude, em praticamente todos os concelhos do país e em alguns países que acolhem nossas comunidades emigradas. Processo que tem em vista uma candidatura a Presidente da República nas eleições de 2011.
Neste percurso de há já muitos meses, tenho recebido sinais e manifestações de simpatia, de apoio e de encorajamento diversificados, no país e nas diásporas cabo-verdianas. Particularmente nos últimos meses, em contactos mais sistematizados e alargados, com dirigentes e personalidades da vida política nacional, tenho sido estimulado viva e enfaticamente a avançar com a candidatura presidencial. Vários grupos de apoio constituídos um pouco por todo o país e também nalguns países de nossa emigração têm organizado eventos de apoio, de estímulo, enfim, de manifestação de disponibilidades muitas de suporte político de uma tal candidatura. Contactos realizados mais recentemente com populações em diferentes ilhas e regiões do país, com quadros nacionais, líderes associativos e comunitários, além de responsáveis partidários (principalmente do MPD) ajudaram a fortalecer a convicção de que as condições que, a princípio me pusera – políticas e sociais, sobretudo – para uma decisão favorável a uma candidatura se iam consolidando e estendendo.
Sempre fui afirmando aos que me perguntavam se estava ou não decidido, se avançaria ou não sem a garantia de apoios partidários, as razões de fundo por que mostrava interessado numa candidatura presidencial, depois de alguns anos de paragem na actividade política de cariz partidário, que me sentia com condições políticas, morais, pessoais e técnicas para ser Presidente da República de CV, no preciso contexto do nosso sistema constitucional, designadamente do sistema de governo estabelecido na nossa lei Fundamental democrática.
Fui dizendo aos que me interpelavam que tinha experiência política suficiente, como singelo e modesto combatente pela independência do país, sendo muito jovem (praticamente desde os 17 anos de idade) mas igualmente como combatente da liberdade na Pátria, vale dizer pela liberdade e pela democracia. Que de há muito venho sendo um adepto confesso e efectivo dos ideias democráticos e de um estado de direito moderno, e por eles vinha lutando de várias formas, incluindo o risco de restrição de minha liberdade pessoal em tempos difíceis no país.
Sobremaneira, e de forma enfática e sugestiva (pelo menos pretendidamente sugestiva), aos meus interlocutores, amigos, apoiantes, mas também adversários, fui dizendo que poderia, de forma adequada, sem necessidade de grandes esforços ou de ir a um alfaiate para encurtar ou alargar as mangas ou apertar o casaco ou as calças… vestir o fato constitucional desenhado para o cargo de Presidente da República. Achava (e acho) que o fato me podia servir à primeira. De outro modo: seria sempre fundamental que, na nova República – a II -, a República das liberdades, da democracia e do constitucionalismo democrático fundante do estado de direito em Cabo Verde, mas sobretudo nos próximos e complexos tempos que aí virão, prenhes de desafios difíceis e de tentações perigosas, que o PR fosse, para além de tudo, UM DEMOCRATA AUTÊNTICO, GENUÍNO, uma pessoa de fortes convicções democráticas, amiga sincera da liberdade e da Constituição. Porque só assim haveria a garantia de sua defesa e de sua realização, fossem quais fosses as circunstâncias políticas, sociais ou outras, internas ou externas. Mas também quero vestir esse fato, não o posso negar aqui perante vós.
Na verdade, Caras Amigas e Caros Amigos, os próximos tempos não se afiguram fáceis e risonhos. Estamos longe de sinais claros ou definitivos de que a crise internacional esteja no fim ou em sentido descendente; o país está obrigado a ter crescimento económico com aumento do emprego capaz de propiciar efectiva melhoria de vida dos cabo-verdianos e sustentar uma necessária e aceitável redução das desigualdades sociais e das assimetrias regionais (35 anos depois da independência, Cabo Verde precisa de se limitar a fazer «coisas bonitas», a satisfazer-se com posições «honrosas» em rankings mundiais ou regionais africanos, mas de dar «o salto qualitativo» que se traduza em condições económicas, sociais e culturais que propiciem efectiva melhoria da qualidade de vida de suas gente).Temos todos que assegurar que se concretizam os lindos e exigentes propósitos constitucionais de «realização da democracia económica, política, social e cultural e a construção de uma sociedade livre, justa e solidária»; a insegurança precisa, com urgência, de ser contida a níveis comunitariamente suportáveis, sob pena de inclusivamente fazer perigar a liberdade; reformas corajosas e inteligentes – institucionais, de mentalidades e de exigências, diria, mesmo, de responsabilização, devem ser introduzidas para que a confiança na justiça, suas instâncias e agentes seja reposta a níveis aceitáveis, o mesmo devendo acontecer no sistema de ensino; os jovens urgem por soluções que lhes tragam esperança no futuro e não confinem importantes segmentos deles a incertezas, marginalidade ou desemprego, sem que tal se confunda com «facilitismos» populistas ou potenciadores da ausência de responsabilidade.
Ninguém ignora ou pode relativizar os desafios, os riscos, as ameaças reais – para a segurança dos cidadãos, das instituições democráticas ou até para a coesão nacional ou social – favorecidos por fenómenos recentes como a criminalidade altamente organizada ou especialmente violenta, transnacional ou de origem interna, ou a corrupção, os tráficos, os ataques ambientais de dimensão muito relevante. Será necessário, para além de governo eficiente, imaginativo e capaz de políticas e soluções adequadas ou de outras instituições bem estruturadas e todas afeitas aos valores permanentes da democracia e do estado de direito, um Chefe de Estado capaz também de ser um incansável e lúcido moderador, um político experiente e sensato, um democrata convicto e um amigo incondicionado da Constituição e da Liberdade. Um PR capaz, pois, de contribuir, no estrito âmbito de suas competências – as «visíveis» e as menos «visíveis», mas todas inscritas ou decorrentes da Lei Fundamental – para que se encontrem respostas eficientes, práticas, racionais e inteligentes e não apenas as mais fáceis, as mais cómodas, as amiúde mais «atractivas» ou «populares», mas que podem ferir de morte o núcleo essencial e irredutível das liberdades e garantias, sem o qual já não estaríamos nem em Estado de democracia, nem em Estado de direito ou Estado constitucional.
Conheço perfeitamente as competências que a CRCV confere ao PR; estou bem ciente do modelo de sistema de governo que a lei fundamental instituiu e dos poderes que ela atribui aos outros órgãos do poder político, nomeadamente ao Governo; tenho, pois, noção segura de que a tarefa da governação cabe ao governo e não ao PR, ficando este com a complexa tarefa do exercício de uma magistratura de influência política e moral na sociedade e no sistema de poderes.
Um compromisso solene, firme e incondicionado com a Constituição exige e significa também o de um escrupuloso respeito pelas competências do governo e seus membros, mas não pode significar omissão ou fraqueza no exercício das próprias competências que a CRCV confere ao Presidente. Quem me conhece sabe bem que farei uma coisa e outra, que não serei um Presidente intruso nem um presidente omisso ou ausente.
Por tudo o que aqui vos disse quero dizer-vos a todos e a cada um de vós aqui presentes, mas a cada mulher e a cada homem de Cabo Verde, residentes no país ou no estrangeiro, e em primeira mão, que sou candidato a Presidente da República nas eleições próximas.
Se Deus quiser, com vida e saúde, serei candidato a PR em 2011. É a decisão que tomei com responsabilidade, sentido de compromisso com o país e com valores fundamentais como a liberdade, a democracia, o estado de direito e o bem-estar material, moral e espiritual dos cabo-verdianos.
Mas mais vos digo, com o mesmo sentido das coisas: com o vosso apoio, o vosso estímulo, e os de milhares e milhares de cabo-verdianos, dentro e fora do país, espero poder ser, a partir do trimestre final de 2011 o PR de cada um dos cabo-verdianos.
Serei um PR que, em primeira linha, garante o cumprimento da Constituição e favorece uma sua efectiva realização.
Serei seguramente um PR que estará na linha de frente da luta pela afirmação constante de uma sociedade e de um Estado fundados nas liberdades.
Serei um PR que tudo fará, em articulação e no respeito das competências dos demais órgãos do poder político, por que se realize, de forma progressiva mas efectiva, o princípio de igualdade de oportunidades entre ilhas, regiões e concelhos.
Serei um PR que promoverá, sem tibiezas, e no âmbito de seus poderes, nomeadamente os atinentes à promoção e defesa da democracia e da cidadania, a afirmação, a extensão e o reforço do poder local autónomo e democrático e o debate despreconceituado sobre o problema das regiões.

