quarta-feira, 18 de julho de 2012

LIBERAL:“PAICV É O PARTIDO DA FRAUDE”


DIRIGENTE REAGE A NOTICIA DO LIBERAL 
O dirigente ventoinha António Varela Semedo considerou hoje, ao final da tarde, que “o PAICV tem razão, efectivamente há uma fraude generalizada em Santa Catarina de Santiago, há criminosos, há delinquentes reincidentes que promovem o crime eleitoral, há a compra de votos e há o suborno de consciências”…
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Praia, 17 de Julho 2012 – O Movimento para a Democracia (MpD) reagiu, há pouco mais de uma hora, à notícia publicada hoje pelo Liberal onde se reproduz a gravação de uma conversa telefónica entre um jovem estudante universitário e o cabeça de lista do PAICV à Assembleia Municipal de Santa Catarina de Santiago, Felisberto Moreira.
Ironizando, António Varela Semedo, membro da Comissão Política Nacional do MpD, começou por dizer que “o PAICV tem razão, efectivamente há uma fraude generalizada em Santa Catarina de Santiago. Há criminosos, há delinquentes reincidentes que promovem o crime eleitoral, há a compra de votos e há o suborno de consciências”.
Fazendo um historial da campanha eleitoral naquele concelho, o dirigente ventoinha referiu que “durante semanas” e “com particular insistência nos últimos dias, tudo serviu para lançar o lodo contra o MpD, os seus dirigentes e a sua seriedade política”. Para António Semedo, tudo terá começado com a “estória repugnante dos supostos 10 mil contos, passou ao terreno da invasão de thugs para intimidar cidadãos e com o folhetim dos cadastrados armados e do carro apreendido”, calúnias do adversário que não foram sustentadas com “uma única prova, um único nome de um bandido detido pela polícia, uma única imagem, um único registo que suportasse as acusações”, ao que defende “pela única razão de não ter acontecido, de ser parte de uma estratégia montada para fazer crer à opinião pública o envolvimento do MpD em actos ilícitos”.
MpD SEMPRE DENUNCIOU E APRESENTOU PROVAS
Pelo contrário, segundo Semedo, “o MpD sempre apresentou provas das denúncias que fez, sempre apontou datas, contextos e nomes de todos os envolvidos em compra de consciências e na fraude eleitoral”, avançando com o historial de denúncias feitas pelo partido ao longo dos anos, algumas delas que provocaram condenações e constituição de arguidos, numa alusão aos acontecimentos de Covoada, nas presidenciais de 2001, em que eleitores já falecidos garantiram a vitória de Pedro Pires. E denunciou que, a maior parte das denúncias ainda “repousam nas gavetas dos tribunais e da Procuradoria-geral da República”.
“É preciso dizer que o partido da fraude, está provado, sempre foi e é o PAICV, como agora se demonstra com registo áudio de uma conversa havida entre o cabeça de lista do PAICV à Assembleia Municipal de Santa Catarina de Santiago – e presidente da FICASE -, Felisberto Moreira, e um jovem estudante”, disse António Semedo, adiantando que “a campanha eleitoral do PAICV, nesta segunda ronda das eleições em Boa Entrada e Cruz Grande, resume-se a abordagens directas a eleitores adversos a este partido, procurando perceber as suas necessidades e assediando-os a votar amarelo a troco de dinheiro, bens ou pagamento de dívidas”, sustentando que o MpD sabe “ser acção organizada, envolvendo como alvos dezenas de pessoas, através do estabelecimento de contactos telefónicos e marcação de entrevistas”.
Para o dirigente ventoinha, “as palavras trocadas não enganam, o candidato cabeça de lista à Assembleia Municipal do PAICV foi apanhado a praticar um crime eleitoral, não há qualquer margem para dúvidas”, justificando estas práticas como consequência da garantia dada por José Maria Neves ao garantir ir “até às últimas consequências para ganhar as eleições em Santa Catarina de Santiago, para tentar salvar a face da clamorosa derrota sofrida nas eleições de 1 de Julho”.
Ao mesmo tempo que anunciou ir o MpD avançar com um pedido de investigação às autoridades, António Varela Semedo, que para além de dirigente político é também jurista, concluiu dizendo que “o povo de Santa Catarina não vai permitir que o seu voto seja roubado e a sua escolha espezinhada pelos inimigos da liberdade e da democracia.”

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