O Presidente sul-africano, Jacob Zuma, exortou na quinta-feira os líderes tradicionais a resolverem as questões de justiça à maneira africana, rejeitando aquilo a que chama "a justiça dos brancos".
"Vamos resolver os nossos problemas à maneira africana, não à maneira do homem branco", disse o Presidente da República, que tem sido objeto de vários processos-crime nos últimos anos sem nunca ter sido condenado.
Atualmente, Zuma enfrenta uma onda de críticas, quer no parlamento quer na comunicação social, por não ter ainda obedecido a uma ordem judicial segundo a qual deveria ter entregado, há mais de seis meses, à oposição, os registos legais que explicam porque é que em 2009, um processo-crime por corrupção contra si movido pelo Ministério Público, foi arquivado antes do julgamento se ter iniciado.
Discursando perante os chefes tribais, Jacob Zuma deu assim forte apoio a um projeto-lei que está em discussão no parlamento desde 2008 e que confere poderes aos chefes tribais para serem procuradores, advogados e juízes em julgamentos realizados nas suas jurisdições à maneira tradicional.
Vários membros do parlamento, incluindo deputadas da bancada do partido no poder (o ANC) têm levantado fortes objeções ao projeto-lei, considerando que os tribunais tradicionais retiram por completo às mulheres o direito à justiça, negando-lhes qualquer papel, que não seja o de arguido, naqueles julgamentos.
Inforpress
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