Serei um PR que, em qualquer circunstancialismo político, seja qual for o quadro político resultante de eleições livres e da vontade popular, pois, se norteará invariavelmente pelo seu papel de árbitro e moderador do sistema político no seu todo, e se pautará inequivocamente por critérios de equilíbrio e isenção e obediência à legalidade.
Contem comigo!
Conto convosco.
Obrigado a todos.
Praia, Achada Grande, 27 de Novembro de 2011

UE:Durão Barroso quer "consolidar e aprofundar" as relações UE-África

BRUXELAS-O presidente da Comissão Europeia espera que a III cimeira UE-África, na segunda e terça-feira em Tripoli, permita o aprofundamento da relação entre os dois lados e acredita que uma cooperação mais sólida ajudará a desenvolver o continente africano.
"Agora devemos consolidar e aprofundar os nossos laços, apoiando-nos no potencial ainda não explorado das relações UE-África", sublinhou José Manuel Durão Barroso hoje em Bruxelas.
Para este dirigente europeu, "uma cooperação mais sólida e mais intensa beneficiará consideravelmente o desenvolvimento de África e terá um papel importante na realização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio".
A III Cimeira entre a União Europeia e África, em representação de 1,5 mil milhões de pessoas, tem como tema "Investimento, Crescimento Económico e Criação de Emprego".
Trata-se do terceiro encontro de líderes europeus e africanos depois de o primeiro se ter realizado no Cairo (Egipto) em 2000 e o segundo em Lisboa em 2007, durante a presidência portuguesa da União Europeia (UE).
"Em 2007, aquando da Cimeira de Lisboa, alcançámos progressos significativos ao adoptarmos uma estratégia comum", disse Durão Barroso.
A parceria UE-África, decidida em Lisboa em 2007, estabeleceu que os dois lados, em pé de igualdade, pretendiam ir além da política tradicional de ajuda ao desenvolvimento e alcançar "interesses e objectivos estratégicos comuns".
Durante a Cimeira de Tripoli, os participantes deverão defender um "crescimento inclusivo e durável" como motor principal do desenvolvimento e da luta contra a pobreza.
Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, declarou que, "num contexto de globalização crescente e de crise económica e financeira, a parceria da União com África tem uma importância estratégica".
OJE/LUSA

Irlanda chegou a acordo com UE e FMI sobre ajuda de 85 mil milhões de euros - Economia - PUBLICO.PT

Irlanda chegou a acordo com UE e FMI sobre ajuda de 85 mil milhões de euros - Economia - PUBLICO.PT

ENTREVISTA COM CARLOS VEIGA-Por Expresso das Ilhas

Carlos Veiga: “Estamos num plano descendente para o abismo”

MINDELO-No rescaldo de uma semana de visita a São Vicente, o presidente do MpD fez em exclusivo ao Expresso das Ilhas o balanço do seu périplo pela ilha. Carlos Veiga defende que o Estado deve estabelecer prioridades no investimento público, privilegiando a criação de emprego.
Nesta pré-campanha tem visitado o arquipélago. Encontrou traços comuns entre as diferentes ilhas?
Existem três problemas fundamentais. O desemprego massivo e generalizado, a habitação degradada de famílias sem recursos e a questão da juventude, designadamente a extrema dificuldade de aceder a apoios escolares para as famílias sem recursos. Esses três aspectos acabam por conduzir à situação que temos hoje.
As pessoas não têm rendimentos e estão completamente dependentes de outros ou do Estado e, perante isto, o governo, em vez de resolver estes problemas, prefere imputar responsabilidades às câmaras municipais. Se não há emprego, a culpa é das câmaras. Não há bolsas de estudo ou apoios escolares, a culpa é das câmaras. As casas estão a cair, as câmaras é que têm de as arranjar.
O Primeiro-Ministro tem defendido que as pessoas não podem esperar que o Estado lhes resolva todos os seus problemas. Não concorda com esta visão?
Isso é uma forma de desresponsabilização. Agora, você tem é de criar políticas que criem emprego. E políticas criadoras de emprego são políticas que incentivam o surgimento de empresas, o crescimento das empresas, o desenvolvimento da actividade económica.
Isso não existe. O Estado sufoca a actividade económica com taxas e impostos excessivos, com uma burocracia inultrapassável e com todo um discurso a dizer que os empresários são uns aldrabões. Ora, se você não abre um espaço à iniciativa privada e às empresas, é claro que não há emprego e não há desenvolvimento.
Por outro lado, tem de haver também uma política activa de emprego. Uma política que, através de uma parceria com as câmaras municipais, contribua para o desenvolvimento social. Falo de obras de grande intensidade de mão-de-obra, capazes de promover realizações que são importantes para as sociedades, em termos de desenvolvimento social, como arruamentos, estruturas colectivas de equipamento social. Equipamentos que fazem falta um pouco por todo o Cabo Verde.
No seu entender, isso permitirá diminuir a tal dependência?
É evidente que se as pessoas têm um emprego, têm um rendimento, um salário no bolso, elas arranjam as suas casas, elas apoiam os seus filhos, fazem muitíssimo com o pouco que conseguem com a sua actividade.
O senhor Primeiro-Ministro não tem razão. Não há políticas que favoreçam o emprego e a iniciativa privada. Os investimentos públicos que o Governo decidiu fazer não geram emprego, nem o crescimento da economia e, portanto, não resolvem o problema.
Este ano, a economia deve crescer na casa dos 4 a 5 por cento. Este número deixa-o satisfeito?
Só as remessas de imigrantes são suficientes para atingir esse valor. Nós pensamos que a economia, para gerar emprego, tem de crescer na casa dos 8 por cento e se possível mais.
A economia está demasiado dependente das ajudas externas?
Já não são só ajudas. Todo o esquema que é organizado coloca-nos numa dependência muito maior. Os investimentos são feitos com empréstimos externos que não contribuem para o desenvolvimento empresarial cabo-verdiano, não criam emprego e não impulsionam a actividade económica no curto prazo. Portanto, acabam por não ter reflexos na vida das pessoas.
Mas não é legítimo que quem empresta dinheiro imponha as suas condições?
Toda a gente quer internacionalizar as suas empresas e isso é legítimo, mas o governo de Cabo Verde tem de saber negociar. Temos de ser capazes de criar um ambiente que faça crescer a actividade económica e torne a actividade atractiva para as empresas, porque são elas que vão criar emprego.
Mas objectivamente, existe alternativa à fórmula de financiamento usada?
Claro que existe. Temos de fazer opções. Se o desemprego é uma prioridade, temos de combater o desemprego. Se calhar há estradas que eu não asfaltaria, neste momento, e ia por uma outra via que criasse mais emprego.
Se calhar, eu poderia fazer um empréstimo, não para fazer uma das pernas da circular da praia, onde andam 10 carros por dia, se tanto, mas para a requalificação urbana da capital. Se calhar, não fazia a estrada Baia - Calhau e usava o dinheiro para fazer outras coisas aqui em São Vicente. Por exemplo, para fazer aquilo que a câmara está a fazer com o empréstimo a que teve de recorrer.
O que eu digo é que temos de ser mais selectivos. Precisamos de coisas que produzam riqueza a curto prazo.
Como é que interpreta os últimos dados da situação macroeconómica do país?
Estamos a chamar a atenção para isso há muito tempo. Se fizer a revisão do que o MpD disse, na altura da apresentação e discussão projecto de Orçamento de Estado para 2010, verá que nos pronunciámos sobre o endividamento e sobre o défice.
Ao longo de todo este tempo, o Governo andou a esconder a verdade aos cabo-verdianos. Nós sabemos que vamos ganhar as eleições e encontrar uma situação muito difícil, com uma margem de manobra muito pequena, mas sabemos que vamos conseguir ultrapassá-la. Já o fizemos antes e vamos fazer outra vez.
Vamos ter muita coragem e tomar medidas de contenção de despesa. Não podemos ter um défice de 15 por cento. Repare que nós temos um acordo de cooperação cambial que nos diz que o nosso défice não deve ultrapassar os 3 por cento e a nossa dívida não deve ultrapassar os 60 por cento. Hoje vai nos 100 por cento. Isso significa que, inclusivamente, podemos estar a pôr em risco esse mesmo acordo.
Considero positivo que o Banco de Cabo Verde comece a chamar a atenção para este tipo de problemas. Estamos num plano descendente para o abismo e esse é que é perigo.
No seu último comício prometeu a instalação do Ministério do Mar em São Vicente. Que papel pode ter o sector das pescas na economia nacional?
Tivemos oportunidade de falar com os armadores de pesca daqui de São Vicente e eles fizeram-nos um retrato muito negativo do sector. Falta tudo. As infra-estruturas de frio que existiam e que, apesar de antiquadas e obsoletas, funcionavam, acabaram por desaparecer. Foi prometido que em dois meses o problema seria resolvido, já vamos em mais de dois anos e não se vê a perspectiva de uma resolução.
Não há barcos. Os barcos que existem são obsoletos e não são capazes de pescar muito distantes de terra. Não há crédito, não há novas tecnologias de pesca. Portanto, há todo um conjunto de problemas que acabam por fazer com que o sector esteja no seu ponto mais baixo.
Qual é que deve ser a prioridade? A modernização da frota?
É evidente que temos de trabalhar na modernização da frota e o Estado terá de entrar nesse esforço. Ao mesmo tempo, teremos que ser capazes de formar pescadores. É por tudo isto que nós propomos que o Ministério do Mar se situe em São Vicente. O mar tem de ser tratado de forma integrada e São Vicente é a ilha onde estão reunidas as condições para que isso seja possível. Não é possível termos uma fábrica com capacidade para processar 30 toneladas de peixe por dia e nós não sejamos capazes de fornecer nem 20 por cento do que ela precisa.
Muitos operadores económicos queixam-se também da falta de uma rede de transporte marítimo. O Estado poderá desempenhar um papel mais activo para a resolução deste constrangimento?
Um dos grandes constrangimentos que nós temos é a unificação do nosso mercado interno pela via marítima. O transporte marítimo é o transporte mais adequado para podermos unir as ilhas. Por vezes, temos uma situação em que temos produção numa ilha e não conseguimos coloca-la noutra ilha que tem falta.
O nosso programa eleitoral já identificou esse ponto como um dos maiores constrangimentos do país e vamos trabalhar nessa matéria. Há necessidade de modernização da frota e o Estado tem que intervir nessa matéria, em parceira com os privados. A questão de unificação do arquipélago é uma questão de serviço público e o Estado deve participar como operador directo, em parceria ou concessão.
Como é que encara a relação entre o Estado e as autarquias locais?
O Governo ideologicamente e politicamente não é favorável à descentralização. Nós somos. Nenhum governo poderá governar Cabo Verde apenas a partir da Praia. Existe uma relação de proximidade entre as câmaras e as pessoas que é preciso saber explorar, de forma construtiva, através de parcerias. Quando as pessoas têm dificuldades, a primeira porta onde batem é a da sua câmara municipal.
Que mudanças propõe?
Teremos um governo que aposta na regionalização. Queremos que as ilhas tenham poder de opção e de decisão e que tenham recursos e poderes jurídicos para fazerem as coisas andar. Em segundo lugar, vamos dar muitos mais recursos às estruturas descentralizantes, seja às ilhas ou aos municípios, porque temos a consciência de que só assim vamos chegar às pessoas.
A segunda diferença é que nós não iremos partidarizar essas relações, nem iremos partidarizar a administração pública.
Como tenho dito, vamos limitar ao mínimo os cargos de confiança política. Vamos fazer uma distinção clara entre função política e de direcção administrativa e só chegarão a funções de direcção administrativa aqueles que, para além da formação superior, sejam capazes de passar pela formação no chamado Conselho da Republica, que nós queremos que seja uma escola de excelência.
Nuno Andrade Ferreira, Redacção Mindelo
http://www.expressodasilhas.sapo.cv/pt/noticias/go/carlos-veiga---estamos-num-plano-descendente-para-o-abismo

