José Maria Neves garante que o PAICV está num “processo de democratização” e que o desempenho nas autárquicas do último domingo merece um balanço e uma avaliação crítica, que deverão acontecer proximamente, na próxima reunião do Conselho Nacional. O líder tambarina reconhece que o seu partido não conseguiu atingir os objectivos propostos para estas eleições, que era ganhar 12 das 22 câmaras do país.
Após lembrar que o PAICV “nunca” ganhou a maioria das câmaras do
país, José Maria Neves ressalva que não era o governo quem estava em avaliação,
mas, sim, o poder local, o desempenho das autarquias, as suas equipas e as suas
plataformas eleitorais. Ainda assim, considera que “faltaram estratégias e
gestão política” a nível local, e o PAICV saiu derrotado nas sextas eleições
municipais do país.
Instado a comentar as declarações de Carlos Veiga, que disse que a
derrota do PAICV é um “recado de descontentamento da população em relação às
políticas do Governo”, José Maria Neves ataca na mesma moeda: “O Carlos Veiga
está ressabiado. Perdeu as eleições quando ele mesmo foi avaliado, ficou com um
grande ressentimento. Eu, no seu lugar, perderia as eleições legislativas e
sairia imediatamente da liderança do partido”, aconselha JMN, que aproveita
ainda para, mais uma vez, destacar que “não existe relação directa” entre as
eleições autárquicas, legislativas e as presidenciais em Cabo Verde.
Por isso, JMN afasta o cenário de eleições antecipadas e relembra
que o governo tem maioria absoluta no Parlamento. “Os governos devem cumprir os
seus mandatos, e nós temos toda a vontade e determinação de cumprir o nosso
mandato até 2016”, conclui o líder do PAICV.
http://asemana.sapo.cv/spip.php?article78050&ak=1
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