Descontentamento popular exige novas políticas
Para Carlos Veiga, as pessoas estão fartas de promessas não cumpridas e de políticas erradas que não fazem crescer a economia e aumentar o emprego. O líder do MpD defende que o resultado eleitoral é um sinal para que o Governo mude de rumo, caso contrário a contestação social subirá de tom
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Reportando-se ao período da campanha eleitoral, o líder do MpD referiu que “muita gente” lhe disse que “não ia votar porque já não acreditava”, por razão das promessas feitas há vários anos e que não se concretizam. “Se temos um governo e câmaras durante 12 anos da mesma cor e ouvimos as pessoas a dizer que não iam votar, significava que estavam a pôr todos os políticos e todos os partidos na mesma panela”, disse Veiga, adiantando que “isso é perigosíssimo para a democracia”.
Para o líder ventoinha “há uma ilusão política que tem sido vendida e que não se traduz depois em realidades e na satisfação das necessidades das pessoas”, razão que o leva a considerar “que esta mensagem das autárquicas junta-se às manifestações do dia 1 de Junho e a diversos sinais de descontentamento”, o que deveria “levar o Governo a rever a sua política, que está errada” e que conduzirá os cabo-verdianos a um descontentamento crescente.
É que, ainda segundo Carlos Veiga, a política que vem sendo seguida pelo Governo “não faz crescer a economia, não faz aumentar o emprego, não resolve a generalidade dos problemas fundamentais” das pessoas e só as vai empurrando para o abismo. E, voltando às promessas não cumpridas, interrogou: “como é que se promete o 13º mês em Fevereiro, depois em Abril se nega essa promessa, para depois dizer que se faz, mas que afinal já não é para agora, é para 2013… e já é para 2016”.
Reportando-se à vitória eleitoral, Veiga afirmou que esta não é pessoal, “é dos candidatos e do MpD”, avançando ainda que “o partido está mais forte e preparado para todos os embates”.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=36407&idSeccao=523&Action=noticia
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