"Estou sempre em competição com os meus limites" - Artes - DN

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EUA financiaram partido terrorista na Turquia - WikiLeaks - Sol

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Rolando: "Sentimento de vingança" - JN

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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Jorge Nogueira e Lourenco Lopes no programa Cabo Verde Na Top (Usa)

João Dono

CV(INFORPRESS):Ferry “Kriola” é entregue amanhã ao PCA da Cabo Verde Fast Ferry


PRAIA-A primeira embarcação da Cabo Verde Fast Ferry é oficialmente entregue amanhã em acto presenciado pelo presidente do conselho de administração da empresa, Agnelo Andrade, que se encontra em Singapura, soube a Inforpress.
O administrador-delegado da CVFF, Orlando Mascarenhas, disse à Inforpress que depois de entrega, o barco será transportado até Cabo Verde, numa viagem que pode durar um mês ou mais, conforme o estado do tempo e do mar.
No entanto, Orlando Mascarenhas está esperançoso que o “Kriola”, nome desta primeira unidade, poderá começar a sulcar as águas de Cabo Verde antes do fim do ano, para minimizar a problemática do transporte marítimo entre as ilhas.
O “Kriola” foi lançado ao mar no dia 22 de Outubro e desde então a esta parte estava a ser testado antes de tomar o seu destino final, que é Cabo Verde.
Durante dois meses, segundo Orlando Mascarenhas, aquela embarcação estará sob os cuidados de uma equipa técnica holandesa, constituída por engenheiros e capitão, que se ocupará de formar os nacionais para tomarem conta do “Kriola”.
Segundo o jornal “A Nação”, na sua edição de hoje, os processos de certificação e registo da referida embarcação já estão a ser tratados junto do Instituo Marítimo e Portuário, em São Vicente.
“A CVFF assinalará com um acto inaugural a entrada em funcionamento dessa novel unidade, que irá revolucionar o transporte marítimo em Cabo Verde”, perspectiva uma fonte da empresa proprietária do navio, citada por aquele semanário.
A segunda unidade da Companhia CVFF será baptizada com o nome de “Liberdadi” e deverá estar concluída em Janeiro de 2011.
De acordo com Orlando Mascarenhas, espera-se que em Março o “Liberdadi” esteja a navegar nas águas do país.
O projecto da Companhia é fazer com que os navios da CVFF liguem todas as ilhas do país. No entanto, neste momento, põe-se o problema de alguns portos do país que não possuem rampas para este tipo de embarcações. “ A Enapor já está a trabalhar nisso”, garante o administrador-delegado da CVFF.
O “Kriola” mede 43 metros de comprimento e pode transportar 158 passageiros, 16 viaturas ligeiras e três camiões de 60 toneladas de carga. Pode atingir uma velocidade de 20 nós por hora.
Com entrada em funcionamento pleno dos dois navios espera-se que fica resolvido o problema de ligação marítima entre as ilhas. Aliás, o objectivo da Companhia é lançar uma plataforma de ligação marítima a nível do arquipélago com ferry-boats construídos especialmente para os mares de Cabo Verde.
http://noticias.sapo.cv/inforpress/artigo/21122.html

