PRAIA-Os problemas de energia que estão a afectar o arquipélago, com maior incidência na capital, são provocados por “razões que toda a gente conhece”, considera o presidente do MpD que acrescenta que “é a má política energética por parte do governo ou a falta dela”. Carlos Veiga diz que “fazer da Electra duas electrinhas não é solução”.Carlos Veiga disse esta segunda-feira aos jornalistas, que “as soluções que estão perspectivadas, pelo governo, de transformar a Electra em duas electrinhas - uma em Sotavento outra em Barlavento - não resolve, é claro que não resolve” os cortes de energia que se têm registado com frequência no país, nomeadamente na cidade da Praia.
“Fartámo-nos de falar destas questões nos últimos meses, no ano passado, durante este ano e já depois das legislativas levantámos a questão no Parlamento e acho que toda a gente sabe o que se passa. É falta de dinheiro, são problemas de reestruturação da Electra, de gestão da Electra. São problemas de políticas do governo ou da falta de uma política do governo para a questão fundamental da água e da energia”, acusa o presidente do MpD.
Carlos Veiga lembra que, para estes problemas, o MpD apresentou soluções no programa eleitoral e que continua a fazer dessa solução proposta para o governo. “Achamos que tem de haver um outro esquema que diferencie empresas mas numa perspectiva diferente: produção de um lado e distribuição do outro, tendo em conta a cadeia de valor”.
Para além desta proposta, Carlos Veiga reforça as críticas a um “conjunto de investimentos feitos que, efectivamente, foram maus investimentos, como a energia solar”. “Toda a gente sabe o que se passa: continuamos com incapacidade e incompetência deste governo de encontrar uma solução para os problemas, é apenas isto, mais nada”, remata.
Carlos Veiga diz que lei sobre porte de armas “já vem tarde”
“A proposta já vem tarde mas estamos de acordo com ela”, reage assim o presidente do MpD quando questionado sobre a proposta do governo para endurecer a lei de porte de armas ligeiras. Carlos Veiga também defende que deve haver controlo da entrada de armas no país assim como dos locais onde elas são fabricadas, uma vez que se vive um contexto “bastante grave” no que concerne à violência urbana.Questionado pelos jornalistas sobre a proposta do governo apresentada há uma semana de endurecer a lei de porte de armas ligeiras, Carlos Veiga diz que “a proposta já vem tarde”. “Estamos de acordo com ela. Achamos que a legislação sobre armas deve ser de facto completamente reformulada, atendendo ao novo contexto em que estamos a viver que é bastante grave”, defendeu.
O líder da oposição disse ainda que há abertura para "discutir uma legislação que de facto agrave as penas para a questão das armas mas não só; tem de abranger também outras normas que reflictam o fenómeno na sua generalidade”.
“Estaremos aqui à espera que o governo apresente a sua legislação e se for ao parlamento o MpD não estará contra, porque acreditamos que uma das faces da solução do problema deve ser essa, do tratamento a dar à questão das armas”, defende Carlos Veiga.
“Tem que se trabalhar no controlo da entrada de armas em Cabo Verde, tem de se fazer o controlo onde se produzem determinado tipo de armas e onde se vendem. Isto tem de ser feito e, do nosso ponto de vista, não está a ser feito”, rematou.
Por IMN
Foto:Liberal.cv
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