segunda-feira, 9 de julho de 2012

Expresso:Graduação de Cabo Verde a PDM reforça a confiança no país – Gualberto do Rosário


O presidente da Câmara de Turismo de Cabo Verde, Gualberto do Rosário, declarou este sábado em Assomada que a graduação de Cabo Verde a País de Desenvolvimento Médio (PDM) reforça a confiança no país em termos gerais, políticos e económicos. 

Gualberto do Rosário falava durante a apresentação do painel "Graduação de Cabo Verde ao estatuto de País de Desenvolvimento Médio e o novo paradigma de financiamento externo" no âmbito do 2º ciclo da conferência "O caminho crítico para o 'take off' de Cabo Verde na actual conjuntura internacional", promovida pela Universidade de Santiago.Para o empresário e ex-primeiro-ministro, a confiança é um factor determinante de desenvolvimento das economias e, por isso, numa perspectiva de ajuda pública ao desenvolvimento, pode haver alguma preocupação, mas, em termos globais para o país, a graduação é uma vantagem.
"Significa uma maior capacidade de Cabo Verde chegar ao financiamento de que precisa para o desenvolvimento do sector privado endógeno, mas também de investimentos externos e estes são os motores fundamentais do crescimento económico e desenvolvimento", afirmou.
Para o conferencista, o investimento público, em alguns casos, é essencial, noutros nem tanto, tendo em conta que há domínios em que "o Estado de Cabo Verde tradicionalmente investe e que poderia deixar para o sector privado".
"O motor do desenvolvimento e crescimento económico é o investimento privado e Cabo Verde tem uma grande vantagem que é o facto de o cabo-verdiano ter potencial para investir, porque é uma pessoa que gosta do risco, conhece o mercado e sabe lidar bem com ele e os que têm meios investem e têm resultados", explicou.
Cabo Verde, recordou, "não consegue responder às necessidades de financiamento do seu sector privado, nem às do Estado", uma vez que a poupança geral interna "é muito modesta para as carteiras de investimento que há e para as necessidades de investimentos que o país tem".
Por isso, é preciso criar condições para aceder aos recursos externos que existem, tendo acesso ao mercado de capitais e aos recursos externos para financiar a dinâmica dos investimentos endógenas, afiançou.
O desafio do arquipélago, disse, é inventar um novo modelo de financiamento da economia que passe por um conjunto de questões importantes, designadamente as reformas económicas.

"Há muitas coisas para fazermos aqui que é arrumar a casa para podermos beneficiar de um novo surto de oportunidades que vão existir em pouco tempo", salientou.
O 2º ciclo de conferência, promovido pela Universidade de Santiago, terminou hoje e teve como objectivo debater as "grandes questões" que têm a ver com o passado, o presente e o futuro do arquipélago em 37 anos de país independente.
9-7-2012
Fonte: Inforpress/ExpressodasIlhas

Sem comentários:

Enviar um comentário

Comentar com elegância e com respeito para o próximo.