Gil Semedo - Nos Lider

CV(LIBERAL):MpD REFUTA INSINUAÇÕES DO PAICV

PRAIA-“Trata-se de uma insinuação leviana e muito grave que revela o desespero global do paicv que vem denotando falta de ideias”, acrescentou João Dono, para quem o partido em fim de ciclo na governação do País, que não consegue apresentar uma ideia nova, preferindo, sim, o plágio, escolhe agora a via da calúnia, da represália, da opressão e o jogo sujo
João Dono, Membro do Conselho de Jurisdição do MpD refutou esta manhã(24), na cidade da Praia, as acusações da deputada do paicv, Filomena Martins, contra Benvindo Rodrigues, responsável do MpD na Guiné-Bissau, e alegou que é o dirigente do MpD vítima da agressão de militantes do paicv e não o contrário.
João Dono lamentou o julgamento e a condenação na praça pública feito pela dirigente do paicv, e considerou que Filomena Martins preferiu a fuga em frente. “Ela sabe que a sua camarada é violenta, aliás, sabe que o seu partido é violento”, referiu Dono, acrescentando que o paicv “é intrínseca e historicamente um partido violento”.
Referindo-se ao caso da Guiné-Bissau, João Dono admite que o paicv quer, agora, ocultar a cultura de violência na essência deste partido que carrega um historial de ditadura. “O paicv continua a apostar na forma de julgamento popular”, lamentou.
Segundo informações na posse do MpD, é o seu Coordenador que foi vítima da fúria dos dirigentes do paicv, na Guiné-Bissau. Aliás, documentos médicos comprovam que Benvindo Rodrigues apresenta arranhões na cara e no pescoço e a camisa foi rasgada. “A delegada do paicv não apresenta qualquer sinal de ter sofrido violência”, referiu João Dono.
Quanto às insinuações de Filomena Martins, de que o MpD e o seu Líder, Carlos Veiga, contribuem para aumentar o clima de violência no País, João Dono repudiou esta tentativa, e defendeu-se dizendo que os cabo-verdianos conhecem um e outro partido, assim como os seus responsáveis, e sabem quem é humanista, democrático e pró liberdade. “Trata-se de uma insinuação leviana e muito grave que revela o desespero global do paicv que vem denotando falta de ideias”, acrescentou João Dono, para quem o partido em fim de ciclo na governação do País, que não consegue apresentar uma ideia nova, preferindo, sim, o plágio, escolhe agora a via da calúnia, da represália, da opressão e o jogo sujo. “É para isto que os cabo-verdianos têm de estar alertados e contra esta violência lutar, sem medo”, sugeriu.
João Dono foi porta-voz da mensagem do MpD no sentido de se promover umas campanhas na tranquilidade e serenidade e refutou o jogo baixo do paicv. “O MpD, como partido democrático, humanista e defensor da cidadania vem hoje alertar o País para a prática de uma cultura de violência e intimidação que vem sendo praticada em várias situações pelo partido ainda no poder, o paicv de José Maria Neves”.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=30979&idSeccao=523&Action=noticia

CV:Marrocos financia rede de distribuição de energia em Cabo Verde

RABAT-Marrocos vai financiar com um milhão de euros a rede de distribuição de energia eléctrica na capital cabo-verdiana, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde.
Esta semana, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação do Reino de Marrocos esteve na capital cabo-verdiana, Cidade da Praia, para discutir com as autoridades locais as áreas de cooperação entre os dois estados.
O ministro dos Negócios Estrangeiros cabo-verdiano, José Brito, explicou que as áreas já estavam identificadas, tendo a missão servido para finalizar o processo de financiamento.
"Aprovámos a possibilidade de um financiamento de mais um milhão de euros para o período 2011/2012 e que vai ser utilizado no sector de energia. Neste momento, estamos na fase de desenvolvimento das redes e essa verba vai ser utilizada na implementação do projecto de rede de distribuição na capital, onde temos ainda algumas fragilidades", precisou.
No âmbito do acordo de cooperação, Marrocos vai ainda aumentar o número de bolsas de estudo concedidas aos estudantes cabo-verdianos, tendo já disponibilizado 30 bolsas de estudos.
Turismo, indústria, água, segurança, defesa, comércio e formação profissional são as áreas já definidas no acordo de cooperação entre Cabo Verde e Marrocos.
OJE/LUSA

ONUDI/CV:França apoia empresas cabo-verdianas

ONUDI - Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (França) vai apoiar, em parceria com as instituições nacionais, projectos de desenvolvimento de empresas cabo-verdianas em montantes a partir de 100.000 euros.

Segundo a conselheira industrial da ONUDI/França, Cécile Carlier Parnotte, através da candidatura de "bons projectos", a ONUDI garante "boas oportunidades de negócios para empresas cabo-verdianas interessadas em parcerias para transferência de tecnologia e atracção de investimentos em Cabo Verde".
Cécile Carlier Parnotte, que falava no acto de apresentação da ONUDI aos empresários cabo-verdianos, disse que, com o objectivo de ajudar e facilitar a vida dos concorrentes, a organização pretende seleccionar 15 projectos industriais à procura de financiamentos, através de parcerias em França.
"Vamos seleccionar os projectos e promovê-los em França, através do escritório da ONUDI que cuida da promoção de investimento e tecnologia", explicou.
Através da promoção dos projectos, garantiu Cécile Carlier Parnotte, a ONUDI vai tentar procurar parceiros financeiros, tecnológicos, assistência tecnológica para que os empresários cabo-verdianos possam desenvolver os seus projectos de desenvolvimento.
O programa visa apoiar os empresários cabo-verdianos nas seguintes áreas: o ecoturismo (através da caminhada, montanha, turismo rural); as energias renováveis; os negócios ligados ao tratamento do lixo, água, indústrias mais limpa, economia de energia e a indústria de alimento.
Em suma, todas as empresas que queiram concorrer com propostas de candidatura nas áreas acima referidas, poderão contactar as Câmaras de Comércio, a Cabo Verde Investimentos (CI) e a Agência para o Desenvolvimento Empresarial e Inovação (ADEI). Assim poderão deixar nas "mãos" de uma entidade credível a sua participação.
A ONUDI é uma instituição que promove oportunidades de desenvolvimento industrial em países emergentes, através da organização de encontros de negócios, programas de transferência de tecnologia e parcerias estratégicas.
A organização encorajará e concederá, conforme as necessidades, assistência aos países em vias de desenvolvimento para promoção e aceleração da sua industrialização, especialmente para o desenvolvimento, expansão e modernização das suas indústrias.
OJE/INFORPRESS

Brasil prepara acção para conter onda de crimes - Globo - DN

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Suíça faz referendo para expulsar estrangeiros - Globo - DN

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Portugal evita a falência mas tem de ser ajudado - Economia - DN

