quarta-feira, 24 de novembro de 2010

CV:ENTREVISTA COM CARLOS VEIGA

Uma breve entrevista com Carlos Veiga no fim da sua visita a Holanda e Luxemburgo
Ao acompanharmos a visita de Carlos Veiga, deparámos -nos com um homem jovem, com humor, comunicativo e cheio de energia.
Reproduzimos a curta conversa que tivemos, com o carismático político cabo-verdiano, para os nossos leitores.
Rádio Atlântico: Está prestes a terminar a sua visita ao Luxemburgo, gostaríamos que fizesse um balanço da sua visita a Holanda e Luxemburgo?
Carlos Veiga: Estou bastante satisfeito e acredito que a visita correu muito bem. Posso dizer que as Estruturas do MpD na Holanda e no Luxemburgo estão de parabéns pela óptima organização.
Todos os objectivos que tínhamos traçado com esta visita foram cumpridos em relação a comunidade. Tive a oportunidade de me encontrar com muitos compatriotas e poder compartilhar com eles a nossa mensagem, ouvir seus entusiasmos e interesses, responder às perguntas e estou extremamente satisfeito.
No Luxemburgo tive a oportunidade de me encontrar com membros do partido CVS (Partido Popular Social Cristão). Além da oportunidade de me encontrar com Michel Wolter, presidente do Partido, estive também com outros membros do Governo do Luxemburgo, nomeadamente com a ministra da Cultura, o ministro do Desenvolvimento Durável e com a ministra da Cooperação. Com todos eles, foi possível falar da relação entre Cabo Verde e o Luxemburgo, perspectivamos um futuro para essas relações e fizemos um balanço positivo da cooperação entre Cabo Verde e Luxemburgo até agora.
Reafirmo que todos os objectivos foram cumpridos e portanto a satisfação é total.
RA: A dado momento, no seu encontro com a ministra da Cooperação, Marie-Josée Jacobs mostrou a sua satisfação pela sua postura em aceitar pacificamento o resultado das últimas eleições em que tomou parte. Disse mesmo que era um exemplo para estimular as democracias principalmente no continente africano. Um comentário….
CV: É sempre bom ser reconhecido a nível internacional pela nossa postura mas eu penso que apenas cumpri a minha obrigação de democrata aceitando os resultados. Embora sabendo que tivesse havido fraude, a minha maior preocupação era e é o meu País - Cabo Verde.
Acima de qualquer outro interesse pessoal, quero principalmente estabilidade política em Cabo Verde, portanto considero que cumpri a minha obrigação e sinto-me satisfeito com as palavras e reconhecimento da senhora ministra da Cooperação de um país amigo como Luxemburgo.
RA: Recentemente foi eleito presidente da IDC-Africa e por inerência Vice-presidente da IDC (Internacional do Centro). O que pensa fazer para que em Africa haja mais democracia…
CV: A nossa principal preocupação neste momento é expandir a IDC em África, expandir valores e princípios fundamentais do IDC por todo o continente africano porque esses são os valores que conduzem ao desenvolvimento.
É claro que com a expansão da IDC no continente africano, o IDC-Africa ganha um estatuto e um peso maior na família IDC. Portanto neste momento o nosso objectivo principal é consolidar o IDC-Africa e apresentarmo-nos em igualdade de condições com outros parceiros que militam na IDC.
RA: Na sua intervenção na Holanda e Luxemburgo mostrou-se optimista no tocante a vitória do seu partido nas próximas legislativas. Porque pensa que o seu partido vai ganhar as próximas eleições legislativas em Cabo Verde?
CV: Claro que pensamos ganhar as eleições legislativas, primeiro porque somos um partido que pensa nas pessoas, e que depois da vitória nas eleições vai trabalhar seriamente para resolver os problemas reais das pessoas.
Neste momento grande maioria dos cabo-verdianos reconhecem o MpD como um partido que se preocupa com as pessoas mas que ao mesmo tempo tem soluções e apresenta propostas para os problemas reais com que eles deparam no seu dia-a-dia.
Por isso penso que isso vai ser determinante para que os eleitores cabo-verdianos decidam a favor do MpD.
Estou convicto que os eleitores na altura de votar vão escolher o MpD por ser o partido capaz de resolver os reais problemas do País.
RA: O slogan do seu partido “Cabo Verde Mesti Muda”parece estar a fazer sucesso. Na sua opinião Cabo Verde precisa mudar de governo?
CV: Sem dúvida. Claro que o País precisa urgentemente de mudança e estou convicto que o MpD vai ganhar as próximas eleições. Não podemos aguentar muito mais este tipo de política com ausência de resultados, Cabo Verde precisa mudar para entrarmos de vez no caminho do desenvolvimento.
RA: Já não temos mais tempo, mas gostaria de deixar os nossos microfones para uma mensagem para os cabo-verdianos residentes na Região do Benelux…
CV: A minha mensagem para os nossos conterrâneos é sempre uma mensagem positiva de esperança e de confiança em Cabo Verde. Confiança também no MpD como um partido de mudança e capaz de levar o País para um caminho seguro, rumo ao desenvolvimento e que em breve com o voto de todos, o Mpd vai ganhar as eleições e concerteza que a mudança será possível. Que com o voto de todos o MpD estará no Governo a partir de Fevereiro ou Março do próximo ano.
Para que isso aconteça é preciso o empenhamento de todos no processo de Recenseamento Eleitoral e depois exercer o direito de voto.
RA: Agradeço a sua disponibilidade
CV: Eu e o Mpd é que agradecemos.
RÁDIO ATLÂNTICO
Local: Aeroporto do Luxemburgo (10 minutos antes da partida para Lisboa)

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