quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

CV:Boeings mais competitivos da TACV chegam em Junho


Depois de 16 anos ao serviço da TACV - Cabo Verde Airlines, o Boeing 757-200 ER, baptizado com o nome "B.Leza" vai ser devolvido ao dono, a "Lessor". Em Maio e Junho chegam dois Boeing 737-800, aviões a jacto mais pequenos, mais eficientes e de menor consumo. O objectivo é dar resposta ao aumento da competitividade da empresa, rumo a novas rotas.
É o adeus ao famoso B.Leza que vai deixar muita saudade à tripulação, ao pessoal de cabine e manutenção da TACV e a todos aqueles que durante 16 anos privaram de perto, com este que foi o primeiro aparelho adquirido pela companhia de bandeira de Cabo Verde, em regime de "leasing operacional", para servir as suas rotas intercontinentais.

O B.Leza entrou na frota da TACV em 1996, sendo então considerado um dos maiores orgulhos da companhia e do país Independente.
Na noite da passada terça-feira o B.Leza partiu rumo a Frankfurt onde vai ser preparado para devolução à Lessor que, nos termos contratuais, deverá acontecer a 31 de Janeiro de 2012.
Segundo Georgina Mello, Administradora Executiva para a Área Comercial da TACV, o B.Leza vai sofrer intervenções como pintura, revisão geral do aparelho e motores para ser devolvido no estado "conforme entrou na companhia".
MAIS EFICIENTES E DE MENOR CONSUMO
Esta responsável justifica a devolução afirmando que o B.Leza passou a ser "pouco competitivo" para os objectivos da empresa. "Precisamos trocar para aviões menos consumidores, mais eficientes, que nos dêem mais flexibilidade e que operem em aeroportos que nem sempre têm as mesmas condições que os aeroportos europeus e americanos", explica Mello.
Com a saída do B.Leza vão entrar dois novos Boeing usados, do modelo 737-800. Aviões a jacto, mais pequenos, mas menos consumidores de combustível e muito mais competitivos, porque são de data de fabrico recente.
Nas condições que estes aviões operam, actualmente, a configuração de cada um é de cerca de 180 passageiros. Só que estão a funcionar em classe full económica e não têm classe executiva. Esta situação, segundo esta responsável, vai sofrer alterações "por causa do tipo de tráfego da TACV". Assim a configuração vai ser alterada e o número de lugares também, antes de virem para a empresa.
O primeiro Boeing chega em Maio, o segundo em Junho e ainda estão por definir os nomes e os padrinhos dos novos aparelhos. Até à sua chegada, a companhia vai ficar a operar somente com o "Imigranti" e, segundo Mello, para "resolver as situações que não sejam comportáveis só com o "Imigranti", a companhia poderá fazer a contratação de aviões a terceiros".
AUMENTO DA FROTA
Esta responsável admite que o ideal era a TACV fazer a contratação de um avião durante o período de espera do primeiro Boeing. Já foi feita uma consulta de mercado e a empresa obteve resposta de várias companhias que têm aviões disponíveis. Só que, essa contratação, vai exigir "um impacto de capital financeiro muito grande" que neste momento "não é possível", à empresa comportar. As prioridades estão centradas na entrega do B.Leza, operação que vai custar para cima de dois milhões de dólares.
Assim, no futuro, a companhia vai passar a ter seis aviões, três a jacto ("Imigranti", mais os dois Boeing novos) e três a hélice, os ATR´S. Para Geogina Mello, esses aviões se adequam ao tipo de rotas que a empresa tem e àquelas que estão projectadas para o futuro. "Queremos regressar à África Ocidental porque, neste momento, estamos só a fazer Dakar (Senegal) e Bissau (Guiné-Bissau). Gostaríamos de retomar Banjul (Gâmbia) e Freetown que deixamos há cerca de dois anos por razões de ordem financeira lá. Queremos retomar outros mercados que deixámos há mais tempo por razões diversas", afirma. Mas, para isso a empresa terá, segundo esta responsável, de criar as suas próprias estruturas de venda em Banjul, Freetown e em Bissau.
OPORTUNIDADES NA SUB-REGIÃO
Mello adianta que a TACV quer criar condições para regressar aos países da Sub-Região, "onde há um mercado extraordinário em crescimento" porque, "enquanto o mundo entrou em recessão, na nossa Região, em termos de transportes aéreos, não se sentiu essa recessão".
Segundo a mesma, estes novos aviões estão ao nível da competitividade dos aviões da concorrência, por isso, a aposta na Sub-Região "tem tudo para dar certo".
Apesar dos constrangimentos sobejamente conhecidos da empresa, em 31 de Dezembro de 2011, a TACV atingiu a fasquia dos seiscentos mil 699 passageiros transportados durante esse ano, o que representa um crescimento de cinco por cento, relativamente ao ano de 2010. Dados que segundo Mello mostram que a empresa está no bom caminho.
Criado em 12-01-16

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