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Passeggeri nudi ai check-in

USA:Scanner corporal provoca polémica nos EUA

Nos aeroportos dos EUA, tal como no Reino Unido, os passageiros estão a ser submetidos a um scanner que revela pormenores do corpo. As novas medidas de segurança estão a provocar a indignação por parte dos americanos. (Veja vídeos)
NOVA IORQUE-Os passageiros que embarquem ou desembarquem nos aeroportos dos EUA têm de se submeter a um scanner corporal que permite visualizar os cidadãos como se estivessem despidos. Este reforço de medidas de segurança está em vigor desde o início do mês e os passageiros que se recusam são apalpados por agentes do mesmo sexo.
Os novos procedimentos de segurança, adotados por causa da ameaça terrorista, estão a levantar uma onda de protestos na população americana, que promete fazer uma manifestação na próxima quinta-feira, Dia de Ação de Graças, um dos maiores feriados nos EUA.
Uma associação norte-americana de defesa dos passageiros recebeu mais de mil queixas na passada semana, por alegado excesso de intimidade, por parte dos agentes, durante o check-in.
Imagens publicadas num site
Os limites entre a segurança e a privacidade estão a ser questionados, e as autoridades admitem rever os procedimentos, mas numa entrevista à CNN, John Pistole, chefe da Administração de Segurança dos Transportes nos EUA (TSA)já garantiu que "não haverá mudanças" pelo menos a curto prazo.
Entretanto, imagens de cem pessoas submetidas a scanners corporais nos EUA foram divulgadas recentemente no site Gizmodo . De acordo com uma investigação levada a cabo pelo portal, os agentes norte-americanos terão arquivado 35 mil imagens de forma "imprópria e talvez ilegal".
Também nos EUA, um agente de um aeroporto de Miami foi alvo de chacota, por parte de um colega, depois de ter passado num scanner corporal, durante um teste, que mostrou o tamanho do seu pénis. O agente foi preso por agredir o colega com um bastão, e poderá agora ser processado.
Um vídeo colocado no Gizmodo na passada sexta-feira mostra uma criança, no aeroporto em Salt Lake City, a ser apalpada mesmo depois de ter passado por um scanner, que não acusou nada, e os consequentes protestos do pai.
Nos EUA, foi lançada uma campanha que apela aos cidadãos para não viajarem nas férias de Natal. "We wont't fly" (Nós não voaremos) é o mote da campanha que surgiu na Internet, contra os scanners.
Raio-X de corpo inteiro
Um pouco por toda a Europa, também por cá os aeroportos estão ser gradualmente equipados com scanneres que permitem fazer um raio-x de corpo inteiro dos passageiros, detetando drogas e explosivos ingeridos. Além de objetos, as máquinas mostram claramente os contornos dos órgãos genitais e outras partes do corpo.
No Reino-Unido, cujos aeroportos adotaram os scanners no início do ano, os polémicos equipamentos já se transformaram num caso de polícia. Aconteceu no dia 10 de março, quando uma agente do aeroporto de Heathrow, em Londres, passou acidentamente pelo equipamento e recebeu imediatamente um piropo de um colega, que elogiou os seus seios.
Segundo o jornal "Daily Mail", Joe Margetson apresentou queixa à polícia e à administração da British Airports Authority, órgão que gere o aeroporto. O funcionário, John Laker, recebeu uma advertência da polícia por assédio sexual.
Os scanners já estão a funcionar em Heathrow e no aeroporto de Manchester. Até ao final do ano, serão também uma prática também em Birmingham e Gatwick.
A Espanha anunciou em julho que fazer uma experiência piloto com um scanner corporal, mas não especificou em qual aeroporto. O Governo disse apenas que a experiência só será realizada depois de a Comissão Europeia ter realizado um relatório assegurando os riscos para a saúde e para os direitos fundamentais dos cidadãos.
Brasil combate narcotráfico
A novidade também já chegou ao Brasil. Os equipamentos foram doados pelos EUA, devendo servir em especial como arma no combate ao tráfico internacional de drogas. Além do aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, os das cidades de São Paulo, Recife e Manaus também receberam as polémicas máquinas.
Os scanners corporais já fazem parte dos planos de segurança para o Mundial de 2014 e para os Jogos Olímpicos de 2016, que terão lugar no Brasil, e neste caso visam também prevenir possíveis atos terroristas.
Segundo as autoridades brasileiras, não há motivos para preocupação: somente serão submetidos ao scanner as pessoas suspeitas. As novas medidas não vão gerar constrangimento aos passageiros, asseguram.
Além da invasão da privacidade, outra questão que se coloca diz respeito à saúde. O índice de radiação emitida por um scanner corporal é, aparentemente, o mesmo provocado por um exame de raio-x. Segundo o delegado Alcyr Vidal, da Polícia Federal no Aeroporto Tom Jobim, no Rio de Janeiro, os polícias que irão lidar com as máquinas nos aeroportos brasileiros foram treinados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, que aprovou o equipamento. O Brasil já anunciou que vai instalar também nas prisões.
http://aeiou.expresso.pt/scanner-corporal-provoca-polemica-nos-eua=f617196

Novas normas de revista nos aeroportos dos EUA causam polêmica entre pas...

blogue no papel: Custos de cegueira

blogue no papel: Custos de cegueira: "O Governo do PAICV em fim de manda­to redescobriu o problema habitacional. Já o tinha descoberto no fim do mandato an­terior e encontrado n..."

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

CV:ENTREVISTA COM CARLOS VEIGA

Uma breve entrevista com Carlos Veiga no fim da sua visita a Holanda e Luxemburgo
Ao acompanharmos a visita de Carlos Veiga, deparámos -nos com um homem jovem, com humor, comunicativo e cheio de energia.
Reproduzimos a curta conversa que tivemos, com o carismático político cabo-verdiano, para os nossos leitores.
Rádio Atlântico: Está prestes a terminar a sua visita ao Luxemburgo, gostaríamos que fizesse um balanço da sua visita a Holanda e Luxemburgo?
Carlos Veiga: Estou bastante satisfeito e acredito que a visita correu muito bem. Posso dizer que as Estruturas do MpD na Holanda e no Luxemburgo estão de parabéns pela óptima organização.
Todos os objectivos que tínhamos traçado com esta visita foram cumpridos em relação a comunidade. Tive a oportunidade de me encontrar com muitos compatriotas e poder compartilhar com eles a nossa mensagem, ouvir seus entusiasmos e interesses, responder às perguntas e estou extremamente satisfeito.
No Luxemburgo tive a oportunidade de me encontrar com membros do partido CVS (Partido Popular Social Cristão). Além da oportunidade de me encontrar com Michel Wolter, presidente do Partido, estive também com outros membros do Governo do Luxemburgo, nomeadamente com a ministra da Cultura, o ministro do Desenvolvimento Durável e com a ministra da Cooperação. Com todos eles, foi possível falar da relação entre Cabo Verde e o Luxemburgo, perspectivamos um futuro para essas relações e fizemos um balanço positivo da cooperação entre Cabo Verde e Luxemburgo até agora.
Reafirmo que todos os objectivos foram cumpridos e portanto a satisfação é total.
RA: A dado momento, no seu encontro com a ministra da Cooperação, Marie-Josée Jacobs mostrou a sua satisfação pela sua postura em aceitar pacificamento o resultado das últimas eleições em que tomou parte. Disse mesmo que era um exemplo para estimular as democracias principalmente no continente africano. Um comentário….
CV: É sempre bom ser reconhecido a nível internacional pela nossa postura mas eu penso que apenas cumpri a minha obrigação de democrata aceitando os resultados. Embora sabendo que tivesse havido fraude, a minha maior preocupação era e é o meu País - Cabo Verde.
Acima de qualquer outro interesse pessoal, quero principalmente estabilidade política em Cabo Verde, portanto considero que cumpri a minha obrigação e sinto-me satisfeito com as palavras e reconhecimento da senhora ministra da Cooperação de um país amigo como Luxemburgo.
RA: Recentemente foi eleito presidente da IDC-Africa e por inerência Vice-presidente da IDC (Internacional do Centro). O que pensa fazer para que em Africa haja mais democracia…
CV: A nossa principal preocupação neste momento é expandir a IDC em África, expandir valores e princípios fundamentais do IDC por todo o continente africano porque esses são os valores que conduzem ao desenvolvimento.
É claro que com a expansão da IDC no continente africano, o IDC-Africa ganha um estatuto e um peso maior na família IDC. Portanto neste momento o nosso objectivo principal é consolidar o IDC-Africa e apresentarmo-nos em igualdade de condições com outros parceiros que militam na IDC.
RA: Na sua intervenção na Holanda e Luxemburgo mostrou-se optimista no tocante a vitória do seu partido nas próximas legislativas. Porque pensa que o seu partido vai ganhar as próximas eleições legislativas em Cabo Verde?
CV: Claro que pensamos ganhar as eleições legislativas, primeiro porque somos um partido que pensa nas pessoas, e que depois da vitória nas eleições vai trabalhar seriamente para resolver os problemas reais das pessoas.
Neste momento grande maioria dos cabo-verdianos reconhecem o MpD como um partido que se preocupa com as pessoas mas que ao mesmo tempo tem soluções e apresenta propostas para os problemas reais com que eles deparam no seu dia-a-dia.
Por isso penso que isso vai ser determinante para que os eleitores cabo-verdianos decidam a favor do MpD.
Estou convicto que os eleitores na altura de votar vão escolher o MpD por ser o partido capaz de resolver os reais problemas do País.
RA: O slogan do seu partido “Cabo Verde Mesti Muda”parece estar a fazer sucesso. Na sua opinião Cabo Verde precisa mudar de governo?
CV: Sem dúvida. Claro que o País precisa urgentemente de mudança e estou convicto que o MpD vai ganhar as próximas eleições. Não podemos aguentar muito mais este tipo de política com ausência de resultados, Cabo Verde precisa mudar para entrarmos de vez no caminho do desenvolvimento.
RA: Já não temos mais tempo, mas gostaria de deixar os nossos microfones para uma mensagem para os cabo-verdianos residentes na Região do Benelux…
CV: A minha mensagem para os nossos conterrâneos é sempre uma mensagem positiva de esperança e de confiança em Cabo Verde. Confiança também no MpD como um partido de mudança e capaz de levar o País para um caminho seguro, rumo ao desenvolvimento e que em breve com o voto de todos, o Mpd vai ganhar as eleições e concerteza que a mudança será possível. Que com o voto de todos o MpD estará no Governo a partir de Fevereiro ou Março do próximo ano.
Para que isso aconteça é preciso o empenhamento de todos no processo de Recenseamento Eleitoral e depois exercer o direito de voto.
RA: Agradeço a sua disponibilidade
CV: Eu e o Mpd é que agradecemos.
RÁDIO ATLÂNTICO
Local: Aeroporto do Luxemburgo (10 minutos antes da partida para Lisboa)

