Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, teria contas no exterior
Pelo menos três contas bancárias, supostamente do presidente José Eduardo dos Santos, estão a ser reveladas por um pequeno partido angolano. Panfletos são distribuídos em Luanda e em outras províncias do interior.
O Partido Popular (PP) divulgou que, em pelo menos três países, podem ser verificados mais de cem milhões de dólares na posse do presidente angolano José Eduardo dos Santos. A sigla desafia o presidente a reagir e a provar o contrário.
Há alguns anos, a suspeita transita em setores da oposição do país, porém nunca foram apontados a origem e os bancos nos quais, tanto o presidente quanto os seus filhos teriam suas contas. As quantias estariam localizadas em Luxemburgo, Suíça e França.
Os panfletos, em tom de denúncia, apontam ainda dinheiro saído da petrolífera angolana Sonangol para contas em paraísos fiscais. O próprio presidente já desafiou seus críticos por varias ocasiões a apresentarem provas.
Alusivo a este tipo de insinuação, José Eduardo dos Santos devolve as críticas lembrando o papel da mídia. "Os órgãos de comunicação tem um papel importante na transmissão da informação correta e verdadeira sobre o que se passa", diz o presidente angolano.
Alegadas provas
Segundo o Partido Popular, a distribuição destes panfletos com supostas contas do presidente no exterior é uma forma de tornar a atividade de José Eduardo dos Santos transparente. "Nós temos provas credíveis da existência destas contas e deste dinheiro e provamos isto", disse o porta-voz do MPLA, Francisco Neto.
Nas ruas de Luanda, o assunto está a ser reflectido, mas o MPLA, partido do governo, endureceu o discurso. Armando da Cruz Neto, é general na reserva e governador de Benguela, uma província no litoral centro do país. "Vamos combater de forma pronta e vigorosa toda a propaganda e atitude que visem denegrir a imagem do camarada presidente José Eduardo dos Santos.
Não vamos dar tréguas aos que pretendam perverter a ordem, a tranqüilidade e os direitos cidadãos, consagrados na nossa constituição", diz Cruz Neto. O partido popular de Angola não se intimida e diz que vai continuar a distribuir os documentos. Dezenas de membro foram detidos em Luanda e no interior do país. "Iniciamos agora e vamos mais longe", diz o porta voz do Partido Popular, Francisco Neto.
Autor: Manuel Vieira (Luanda)
Edição: Marcio Pessôa / António Rocha
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