CV:Carlos Veiga reúne com empresários de São Vicente

MINDELO-O Líder do MpD reuniu ontem(Quarta Feira) na cidade do Mindelo com cerca de três dezenas de empresários de São Vicente. Economia deprimida, injustiça e perseguição fiscal, e uma indústria bloqueada pela insensibilidade de um governo que apenas pensa nos cofres do Estado, foram algumas das muitas queixas que Carlos Veiga ouviu de uma classe empresarial revoltada com a estagnação da última década em São Vicente.
Depois de quatro dias de visita a contactar de perto com a realidade da ilha de São Vicente, o Candidato a próximo Primeiro-Ministro de Cabo Verde reuniu ontem (17) com cerca de três dezenas de empresários de São Vicente, com o objectivo de os ouvir e de expor algumas das linhas de força do programa do próximo Governo do MpD.
Numa ilha que sempre foi voltada para o empreendedorismo e para o desenvolvimento criativo, o presidente do MpD ouviu os empresários queixarem da ausência de políticas económicas capazes e da insensibilidade do actual governo e do estrangulamento feito pelas empresas do Estado à iniciativa privada, o que provoca a depressão económica que se vive neste momento na ilha.
A injustiça fiscal com impostos incomportáveis, a indústria bloqueada pelo governo, falta de transportes marítimos de mercadorias inter-ilhas, um porto pessimamente gerido que serve de «celeiro político» do partido do governo, uma pesca moribunda por inexistência de indústria de transformação, um aeroporto subaproveitado que custou 3 milhões de contos que apenas pode receber um voo internacional por semana por falta de condições de aterragem nocturna de Air Bus e que poderia receber mais três voos por semana já garantidos pela TAP, ou a falta de condições para acolher turismo de cruzeiro, entre outras, são muitas das queixas e das razões que levam os empresários a dizer que a depressão tomou conta da ilha.
“Mindelo morreu, porque não há dinheiro, apenas miséria!” - afirmou uma reconhecida comerciante da cidade que muito claramente expôs a situação do comércio local em falência devido à falta de recursos e de dinheiro dos cidadãos de uma cidade e de uma ilha onde impera o desemprego e os empresários vivem sufocados pelo Estado. Todos pediram uma mudança urgente para Cabo Verde.
Por seu lado, Carlos Veiga ouviu e comentou todas as intervenções, reconhecendo e garantindo a intenção do próximo Governo do MpD por si liderado de provocar um imediato “choque fiscal” reformando toda a política de fiscalidade; a desconcentração e a regionalização do país; transparência e formação dos dirigentes da administração pública, políticas económicas que permitam por os recursos e o dinheiro a circular e não nos cofres do Estado, a criação de pólos de desenvolvimento, políticas de atracção de mais turismo às ilhas, e ainda políticas sociais geradoras de postos de trabalho e de maior riqueza para as pessoas.
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