CV:CARLOS VEIGA RECEBIDO PELA MINISTRA DA FAMILIA E COOPERAÇÃO DO LUXEMBURGO

Segundo dia da visita ao Luxemburgo

Com o Burgomeste da cidade do Luxemburgo Paul Helminger
LUXEMBURGO-Na manhã de segunda-feira, 22 de Novembro, os democratas cabo-verdianos chefiados por Carlos Veiga visitaram a Associação Amizade Cabo-verdiana. Após a visita, Carlos Veiga foi entrevistado pela Rádio Latina seguindo-se depois uma visita de cortesia ao Consulado de Cabo Verde.
Pelas 14 horas, Carlos Veiga encontrou-se com Paul Helminger, Burgomestre da cidade do Luxemburgo, O Burgomestre da capital luxemburguesa, que anteriormente já tinha conversado com Ulisses Correia e Silva, Presidente da Câmara da Praia, possivelmente estará em Cabo Verde para uma visita oficial no próximo ano, mostrou-se conhecedor da realidade cabo-verdiano no decorrer da conversa com Carlos Veiga.
Após este encontro Carlos Veiga dirigiu-se para a sede do partido CSV (Partido Popular Social Cristão) partido que tal como o MpD pertence a família IDC (Internacional do centro) de qual Carlos Veiga é Presidente.
Carlos Veiga foi recebido por Michel Wolter, presidente do CSV, neste encontro estavam também presentes Octavie Modert, ministra da Cultura e da Reforma Administrativa, e Claude Wiseler, ministro das Infra-estruturas e Transportes.
Neste encontro foi discutida a cooperação com o MpD e a ajuda que este partido luxemburguês poderá dar à Estrutura do MpD, na Região politica especial do Grão-ducado.
Michel Wolter mostrou a abertura do seu partido em oferecer essa ajuda assim como do seu partido em cooperar com o MpD.
Carlos Veiga foi convidado pelo líder do CSV a visitar Luxemburgo no próximo mês de Janeiro, convite aceite pelo líder dos democratas cabo-verdianos.
VEIGA RECEBIDO PELA MINISTRA DA COOPERAÇÃO DO LUXEMBURGO

Carlos Veiga a ministraMarie-Josée Jacobs
Para terminar a visita ao Luxemburgo Carlos Veiga e sua delegação foram recebidos pela ministra da Cooperação do Luxemburgo, Marie-Josée Jacobs, que demonstrou ser uma pessoa agradável e simpática no decorrer deste encontro.
Num francês fluente, Carlos Veiga comentou com Marie-Josée Jacobs o apreço do povo cabo-verdiano para com o luxemburguês e salientou a importância da ajuda da cooperação luxemburguesa para com Cabo-Verde e disse esperar que essa ajuda aumentasse explorando também outros canais para um aprofundar de relações de interesse aos dois Países.
A ministra comentou o facto de sentirem apreço por Cabo Verde como um País, assim como a excelente hospitalidade sempre que visitavam Cabo Verde, sendo um povo afável e com potencialidades.
Falou da cooperação entre os dois Países e da introdução do modelo tripartido: Luxemburgo/Cabo Verde/Luxemburgo como forma de beneficiar os milhares de cabo-verdianos que vivem em situação difícil naquele país.
A ministra mostrou-se conhecedora da realidade política/económica de Cabo Verde.
Marie-Josée Jacobs comentou a atitude democrata e louvável de Carlos Veiga em aceitar o resultado das eleições presidenciais em 2001 e 2006 foi importante para evitar confrontos e situações irreparáveis e um excelente exemplo para África e não só.
Do ministério da cooperação Carlos Veiga partiu para o aeroporto do Luxemburgo rumo a Lisboa onde chegará a ainda hoje, seguindo depois para Cabo Verde.
RÁDIO ATLÂNTICO

CV(RTC);Recenseamento Geral Eleitoral prorrogado até 3 de dezembro

ROTTERDAM-Com as Eleições Legislativas marcadas para 6 de fevereiro do próximo ano e as Presidências para seis meses depois, a presidente da CNE aproveitou para esclarecer que os jovens que poderão votar, são aqueles que, até 6 de Fevereiro, completarem 18 anos.
Os partidos políticos acordaram estender o Recenseamento Geral Eleitoral, até três de dezembro, após uma reunião realizada na tarde de ontem (23), na Comissão Nacional de Eleições, na Capital, de acordo coma a presidente do CNE, Rosa Vicente. Inicialmente a data prevista para o término era 26 de novembro.
Com as Eleições Legislativas marcadas para 6 de fevereiro do próximo ano e as Presidências para seis meses depois, a presidente da CNE aproveitou para esclarecer que os jovens que poderão votar, são aqueles que, até 6 de Fevereiro, completarem 18 anos.
Nos Países onde o recenseamento ainda não arrancou, as partes devem empenhar-se para que o processo e abranger o maior número de eleitores possíveis no período que ainda resta.
Vicente vai avisando que nos 65 dias que antecedem as eleições, o recenseamento deve ser suspenso e que a partir de 13 de dezembro, os cadernos estarão expostos para consulta, devendo as reclamações serem feitas nos cinco dias subsequentes.
A partir de 7 de janeiro os cadernos eleitorais não podem ser alterados, a não ser por decisão dos tribunais. Fonte: REDAÇÃO com RCV (Carlos Muniz)

Um comprimido por dia ajuda a evitar a infecção por HIV nos homens - Ciências - PUBLICO.PT

Um comprimido por dia ajuda a evitar a infecção por HIV nos homens - Ciências - PUBLICO.PT

CV:Cabo Verde vai ter eleições legislativas no dia 6 de Fevereiro- Por Jorge Heitor

PRAIA-Numa comunicação à imprensa, depois de ter reunido o Conselho da República, Pedro Pires disse que o país “necessita de dispor, o mais cedo possível, do novo Parlamento sufragado pelo voto popular, do novo Governo, e, finalmente e em tempo útil, do Orçamento de Estado de 2011”.
No entender do chefe de Estado, que ocupa este cargo desde Março de 2001 e que está a cumprir o último ano do seu segundo mandato consecutivo de cinco cada, “é prudente afastar a eventualidade de gerir o país, por muito tempo, por duodécimos do Orçamento de Estado de 2010”.
Ainda segundo ele, o não adiar por muito mais tempo a realização das legislativas deve-se também às “incertezas provocadas pela crise económico-financeira que atinge os Estados Unidos e a Europa, designadamente os países que possuem relações de cooperação com Cabo Verde”.
Pires, de 76 anos, que antes de chegar à presidência da República fora primeiro-ministro de 1975 a 1991, e entretanto também já dirigiu o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), resultante de uma cisão do histórico PAIGC, deverá passar o testemunho a quem ganhar as eleições presidenciais previstas para seis meses após as legislativas. Ou seja, em princípio, por volta do mês de Agosto de 2011.
Nas anteriores legislativas, o PAICV obteve 52,3 por cento dos votos expressos, o Movimento para a Democracia (MpD), do antigo primeiro-ministro Carlos Veiga, 44 por cento e a União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID) apenas 2,7 por cento.
Primeiro-ministro de Abril de 1991 a Julho de 2000, depois das primeiras eleições multipartidárias que se realizaram no arquiélago, Carlos Veiga - derrotado por Pires nas presidenciais de 2001 e 2006 - vai agora em Fevereiro tentar voltar à governação.
http://www.publico.pt/Mundo/cabo-verde-vai-ter-eleicoes-legislativas-no-dia-6-de-fevereiro_1467718

