sábado, 8 de outubro de 2011

CV(Asemana):Praienses mostram “cartão vermelho” ao Governo e responsáveis da Electra

PRAIA-Cerca de duas mil pessoas seguiram o repto lançado pelos jovens nas redes sociais e manifestaram-se na noite desta sexta-feira pelas ruas da cidade da Praia contra a penúria de energia eléctrica e água na capital. Empunhando cartazes e entoando muitos gritos de revolta e indignação, a marcha mostrou um autêntico cartão vermelho ao Governo, ministros e também aos responsáveis da Electra. Depois de um início hesitante em que parecia que a manifestação seria um fracasso, rapidamente os praienses se reuniram em bom número na Praça Alexandre Albuquerque e começaram a gritar contra a Electra, o Governo e o ministro que tutela a área da energia e água. “Nu cre luz e água”, “abaixo o Governo”, “ministro mentiroso”. Estas foram das frases de ordem mais badaladas pelos manifestantes, que não deixaram de mostrar um cartão vermelho a "quem de direito", para que arranjem “uma solução” para a penúria insustentável de energia e água, que já causou enormes prejuízos a todos os praienses. “Ou água e luz ou rua”, ameaçaram.
Mas as críticas não ficaram por aqui. No meio da multidão eufórica, ouviam-se gritos de: “Governo mentiroso, ministro incompetente” e também “100% anti-Electra”. Por ser um protesto convocado nas redes sociais, faltou um pouco de organização e também um grito de ordem e uma voz de comando. Talvez por isso, os ânimos exaltaram-se quando a polícia pediu o itinerário da marcha. Foi neste momento que os gritos “o povo unido jamais será vencido” fizeram eco. A manifestação, que arrancou na praça Alexandre Albuquerque, desceu para uma concentração em frente da sede da Electra, na Gamboa, tendo depois seguido até à residência do primeiro-ministro, José Maria Neves, na Prainha, para “pedir um gerador”.
No fim, os manifestantes deixaram bem claro que se as coisas continuarem como estão, vão avançar na próxima semana juntamente com a Pró-Praia para mais um grito de indignação contra os cortes de energia e água na capital. Entretanto, alertam para a necessidade de haver mais organização e que o protesto seja marcado para mais cedo, a fim de mobilizar mais pessoas.
http://asemana.sapo.cv/spip.php?article69081&ak=1

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