PRAIA-Fala-se em 70 mil, mas pode ser muito mais o número de pessoas que encheram esta noite o areal da Gamboa para assistir à “Festa di Mudansa”, organizado pelo MpD e que tinha como ponto alto a intervenção do seu líder Carlos Veiga.
No intervalo das actuações de Jorge Neto e Gil Semedo que puseram o público praiense ao rubro, Carlos Veiga subiu ao palco para falar do evento: o 18.º aniversário da Constituição. Porque muitos não têm ideia do que isso representa para as pessoas e para o país.
Foi a Constituição de 1992 aprovada na sequência das eleições de 1991 é que deu a liberdade aos cabo-verdianos. Em vários aspectos. Basta ver a liberdade das pessoas, dos milhares que estiveram na Gamboa para assistirem a uma festa organizada pela oposição. Antes não era possível.
Como não era possível expressar ideias, ler jornais e ouvir rádio que as pessoas bem entendessem. “Essa liberdade era reservada só às pessoas que militavam no partido único”, recorda Veiga.
A RESISTÊNCIA DO PAICV
O líder do MpD fez questão de realçar todo o movimento e resistência do partido que estava no poder (o PAICV) para mudar a Constituição, e na qual participaram muitos pais, avós e parentes de muitos daqueles que se encontravam na festa ventoinha desta noite.
Hoje, diz Carlos Veiga, pelos contactos com as populações em diversos concelhos e em quase todos os cutelos de Cabo Verde, pelo que pôde observar, esse facto só aumentou a sua preocupação “com a falta de rumo do nosso país, com a incompetência e o desinteresse do governo em relação às pessoas e às suas dificuldades”.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=30309&idSeccao=523&Action=noticia
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