Dez detidos por tentativa de atentado na Bélgica - Mundo - PUBLICO.PT

Dez detidos por tentativa de atentado na Bélgica - Mundo - PUBLICO.PT

Primeiras horas de greve confirmam paralisação em vários sectores - Sociedade - PUBLICO.PT

Primeiras horas de greve confirmam paralisação em vários sectores - Sociedade - PUBLICO.PT

Dr. Eurico Monteiro - Salário Mínimo Nacional

terça-feira, 23 de novembro de 2010

CV(LIBERAL):Carisma de Veiga conquista Luxemburgo

“MPD ESTÁ MAIS FORTE E UNIDO”
LUXEMBURGO-Depois do sucesso da sua passagem por Holanda, a Delegação do MpD chefiada por Carlos Veiga partiu domingo de manhã de carro rumo ao Luxemburgo.
Acompanhou o Líder do MpD nessa viagem para a Europa o dinâmico coordenador do MpD para Europa , o ex ministro da Educação do governo democrata, José Luís Livramento,além de membros da comissão politica do MpD Holanda e da Alemanha assim com o Director da Televisão comunitária(TV Explosão)
O MpD da região especial local preparou para a comitiva ventoinha, uma intensa actividade para Domingo e Segunda-feira (21 e 22 de Novembro). Assim, no domingo, para além dos encontros com a estrutura local o líder do MpD participou num encontro com a comunidade cabo-verdiana que teve lugar no Centro Cultural situado na rua de Estrasburgo, no Luxemburgo.
O coordenador local do MpD, Nelson Brito, usou da palavra para em nome da comunidade cabo-verdiana no Luxemburgo, elogiar a presença e relembrar aos presentes que foi durante a década de 90 que Cabo Verde e Luxemburgo começaram a ter uma relação de cooperação mais intensa devido a dinâmica dos dirigentes do MpD de então e do actual vice-presidente daquele partido, Jorge Santos.
Acrescentou o coordenador do MpD no Luxemburgo que a cooperação tri-partida Cabo Verde/Luxemburgo/S.Tomé, recentemente concretizada, foi sugerida ao Grão-ducado pelos dirigentes do MpD.
Ao terminar com o já famoso “Mesti muda” o coordenador local passou a palavra para o Líder do MpD sempre bastante aplaudido.
Carlos Veiga disse que resolveu voltar à politica activa e desistido da corrida presidencial depois de estar dez anos ausente devido aos constantes apelos dos militantes e simpatizantes do MpD e de pessoas sem cor partidária, porque o País, durante o governo de José Maria Neves, está seguir um rumo que não é nada bom.
Jovens perderam a esperança
Enumerou os problemas por que passam as populações. Disse, a esse respeito, que há muitos jovens cabo-verdianos que já perderam a esperança em ter uma vida melhor, falou dos milhares de licenciados sem trabalho, sem bolsas de estudos.
No campo habitacional disse que, segundo dados estatísticos, cerca de 70 mil famílias cabo-verdianas vivem em casas sem condições em risco de degradação. Falou do aumento da pobreza no País, sublinhando que 130 mil cabo-verdianos vivem com menos de 135 escudos por dia, abordou o problema da insegurança que antes era restrita apenas à cidade da Praia mas que, agora, é uma situação do dia a dia, um pouco por todo o Cabo Verde com o já famoso “Kaço Bodi”.
Questionou: “Como é que queremos que mais turistas visitem Cabo Verde se existe o problema de insegurança?”.
Continuou a enumerar problemas que o fizeram regressar à política activa, abordando a desmotivação dos quadros cabo-verdianos em diversas áreas como a saúde, a justiça etc
Cabo Verde fica 5 dias/mês sem energia
No sector energético disse que o problema era gravíssimo porque, em média, o país fica 5 dias sem energia eléctrica por mês.
obre a infra-estruturação de Cabo Verde, o líder do MpD disse que não era contra a construção de estradas e portos, pois o seu governo fez muito nesse sentido na década de 90, mas que seria preciso questionar se certas obras seriam prioritárias como a circular da Praia, quando a cidade tem problemas gravíssimos do saneamento básico. Apontou vários outros exemplos onde talvez seria preferível investir em sectores que criassem mais empregos para as populações.
Mencionou os problemas de grandes obras em Cabo Verde adjudicadas sem concurso público o que encarece os custos e é uma situação desonesta para com os outros empresários.
Para explicar ainda o seu regresso a vida partidária activa, Carlos Veiga disse que já percorreu praticamente todo o País de lés a lés, contactando com a população, sublinhando a esse respeito estar cada vez mais convencido que tomou a decisão correcta em regressar, porque os “cabo-verdianos merecem ter uma vida melhor, mas que também o seu regresso foi importante para unir mais o seu partido: “neste momento, está mais forte e mais pujante”.
Carlos Veiga disse que, quando assumir a governação do país, a pasta da Emigração ficará a seu cargo, “pois tem consciência que é preciso fazer mais para os cabo-verdianos que residem fora do País e que contribuem para o desenvolvimento de Cabo Verde”.
Disse que, actualmente, o País cresce cerca de 4% por ano e que apenas a remessa dos emigrantes é suficiente para que isso aconteça.
O carismático líder do MpD não esqueceu os cabo-verdianos que vivem em situações difíceis em Portugal, em S.Tomé e Príncipe, e Guiné-Bissau, por exemplo.
No caso de S.Tomé confirmou o que já tinha dito Nelson Brito na abertura, ou seja, que a cooperação tripartida Cabo Verde/Luxemburgo/S.Tomé foi uma iniciativa do vice-presidente do MpD, Jorge Santos, acentuando que o governo de José Maria Neves segue copiando o que faz o MpD.
Continuou a falar da Diáspora dizendo que é preciso despartidarizar a administração publica cabo-verdiana e criar um balcão único para atender as demandas dos cabo-verdianos emigrantes. Falou na Formação do Pessoal para um melhor atendimento dos clientes, no problema de integração dos cabo-verdianos nas comunidades a que pertencem e que o seu futuro governo vai dialogar com os governos desses países amigos que acolhem cabo-verdianos, no sentido de encontrarem uma solução para os seus problemas.
Criar estatuto do emigrante investidor
Carlos Veiga apelou para que os emigrantes invistam no seu País e que, caso vença as eleições, o seu partido vai pôr em prática o estatuto do investidor emigrante para que também possam contribuir ainda mais no desenvolvimento do País com uma participação activa.
E, a exemplo do que já tinha feito na Holanda, apelou aos cabo-verdianos para recensearem e poderem estar preparados para votarem nas eleições legislativas e presidenciais no partido que acharem ser melhor para conduzir os destinos de Verde.
Disse que o problema da isenção nas Alfândegas é algo que tem dificultado a vida dos emigrantes e que a lei precisa ser clarificada nessa matéria.
Sobre a TACV sublinhou que o seu partido está a propor a politica de céu aberto e a introdução no mercado de companhias de low-coast, de forma que haja concorrência, permitindo, assim, que as tarifas das passagens sejam mais acessíveis aos nossos conterrâneos e turistas que querem visitar Cabo Verde.
Abordando a governação de José Maria Neves disse que o executivo do PAICV “é um governo cansado em que o primeiro ministro diz uma coisa outro membro do governo diz que não é bem assim”, referindo-se ao problema do défice. Sobre o endividamento do País, um facto cada vez mais preocupante, citou casos de países europeus que enfrentam problemas gravíssimos, mas que sempre apresentam mais soluções para sair da crise do que nós.
No campo do ensino, o líder do MpD criticou a política do actual governo em não privilegiar as ideias lançadas por José Luis Livramento (ex- ministro de Educação no seu governo) que, em 1998, tinha lançado a reforma do ensino profissionalizante, ou seja, transformou os liceus em escolas técnicas, tal como acontece em muitos países desenvolvidos de forma a que os jovens, quando terminam o liceu, estejam já preparados para o mercado de trabalho.
Mais poderes às ilhas
Carlos Veiga também abordou no seu discurso a Regionalização, dizendo que o MpD quer dar mais poderes às ilhas de forma a que se concentre tudo na capital do País.”Para isso, é preciso dar mais poderes administrativos e financeiros as autarquias e fazer uma divisão administrativa diferente para o país”, acentuou.
Depois da intervenção do líder do MpD seguiu-se um período de debate moderado por Necas Martins, do MpD da Região Politica de França. Sempre com transparência e rigor, não se furtando às questões, Carlos Veiga respondeu a todas as questões, tendo, no final, entregue cartões a novos militantes do MpD.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=30968&idSeccao=523&Action=noticia

