PRAIA-Numa comunicação à imprensa, depois de ter reunido o Conselho da República, Pedro Pires disse que o país “necessita de dispor, o mais cedo possível, do novo Parlamento sufragado pelo voto popular, do novo Governo, e, finalmente e em tempo útil, do Orçamento de Estado de 2011”.
No entender do chefe de Estado, que ocupa este cargo desde Março de 2001 e que está a cumprir o último ano do seu segundo mandato consecutivo de cinco cada, “é prudente afastar a eventualidade de gerir o país, por muito tempo, por duodécimos do Orçamento de Estado de 2010”.
Ainda segundo ele, o não adiar por muito mais tempo a realização das legislativas deve-se também às “incertezas provocadas pela crise económico-financeira que atinge os Estados Unidos e a Europa, designadamente os países que possuem relações de cooperação com Cabo Verde”.
Pires, de 76 anos, que antes de chegar à presidência da República fora primeiro-ministro de 1975 a 1991, e entretanto também já dirigiu o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), resultante de uma cisão do histórico PAIGC, deverá passar o testemunho a quem ganhar as eleições presidenciais previstas para seis meses após as legislativas. Ou seja, em princípio, por volta do mês de Agosto de 2011.
Nas anteriores legislativas, o PAICV obteve 52,3 por cento dos votos expressos, o Movimento para a Democracia (MpD), do antigo primeiro-ministro Carlos Veiga, 44 por cento e a União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID) apenas 2,7 por cento.
Primeiro-ministro de Abril de 1991 a Julho de 2000, depois das primeiras eleições multipartidárias que se realizaram no arquiélago, Carlos Veiga - derrotado por Pires nas presidenciais de 2001 e 2006 - vai agora em Fevereiro tentar voltar à governação.
http://www.publico.pt/Mundo/cabo-verde-vai-ter-eleicoes-legislativas-no-dia-6-de-fevereiro_1467718
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