sexta-feira, 20 de julho de 2012

LIBERAL:CARLOS VEIGA IMPUTA RESPONSABILIDADES A MARISA MORAIS

“Situação poderá tornar-se potencialmente explosiva”…
O líder do MpD manifestou a sua preocupação pelo clima de instabilidade que se vive em Santa Catarina de Santiago, nomeadamente, nas localidades onde as eleições autárquicas se repetem no próximo domingo. E alertou para a manipulação em curso das forças policiais e ameaças de morte caso o PAICV não ganhe as eleições no concelho 
Praia, 19 de Julho 2012 – A situação de tensão que se vive no concelho de Santa Catarina de Santiago, particularmente em Boa Entrada e Cruz Grande, foi o pretexto para uma conferência de imprensa, dada hoje ao final da manhã, pelo líder ventoinha, Carlos Veiga.
Reportando-se a casos concretos que envolvem apoiantes e militantes do PAICV naquele município de Santiago Norte, o presidente do MpD pediu “explicações” à ministra da Administração Interna, Marisa Morais, e exigiu que as forças policiais “actuem com a isenção e imparcialidade que a lei lhes impõe”.
Para Carlos Veiga é fundamental que “termine imediatamente a manipulação e instrumentalização da polícia local a partir da Praia”, bem como “a acção do grupo armado comandado por Fidel Tavares e seja investigada a sua actuação nas eleições mais recentes”. Veiga exige, ainda, que “todos os portadores de armas, sem excepção, sejam detidos e as armas retiradas”, e que parem, imediatamente, actos de campanha, com festas não autorizadas, circulação de viaturas, algazarras e contactos porta-a porta depois das 20H00, como o Código Eleitoral claramente proíbe, em ordem a salvaguardar o direito ao descanso das pessoas que lá vivem”.
CUMPRA-SE A LEI“Exigimos também à Senhora Ministra da Administração Interna que dê as ordens necessárias a que efectivamente se cumpra, ao menos desta vez em que só estão em causa duas mesas de voto, as exigências legais quanto à delimitação de um perímetro de 500 metros à volta dos locais de voto e ao condicionamento do acesso a esse perímetro e de proibição absoluta de boca de urna nesse espaço, nos precisos termos claramente definidos pelo Código Eleitoral”, disse Carlos Veiga aos jornalistas, exigindo ainda “que assegure que esse condicionamento será feito sem truques que o esvaziem, com isenção, imparcialidade e tratamento igualitário de todas as candidaturas, como também a lei impõe, mas não tem sido cumprido”.
 Segundo o líder ventoinha, há uma “tentativa em curso de intimidação dos eleitores” pelo que é necessário criar-se “um ambiente de tranquilidade favorável ao exercício sereno do direito de voto no próximo domingo”, pese embora a população se manter “calma”, porém, “determinada a que a deixem votar livremente”. Pelo que, “se não forem tomadas medidas, a situação poderá tornar-se potencialmente explosiva de um momento para outro”, por omissão das autoridades.
OS “CASOS” DA CAMPANHA
Um a um, Carlos Veiga foi indicando alguns dos “casos” desta campanha autárquica, nomeadamente, o de um militante do PAICV “com elevadas responsabilidades na administração da Saúde no concelho [que] foi encontrado com duas armas de fogo proibidas”, um caso que “podia ser julgado em processo sumário, mas não foi; o de uma mulher agredida na via pública (já referido na nossa edição de hoje); bem como a detenção ilegal de um candidato do MpD (aqui referida ontem).
Ainda segundo Carlos Veiga, há “um grupo que tem sistematicamente invadido Santa Catarina por ocasião das eleições mais recentes”, nomeadamente, “nas legislativas, contra o MpD; e nas presidenciais, contra a candidatura de Aristides Lima”. E, “segundo vários testemunhos oculares” aludidos por Veiga, tal grupo é “organizado e comandado no terreno pelo Dr. Fidel Tavares, Director Geral dos Serviços Penitenciários e de Reinserção Social e integrará, entre outros, presos e guardas da Cadeia de São Martinho”, exibindo “armas de guerra”, eventualmente provenientes daquele estabelecimento prisional. E o líder do MpD adianta mesmo que “o grupo terá sido interceptado e detido pela polícia, com armas, há alguns dias a caminho de Santa Catarina, mas, por ordens da Praia, teve de ser libertado e prosseguiu a viagem para o destino final, Assomada. Uma situação preocupante dado que, ainda segundo Veiga, “sucedem-se as ameaças de que ‘desta vez haverá morte’ se o PAICV não ganhar”.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=36520&idSeccao=523&Action=noticia

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