segunda-feira, 28 de novembro de 2011

CV(Inforptess):José Maria Neves presta tributo a Amílcar Cabral e ao povo guineense

BAFATÁ - O primeiro-ministro, José Maria Neves, homenageou hoje Amílcar Cabral na cidade de Bafatá, Guiné-Bissau, um tributo também aos guineenses, com os quais os cabo-verdianos têm "uma grande dívida".
"Nós os cabo-verdianos temos uma dívida muito grande para com o povo da Guiné-Bissau. Aqui fez-se a luta pela libertação da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, muitos guineenses deram a sua própria vida, fizeram um esforço enorme para a libertação da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, e nós os cabo-verdianos devemos permanentemente prestar este tributo à Guiné-Bissau e ao povo da Guiné-Bissau", disse.
José Maria Neves, que chegou sábado a Bissau para uma visita de cinco dias, dedicou hoje o dia a Bafatá, terra onde nasceu Amílcar Cabral, que fundou o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) e iniciou a luta contra a colonização portuguesa.
Em Bafatá colocou flores no monumento a Amílcar Cabral que existe no centro da cidade e visitou depois, sempre acompanhado pelo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, a casa onde nasceu o herói dos dois países, hoje transformada em museu.
Foi lá que afirmou que visitar a cidade e a casa onde nasceu Amílcar Cabral foi emocionante.
"Sobretudo porque Amílcar Cabral tem sido a nossa inspiração, para continuarmos a lutar pela liberdade e pela dignidade mas também inspiração para continuarmos a governar o país com muita honestidade", disse José Maria Neves.
"Mas também muito inspirador para o futuro de África. Amílcar Cabral lutou muito pela dignidade de África, hoje mais do que nunca nós, governantes africanos, temos de nos inspirar em Amílcar Cabral para construir o futuro", acrescentou o primeiro-ministro.
A Guiné-Bissau e Cabo Verde caminharam juntos até 1980, quando um golpe de Estado afastou Luís Cabral do poder em 1980 e o PAIGC da Guiné-Bissau desvinculou-se do PAIGC de Cabo Verde.
Há dois anos o primeiro-ministro da Guiné-Bissau visitou Cabo Verde e desde sábado o primeiro-ministro de Cabo Verde está na Guiné-Bissau. José Maria Neves, questionado pela Lusa, garantiu que os dois países nunca estiveram "irreconciliados".
"Houve várias questões em vários momentos, durante a luta e depois da luta de libertação nacional, mas a Guiné-Bissau e Cabo Verde sempre estiveram irmanados em África, para melhorar a dignidade do povo africano, para colocarmos tudo o que existe em África ao serviço dos africanos", disse José Maria Neves.
Lusa/fim
http://noticias.sapo.cv/inforpress/artigo/101121.html

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