CV(LIBERAL):JORGE SANTOS CONFIANTE NA “ONDA DE MUDANÇA” EM S. NICOLAU

RIBEIRA BRAVA-Terminou ontem, segunda-feira, 22, a visita que o vice-presidente do MpD efectuou à ilha de São Nicolau. O programa de Jorge Santos privilegiou contactos com as populações das duas cidades: Ribeira Brava e Tarrafal. Os residentes expressaram a sua apreensão com o isolamento em que vive a ilha, quer aéreo, quer marítimo, que impede o investimento da iniciativa privada e consequente desenvolvimento, isto apesar das promessas feitas pelo primeiro - ministro de que a situação se iria alterar.
A quebra demográfica verificada em São Nicolau nos últimos 10 anos, principalmente no seio da população jovem e com capacidade produtiva, como consequência da política de isolamento e bloqueio que a ilha tem sido votada, foi outra questão abordada a Jorge Santos
Os populares mostraram-se indignados com o não cumprimento da promessa feita pelo primeiro-ministro de os indemnizar em consequência dos prejuízos causados pelas chuvas torrenciais de 2009 e deste ano, nomeadamente, a falta de compensação a munícipes que sofreram prejuízos e a recuperação de estradas e caminhos vicinais.
Outras questões, como a não construção do liceu do Tarrafal, as dificuldades que os emigrantes enfrentam todos os anos em Cabo Verde com os TACV, a Alfândega e o investimento, também mereceram referências por parte dos participantes.
O Vice-presidente do MpD apresentou algumas propostas do partido para mudar o cenário actual, como é o caso da construção de um aeroporto internacional de porte médio e a remodelação/expansão do porto do Tarrafal, infra-estruturas indispensáveis para que uma ilha cheia de potencialidades, possa arrancar, com uma nova dinâmica, rumo ao desenvolvimento.
O vice-presidente do MpD vincou bem que um dos objectivos do partido visa transformar São Nicolau num dos principais centros de excelência no desenvolvimento do sector das pescas em Cabo Verde, a nível da captura, investigação aplicada, transformação e conservação do pescado, pesca desportiva, formação profissional.
Garantiu ainda uma nova política nacional para a juventude, com destaque para o apoio à educação, através de um verdadeiro programa de bolsas de estudo e a criação pelo Estado de um “Fundo Nacional de Garantia ao Credito para a Formação Superior e Profissional”, com a finalidade de promover um sector privado forte que permita o surgimento de mais ofertas de trabalho e rendimento para os jovens.
Apresentou, também como bandeira do MpD, uma nova política de reforço da descentralização e regionalização do país, particularmente no sector financeiro e uma maior participação dos Municípios nas receitas globais do Estado, garantindo uma melhoria e normalização no relacionamento entre o Governo e Municípios, acabando com a discriminação de Câmaras Municipais em função da cor partidária.
Jorge Santos anunciou ainda, para breve, a apresentação da Plataforma Eleitoral do MpD em todos os Municípios do país e a visita a São Nicolau no mês de Dezembro do Presidente do MpD, Carlos Veiga.
A visita foi muito participada e o MpD afirma-se na Ilha como um partido dinâmico e em crescimento, principalmente nas camadas jovens. Durante a visita, o vice presidente dos democratas, que se fez acompanhar pelo deputado nacional, Nelson Brito, além de responsáveis locais do MpD, deslocou-se igualmente a várias localidades, nomeadamente ao Vale da Fajã, Cabeçalinho e Ribeira Prata.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=30962&idSeccao=523&Action=noticia

Guerrilheira Dilma venceu mas ainda não convence - Globo - DN

Guerrilheira Dilma venceu mas ainda não convence - Globo - DN

CV(ANAÇÃO):Continuidade do recenseamento na diáspora em análise

PRAIA-Os partidos políticos, o governo e a CNE reúnem-se hoje, para decidirem sobre o fim do recenseamento eleitoral no estrangeiro.
Depois da marcação das eleições Legislativas para o dia 06 de Fevereiro, os intervenientes no processo vão decidir onde e até quando deverão ser prolongadas as inscrições, tendo em conta que o Código Eleitoral estabelece o que o recenseamento deverá ser concluído até 65 dias antes das eleições.
Poderá estar em causa a o recenseamento na Bélgica e na Inglaterra, dois países onde sequer o processo arrancou ainda e noutros como é o caso da Cuba, por exemplo, onde as inscrições começaram na semana passada.
http://www.alfa.cv/anacao/index.php?option=com_content&task=view&id=1823&Itemid=1

Americanos protestam contra o pornoscan

Americanos protestam contra o pornoscan

FOTO REPORTAGEM:CARLOS VEIGA NO LUXEMBURGO II

 Com a simpática ministra da cooperação do Luxemburgo, Marie-Josée Jacobs
 Com a simpática ministra da cooperação do Luxemburgo, Marie-Josée Jacobs
Mpd Luxemburgo, França e Holanda no encontro com a minista da cooperação
Ministra da cooperação do Luxemburgo, Marie-Josée Jacobs e
adjuntos
 Carlos Veiga conversa com Maria Josee Jacobs
 Ministra da cooperação do Luxemburgo
 Michel Wolter presidente do Partido CSV(Partido Popular Social Cristão)
 Ministra da cultura e da reforma administrativa, Octavie Modert e o ministro das infra-estruturas e transporte, Claude Wiseler
 Delegação do MpD posa para foto com  Michel Wolter(presidente CSV),Octavie Modert (ministra) e o ministro Claude Wiseler

 Direcção do Partido CSV recebe Carlos Veiga
 Michel Wolter(presidente CSV), conversa com Carlos Veiga
 Direcção do CSV(Partido Popular Social Cristão) partido que tal como o MpD pertence a família IDC
 Carlos Veiga conversa com Michel Wolter presidente do partido no poder no Luxemburgo
 Carlos Veiga e o Burgomestre da cidade do Luxemburgo
 José Luis Livramento conversa com o Burgomestre, Paul Helminger

 conversando com o Burgomestre , Paul Helminger
 Burgomestre, Paul Helminger
Comissão Politica da Holanda e do Luxemburgo
 Mateus, Veiga , Livramento e Manuel Rocha
 Nos Paços do Concelho da cidade do Luxemburgo
 Com um vereador da Camara do Luxemburgo
 Carlos Veiga visita a CRE do Luxemburgo
 Escrutinadores da CRE-Luxemburgo
 Com Clara Delgado Encarregada de Negócios
 José Luis do Livramento e Clara Delgado
 Carlos Veiga e Clara Delgado