sábado, 21 de janeiro de 2012

CV:“QUE O SONHO DE CABRAL POSSA SER REINVENTADO NA SOLIDARIEDADE, NA PAZ, NA LIBERDADE”-JCF

Assinalando o 20 de Janeiro 


Nunca perdendo a referência do simbolismo de Amílcar para o País, Jorge Carlos Fonseca realçou a importância de a Utopia corresponder hoje a outro quadro de necessidades e exigências
foto
Praia, 20 de Janeiro 2012 – O Presidente da República endereçou hoje ao país uma mensagem muito oportuna sobre a efeméride que se assinala: o Dia dos Heróis Nacionais.
Começando por referir que “os verdadeiros construtores das Nações são as pessoas que no seu quotidiano labutam, sofrem, revoltam-se e amam”, em contraposição aos que passam pela vida sem nunca manifestarem qualquer tipo de empenhamento, Jorge Carlos Fonseca defendeu serem “as pessoas que criam, alteram ou destroem valores, que tudo fazem para construir e preservar o que lhes dá suporte, em termos materiais e espirituais” aquelas que “criam os mitos, edificam e alimentam a cultura, instrumento através do qual se emancipam da natureza”.
E a importância de as nações terem heróis decorre da circunstância de “para além dos seus feitos e contribuições mais ou menos relevantes e dos seus méritos mais ou menos importantes, são uma necessidade psicológica e cultural das pessoas e um elemento importante no cimentar da coesão nacional, da comunidade de interesses”, sendo que Cabo Verde, legitimamente, tem também “os seus heróis, mulheres e homens que em momentos específicos das suas vidas e da do país ascenderam a importantes patamares, diferenciando-se dos outros, assumindo a condição de portadores de valores que conformam os ideais cabo-verdianos”.
A REFERÊNCIA DE AMÍLCAR
Para o Chefe de Estado, “Amílcar Cabral, sem sombra de dúvidas, representa essa plêiade de pessoas a quem a Nação muito deve, pois em momento muito especifico, assumiu de forma integral os ideais de Independência e de desenvolvimento de Cabo Verde entregando-se a essa árdua tarefa de corpo e alma e desbravando e fecundando com o próprio sangue, o Sonho, de muitas pessoas, contribuindo para que a Utopia da independência assumisse a condição de possibilidade de existência”.
Jorge Carlos Fonseca considerou que a dimensão de Cabral está muito para além do redutor espartilho das fronteiras nacionais, porquanto, “o brilho da sua mente, a tenacidade da sua entrega e as reflexões teóricas a que se entregou, no seu tempo, fizeram com que a luta pela independência de Cabo Verde e da Guiné-Bissau extravasasse esses antigos espaços coloniais para se projectar no continente africano e no mundo”, mas não esquecendo que o celebrar, a ele a “todos os heróis nacionais, é contribuir para que a Nação seja cada vez mais coesa, solidária e inclusiva, condições essenciais ao desenvolvimento socioeconómico de Cabo Verde e ao aprofundamento da Democracia”, constituindo uma esperança de resposta “à necessidade das pessoas, das construtoras da Nação, dos Mitos, da Utopia, para que o Sonho de Cabral possa ser reinventado na solidariedade, na Paz, na Liberdade”, referiu ainda.
A meio da manhã, o Chefe de Estado depositou uma coroa de flores no memorial a Amílcar Cabral, na Várzea (Praia), sendo, na altura, aguardado pelos presidente e vice-presidente da Assembleia Nacional, líderes parlamentares, membros do Governo e Primeiro-ministro, bem como membros do corpo diplomático e dignitários do Estado cabo-verdiano.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=34959&idSeccao=523&Action=noticia

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentar com elegância e com respeito para o próximo.