sexta-feira, 27 de abril de 2012
NL:De cabeça erguida rumo à Bruxelas
HAIA-Finalmente ele deve ter dormido bem uma noite, o ministro holandês das Finanças, Jan Kees de Jager. Porque hoje ele pode enviar para Bruxelas o pacote de medidas de corte orçamentário no qual a Holanda cumpre as estritas normas europeias.
“Um feito incrível”, disse o primeiro ministro holandês Mark Rutte, sobre o fato de que dentro de 24 horas uma coalizão heterogênea chegou a um acordo sobre o orçamento para 2013.
Ameaça de negligência
Antes de 30 de abril, todos os países membros da União Europeia devem demonstrar à Comissão Europeia que está tudo em ordem com o orçamento. Para a Holanda e diversos outros membros, significa que o déficit precisa ser menor do que 3%. Uma regra estrita que a própria Holanda instou para frear a crise financeira na Europa. Mas há seis dias as negociações sobre o orçamento em Haia falharam e a Holanda corria o risco de pagar uma enorme multa como consequência da negligência.
O causador da crise, o líder do partido da Liberdade, Geert Wilders, tirou seu apoio à coalizão, fazendo com que o gabinete do primeiro ministro Rutte caísse. E então aconteceu o que se parecia impossível.
Três partidos de oposição decidiram ver sobre quais cortes eles poderiam entrar em acordo. O partido verde Groen Links, o União Cristã e o partido de centro D66 trabalharam em estreita colaboração com o ministro das Finanças. Que, em seguida, se dirigiu aos dois partidos do governo, o liberal VVD e o cristão-democrata CDA. E para surpresa de todos, chegou-se a um acordo nessa quinta-feira.
“Isso demonstra que a Holanda não está paralisada pela oposição política. Se é preciso, conseguimos entrar em acordo”, disse De jager durante o debate no qual o parlamento votou a favor do pacote de cortes orçamentários.
Também foi um alívio para Bruxelas. Se a Holanda não cumprisse o prazo, não seria um bom exemplo para países como a Espanha, Irlanda e Grécia.
Principais medidas do acordo:
- a idade para aposentadoria sobe em 2013
- maior contribuição para assistência médica
- aqueles com rendimentos elevados deverão pagar mais impostos
- Impostos para artigos de luxo sobem de 19 para 21%
- sobem os impostos sob bebidas alcoólicas, refrigerantes e cigarro
Com o novo acordo, não haverá mais cortes na ajuda ao desenvolvimento, a norma continua 0,7% do Produto Interno Bruto.
FONTE:http://www.rnw.nl/portugues/article/de-cabe%C3%A7a-erguida-rumo-%C3%A0-bruxelas
Foto:internet
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