Diferentemente do Brasil, nos EUA não importa total da votação nacional, mas alcançar 270 votos em órgão que determina vencedor de forma indireta
A extensa campanha presidencial dos EUA, que começa na terça-feira 3 de janeiro com o caucus em Iowa e termina com a eleição em 6 de novembro, não tem o objetivo de atrair para os candidatos democrata e republicano apenas uma grande votação popular. A meta principal é alcançar, por meio desses votos populares, o maior número possível de delegados no Colégio Eleitoral, órgão de 538 membros que verdadeiramente define quem liderará a maior potência do mundo.
Diferentemente do Brasil, nos EUA não importa o total de votos conquistados por determinado candidato nacionalmente. Para ele, o crucial é vencer em uma quantidade de Estados que lhe garantam os 270 votos para ser eleito no Colégio Eleitoral. Por causa disso, um candidato pode receber o maior número de votos no país inteiro, mas ainda assim perder as eleições.
Situações como essa ocorreram três vezes na história americana: em 1876, em 1888 e em 2000, quando o democrata Al Gore teve mais votos diretos, mas menos votos no Colégio Eleitoral que o republicano George W. Bush (2001-2009), que acabou sendo eleito presidente.
O número de votos a que cada Estado americano tem direito é determinado pelo tamanho de sua população e pelo número de eleitores. O Estado da Califórnia, o mais populoso, tem 55. O Texas, 38. Nova York e Flórida, 29 cada um, e assim por diante. Cada Estado tem no mínimo 3 representantes.
Isso significa que alguns Estados são mais cruciais que outros, sendo possível vencer a eleição ganhando em somente 11 dos 50 Estados americanos: Califórnia, Texas, Nova York, Flórida, Illinois, Pensilvânia, Ohio, Michigan, Geórgia, Carolina do Norte e Nova Jersey, cuja soma de votos garantiria o total necessário de 270. Veja mapa abaixo:
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