JMN provocou, JCF respondeu para que não haja dúvidas…
A imprensa nacional e internacional passou repetidas vezes as ameaças de José Maria Neves ao Chefe de Estado: o PM "não é subordinado do Presidente da República". Jorge Carlos Fonseca ouviu o recado e respondeu, mais diplomaticamente é claro: o PR “é o garante da unidade da Nação e do Estado”. É caso para se dizer que para bons entendedores meia palavra basta
Na sequência destas declarações violentas, foi colocado ontem, na página de Facebook da própria Presidência da República, um post onde é acentuado de forma veemente que as atribuições do inquilino do Palácio do Plateau devem ficar bem claras, como também claros deverão ficar os princípios que regem este mandato.
“Nos mandatos de Jorge Carlos Fonseca como Chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas nunca, jamais e em tempo algum se perderá de vista o comando contido no artigo 125º, nº 1, da Constituição Política da República de Cabo Verde”, pode ler-se, no que parece ser uma referência às entrevistas concedidas por José Maria Neves à imprensa, na passada segunda-feira, 7 - onde este afirmou que "não é subordinado do Presidente da República" -, Jorge Carlos Fonseca faz a alusão ao referido artigo nº1 que diz o seguinte: “O Presidente da República é o garante da unidade da Nação e do Estado, da integridade do território, da independência nacional e vigia e garante o cumprimento da Constituição e dos tratados internacionais.
Parece ser muito claro: o Presidente da República não estará disposto a levar mais afrontas para casa e, sustentando que “a parceria estratégica com os demais poderes, maximé com o Executivo, para assegurar a paz, o progresso e o bem-estar da Nação cabo-verdiana, é a ferramenta escolhida para ajudar a dar conta de tamanha e grata missão”, enfatiza “o equilíbrio emocional, a predisposição para a tolerância e a resiliência de que o Chefe de Estado tem dado provas”, e vai avisando que “o resto é… o resto. Fait-divers, diz-que-diz e provocações não desviarão o Chefe de Estado do rumo traçado. É garantido!”, remata Jorge Carlos Fonseca.
De recordar que JMN, por diversas vezes, agiu de modo idêntico com Pedro Pires, o que o levou mesmo a fazer referência à necessidade de “humildade e lucidez para reconhecer os nossos défices, carências e fraquezas individuais”, bem como atitudes de “soberba ou infantilismo”, uma indirecta do ex-presidente, que toda a gente considerou dirigida a José Maria Neves, e que teve como palco a Sessão Solene da Assembleia Nacional que assinalou o 36º aniversário da independência, em 5 de Julho de 2011 (ver vídeo).
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Intervenção de Pedro Pires (vídeo): http://www.rtc.cv/index.php?paginas=45&id_cod=11214
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