sexta-feira, 2 de novembro de 2012

CV:Deputado denuncia “situação insustentável” na Brava e pede solidariedade do Governo



O deputado do MpD, David Lima Gomes, denunciou hoje, no Parlamento, o que diz ser  “situação insustentável” que se vive na Brava e pediu a solidariedade do Governo.


O deputado eleito pelo círculo da Brava, que intervinha no período antes da ordem do dia, solicitou ao executivo de José Maria Neves no sentido de esclarecer, se a ilha vai ou não dispor de um aeródromo.
Isto, porque, segundo David Gomes, recentemente a ministra das Infra-estruturas afirmou que, de momento, uma infra-estrutura aeroportuária não constitui prioridade do Governo, enquanto o ministro para os Assuntos Parlamentares havia dito no Parlamento que o aeródromo da Brava “seria construído".
Segundo o deputado do principal partido da oposição o desemprego atinge “proporções alarmantes” na ilha Brava, apesar de os dados estatísticos revelarem o contrário.
Relativamente à dispensa, por parte da Câmara Municipal da Brava de alguns trabalhadores, David Gomes explicou que estes foram comunicados que os seus contratos não iriam ser renovados e avançou que a maioria desses colaboradores foram admitidos “há bem pouco tempo e que fizeram parte da máquina de campanha do PAICV”.
De acordo com David Gomes, entre os trabalhadores, cujos contratos não vão ser renovados, encontram-se pessoas “aposentadas” e indivíduos que só apareciam na câmara para assinar o livro do ponto e, depois, regressavam às suas “lides pessoais” e outros, cujos postos de trabalho “não existiam”.
Para o deputado, também da Brava, eleito na lista do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV - poder), Clóvis Silva, a maior parte dos trabalhadores foi admitida na década de 90, possui “contratos por tempo indeterminado” e, logo, porque a rescisão foi unilateral, “têm direito a uma indemnização”.
No dizer do parlamentar, as 15 pessoas contempladas pelas medidas do actual presidente da Câmara da Brava são “apoiantes declarados” do PAICV. Lembrou, no entanto, ao seu colega David Gomes, que aquelas pessoas “são da Brava e têm famílias”.
Por sua vez, a deputada Janine Lélis, do MpD, aproveitou para trazer à liça alguns problemas que afectam o turismo, além de considerar que o país “não é competitivo” neste sector e que a política do Governo para a área “deixa muito a desejar”.“O destino Cabo Verde é considerado caro, comparado com outras ofertas na região”, notou a parlamentar, acrescentando que o agravamento da taxa do turismo anunciado pelo Governo irá “piorar” a situação ainda mais.
O deputado do PAICV eleito pelo círculo eleitoral da emigração, Arnaldo Andrade, preferiu abordar a questão do recente acordo de facilitação de vistos assinado entre o Governo de Cabo Verde e a União Europeia, acto esse que classificou como um “marco histórico” para a diplomacia cabo-verdiana.
Em defesa de São Vicente surgiu o deputado Jorge Santos, eleito na lista do MpD por este círculo eleitoral, que qualificou de “crise económica” a situação por que está a passar a ilha do Porto Grande.
“Esta situação difícil de São Vicente deve merecer atenção de nós, os deputados da nação, do Governo e de toda a classe política”, apelou Jorge Santos.
Contrariamente ao que, habitualmente, acontece no Parlamento, a intervenção de Jorge Santos não teve réplica por parte dos eleitos do PAICV por São Vicente.
Inforpress

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