quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

CV:Candidato do PAICV às presidenciais deste ano será conhecido em breve - José Maria Neves

PRAIA-O presidente do PAICV garantiu hoje que não será candidato às presidenciais cabo-verdianas deste ano "em nenhuma circunstância" e adiantou que o nome a apoiar pelo partido, entre três que já anunciaram essa intenção, será conhecido em breve.
Numa entrevista à Agência Lusa, José Maria Neves, vencedor das eleições legislativas realizadas domingo em Cabo Verde, defendeu que a "batata quente" das três candidaturas vindas do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) já anunciadas vai acabar por "esfriar muito rapidamente".
"Nestes dias há muito vento e a batata vai esfriar muito rapidamente. (Risos) Há candidatos, pré-candidatos, vamos discutir e escolher democraticamente quem deveremos apoiar", sublinhou, indicando que, nos próximos dias, a Comissão Política do PAICV vai reunir-se para estabelecer o cronograma das presidenciais.
"Nos próximos dias, a Comissão Política vai reunir-se para estabelecer o cronograma. Temos de acelerar as coisas porque o candidato tem de ter tempo para preparar a sua campanha e sabemos que uma campanha eleitoral exige muito trabalho. Vamos ter de decidir rapidamente a questão", referiu.
Três personalidades do PAICV já manifestaram publicamente disponibilidade para concorrer às eleições presidenciais -- Aristides Lima, presidente do agora extinto Parlamento, Manuel Inocêncio de Sousa, ministro das Infraestruturas, e David Hopffer Almada, ex-deputado.
Questionado sobre os diferentes apoios que os três candidatos têm dentro do partido -- Aristides Lima pelo atual presidente Pedro Pires, Manuel Inocêncio de Sousa pelo líder do PAICV, e Hopffer Almada como "outsider" -, José Maria Neves disse não ter essa perceção.
"Não tenho essa perceção. De todo o modo, são os órgãos do partido que vão decidir e farão a escolha democraticamente. Neste momento, a minha decisão pessoal não conta muito", disse, esclarecendo a sua posição: "já tinha dito que não sou candidato presidencial em nenhuma circunstância".
Constitucionalmente, as eleições presidenciais terão de decorrer pelos menos seis meses depois das legislativas, o que apontaria para 06 de agosto, data que José Maria Neves considera desapropriada, uma vez que se trata do tradicional mês de férias.
"Penso que, provavelmente, (as presidenciais) poderão ter lugar em outubro, mas dependerá do Presidente da República. A lei diz que não poderão ser antes de seis meses mas também não poderão ser muito afastadas dos seis meses, neste caso", explicou.
"O que penso, e que presumo, é que agosto é um mês difícil, das férias, da chuva, dificílimo. Os próprios emigrantes também estão de férias. Em setembro também há chuvas. Poderá ser logo no início de outubro", acrescentou, lembrando a realização de uma eventual segunda volta.
Se forem a 06 de agosto poderá haver a necessidade de haver uma segunda volta, a realizar a 20 ou 21 de agosto, o que seria complicadíssimo. Presumo que as eleições serão mais tarde, eventualmente em outubro, mas isso é uma área do Presidente da República, que vai ouvir o Conselho da Republica e aí vamos aguardar pela decisão", rematou.
http://legislativas2011.sapo.cv/info/artigo/1128772.html

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