quarta-feira, 11 de julho de 2012

HOLANDA:Holandeses terão muito a escolher nas eleições?


Cinquenta partidos políticos participarão das eleições para a câmara baixa do parlamento holandês no dia 12 de setembro. 
Cada um com seus ideais próprios. Apesar disso, o eleitor provavelmente irá preferir um partido com poder a um partido marginal com princípios simpáticos.
    Data de publicação : 22 Junho 2012 
 Holandeses terão muito a escolher nas eleições?


Até esta semana os partidos podiam se inscrever no Conselho Eleitoral. Além dos 11 partidos que já têm cadeiras no parlamento, outros 39 se apresentaram. O que obteve maior publicidade até agora foi o DPK, do ex-parlamentar do partido populista de direita PVV, Hero Brinkman.
Entre os outros, partidos com nomes curiosos e bonitos como Wilhelmus van Nassauwe, Kleptocraten, Red het Noorden (Salve o Norte), Partij Anti Onrecht (Partido Anti-Injustiça), Club van de Kiezers (Clube dos Eleitores), Nederland Beter (Holanda Melhor), Partij Voor de Mens en alle overige aardbewoners (Partido pela Pessoa e por todos os habitantes da Terra) e NXD – que leva este nome em homenagem aos filhos de seu criador: Narqeez, Xenf-fe e Djenghiz.
Uma só causa
Os novos partidos são em geral partidos de uma só causa, que defendem acima de tudo e que em sua visão não tem recebido a merecida atenção no parlamento. E isso pode levar ao sucesso. O Partij voor de Dieren (Partido pelos Animais) é um exemplo – conquistou duas cadeiras no parlamento –, assim como o PVV, de Geert Wilders, que também começou como partido de uma causa só.
E quais são os nichos no mercado eleitoral descobertos pelos novos partidos holandeses? Alguns exemplos:
  • Piratenpartij (Partido Pirata): defende, entre outras coisas, uma internet mais livre, legalizar downloads e acabar com o controle de e-mails.
  • 50+: é na verdade um partido da terceira idade.
  • MOED: quer mais conscientização sobre as causas e consequências da violência e intimidação.
  • IQ: quer 31 bilhões de euros da Shell. Segundo o partido, trata-se de dinheiro ‘de sangue’, originário de ‘latrocínio’.
  • Social Contract: é a favor de uma divisão justa de verbas entre as gerações.
  • Voto jogado fora
É relativamente fácil chegar ao parlamento na Holanda. A Alemanha, por exemplo, tem um limite mínimo: os partidos têm que conseguir pelo menos 5% dos votos. Na Suécia este limite é maior, 10%. Já na Holanda só é preciso atingir uma cota: o número de votos dividido pelas 150 cadeiras do parlamento.
Nas últimas eleições, essa cota não chegou a 63 mil votos por cadeira. Mesmo assim, poucos partidos novos conseguiram conquistar um assento no parlamento. E para os novatos, é ainda mais difícil conseguir mantê-lo por mais de um mandato. O eleitor não quer ‘jogar fora’ o seu voto. Se a chance de que o partido não chegue ao parlamento é grande, o eleitor prefere votar em um partido que pode ter alguma influência em Haia.
Rita Verdonk e SP
Na eleição passada, em 2010, apenas 1,09% dos 9,4 milhões de votos foram para um partido novo. Desta porcentagem, metade foi para Rita Verdonk, ex-ministra da Imigração e Integração que deixou o partido liberal VVD e criou seu próprio partido, o Trots op Nederland (Orgulho da Holanda).
Mas também não é uma causa perdida. Em 1989, o socialista SP era um partido novo, junto com o Partido 2000+, Partido Anti-Desemprego e Central dos Idosos. Dos últimos três já não se ouve falar. Mas o SP tem chances de se tornar em setembro o maior partido da Holanda.

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