quinta-feira, 11 de agosto de 2011
CV(liberal): CARLOS VEIGA DIZ QUE MEMBROS DO GOVERNO PARTICIPARAM NA COMPRA DE VOTOS
Satisfeito com a vitória de Jorge Carlos Fonseca, o líder do MpD não deixou de manifestar preocupação pela compra de votos e a abstenção, considerando ainda que 2 terços dos eleitores votaram, em 7 de Agosto, rejeitando um Presidente que seja extensão do Governo.
Veiga apelou aos que prezam a democracia para votarem Zona
Praia, 10 de Agosto – Em conferência de imprensa realizada ao final da manhã de hoje, Carlos Viga reafirmou não ter dúvidas de que “a compra de votos, a utilização de dinheiros públicos e a pressão da máquina do Estado sobre eleitores, voltaram a verificar-se”, nomeadamente, “com a participação pessoal de membros do Governo e ante a omissão cúmplice das autoridades fiscalizadoras competentes”.
Referindo, ainda que essas “imoralidades (…) têm sido denunciadas repetidas vezes pelo MPD e, (…) agora, pela candidatura de Aristides Lima”, Veiga acrescentou que estas foram agora presenciadas por várias pessoas,”tal a desfaçatez e o sentimento de impunidade com que, por vezes, foram levadas a cabo”, adiantando que “os observadores da União Africana também as referiram como um dos aspectos negativos do acto eleitoral”.
Começando por agradecer ao povo cabo-verdiano, o líder do MpD, retirou duas ilações do resultado eleitoral do passado Domingo, sendo a primeira que “venceu claramente um candidato, Jorge Carlos Fonseca, que se identifica com a nossa Constituição, que a compreende profundamente e a tem defendido intransigentemente”; e a segunda que “quase dois terços dos votantes optaram por candidatos que se apresentaram como defendendo um Presidente da República que não seja mera extensão do Governo e do Primeiro-ministro, dizendo claramente que não querem que o Presidente da República seja pouco mais do que um ministro”.
APELO AO VOTO DOS QUE “PREZAM A DEMOCRACIA”
Manifestando preocupação com o “número muito elevado de eleitores que não votou”, Carlos Veiga justificou o fenómeno em razão da “época da realização das eleições, que foi, de facto, manifestamente inconveniente para muitos eleitores no país e na diáspora”, mas também pelo “desinteresse de muitos, desencantados, desiludidos e descrentes da política e desiludidos, depois de terem votado nas legislativas, face à dura realidade que sentem na pele, ao ruir das ilusões falsamente criadas pela propaganda oficial e à negação de algumas das grandes promessas feitas”. E, alegando compreender a “desilusão e a descrença”, defendeu que “a abstenção não é solução”.
Segundo Veiga, a solução está em eleger “um bom Presidente da República com o perfil certo: fiel ao modelo da Constituição; com ideias próprias; independente; próximo das pessoas; preocupado com os problemas fundamentais com que os cabo-verdianos se confrontam na sua vida corrente; e competente e capaz de contribuir junto do Governo, da Assembleia, da Justiça, dos partidos e da sociedade, para encontrar a solução mais adequada às dificuldades do povo e a um desenvolvimento de Cabo Verde que traga uma efectiva e significativa melhoria do nível de vida dos cabo-verdianos”.
E, segundo o líder do MpD, o partido ventoinha acredita “profundamente que, com Jorge Carlos Fonseca, Cabo Verde ganhará um bom Presidente da República”, pelo que apelou “a todos os que prezam a democracia” para se empenharem “de alma e coração” para que “Jorge Carlos Fonseca seja o próximo Presidente de todos os cabo-verdianos”.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=33457&idSeccao=523&Action=noticia
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