quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Artistas divulgam cultura cabo-verdiana em Espanha
Cidade da Praia, 26 Out (Inforpress) - Um grupo de artistas cabo-verdianos,
entre eles, músicos, bailarinos, batucadeiras e artesãos, participa na segunda
semana da cultura de Cabo Verde em Saragoça, que decorrerá de 7 de Novembro,
naquela cidade espanhola.
domingo, 23 de outubro de 2011
Complementos vitamínicos são inúteis ou mesmo perigosos
Complementos vitamínicos são inúteis ou mesmo perigosos: O estudo analisou apenas mulheres e as descobertas “reforçam a convicção” dos médicos de que o consumo preventivo de complementos não é desejável, sobretudo quando se trata de uma população bem alimentada.
Doentes de Paramiloidose recusam ser condenados à morte
Doentes de Paramiloidose recusam ser condenados à morte: Reclamam acesso a medicamento que evita o transplante e que aguarda aprovação da Comissão Europeia e de Portugal.
Também chovem satélites
Também chovem satélites: Os especialistas ainda não conseguem determinar onde vai cair.
HOLANDA:Assuntos relacionados: crise do euro Holanda Mark Rutte União Europeia
HAIA-Basta. Já é hora da Europa adotar sanções vinculadas para países que quebrarem as regras financeiras. Isto é o que o primeiro-ministro holandês Mark Rutte dirá neste domingo durante a cúpula da União Europeia, onde governantes tentarão encontrar uma saída para a atual crise do euro.
O governo holandês é o que está falando mais alto e trazendo uma mensagem clara que pede a fiscalização mais rígida de países da zona do euro. O primeiro-ministro Mark Rutte e seu ministro das Finanças, Jan Kees de Jager, lançaram uma campanha publicitária pedindo um Comissário da UE para Assuntos Orçamentais, que fiscalizaria e faria cumprir as novas regras de orçamento. Num recente artigo de opinião publicado no jornal britânico Financial Times, eles escreveram: “Quem quer que queira ser parte da zona do euro deve aderir aos acordos e não pode ignorar as regras sistematicamente. No futuro, a sanção máxima poderá ser forçar estes países a deixar o euro.”
À frente
A Holanda vem tocando há anos o alarme sobre países que não cumprem as regras estabelecidas no Pacto de Estabilidade e Crescimento. Agora, o primeiro-ministro escreve “um acordo é um acordo”, e quer sanções automáticas quando países quebrarem as regras. Ele no entanto não explica o que isso poderia significar para a própria Holanda, que, na esteira da crise financeira de 2008, tem tido um déficit orçamentário bem acima do limite de 3%.
Mas o governo holandês agora está indo ainda mais longe, pedindo mais supervisão da UE à política econômica em todos os 27 Estados membros, e não apenas da política orçamentária dos 17 países na zona do euro. Na semana passada, o vice-primeiro-ministro Maxime Verhagen escreveu num artigo publicado pelo jornal Volkskrant que Bruxelas deveria poder intervir quando considerar a política econômica de um Estado membro da UE inaceitável. “Quando países são negligentes em garantir uma economia saudável, temos que poder forçá-los a isso.”
Esta linguagem é forte. Mas embora o governo holandês seja o único fazendo este tipo de proposta, ele certamente não está só. Derk Jan Eppink representa um partido belga no parlamento europeu. Ele diz que a Alemanha concorda com a abordagem holandesa e está feliz com a franqueza do país vizinho.
“Os alemães são tímidos em dizer o que pensam. E aí vêm os holandeses que tendem a dizer o que os alemães estão pensando.”
Norte x Sul
A União Europeia, como sempre, está dividida em como proceder. Os holandeses estão firmemente no campo ‘norte’ – países com economias relativamente fortes e finanças saudáveis, que querem uma moeda forte, com controles mais rígidos. À Alemanha e à Holanda se unem a Áustria e a Finlândia como as economias mais fortes na zona do euro, às quais o resto da Europa está se voltando para salvar a moeda. Estes países também são os que mais contribuirão para o fundo de estabilidade, o ‘baú’ criado para ajudar a assegurar que países em dificuldade poderão continuar emprestando.
Kathleen van Brempt é membro do parlamento europeu pelo Partido Socialista da Bélgica. Ela diz que países do sul acham a posição holandesa “arrogante” e que não está de acordo com a história da Holanda como um dos países fundadores da UE.
"Há uma falta de solidariedade, que é precisamente no que a União Europeia se baseia. Estou ouvindo muitas opiniões céticas em relação ao euro vindas da Holanda. Por exemplo, sobre a Grécia, que os gregos têm que resolver eles mesmos os problemas que causaram, etc. Ao mesmo tempo, o governo holandês está ganhando muito com a crise do euro. Tudo está começando a ser muito cínico.”
Van Brempt se refere às declarações do ministro das Finanças, Jan Kees de Jager, ao parlamento, dizendo que emprestar dinheiro para resgatar a Grécia não seria apenas a coisa certa a fazer para o euro, mas que também seria importante porque traria um bom retorno para o contribuinte holandês.
Paradoxo
A posição holandesa é paradoxal. O país tem se tornado cada vez mais cético em relação à União Europeia, tendo votado ‘não’ em um referendo pela Constituição Europeia, impondo obstáculos para a adesão da Sérvia e mantendo a Romênia e a Bulgária fora da zona Schengen. O populista Geert Wilders levantou a onda anti-Bruxelas e agora representa o ‘euroceticismo’ holandês. E embora ele não faça parte da atual coalizão de governo, seu apoio é que a mantém no poder.
Em parte por causa de Geert Wilders, o governo holandês está adotando uma linha dura no que se refere à União Europeia. Mas suas novas propostas, de fato, representam uma transferência significativa de soberania política para Bruxelas. Ao mesmo tempo que Mark Rutte vai contra as políticas passadas da UE, abraça a União Europeia como solução para o futuro.
Uma coisa é clara
Se isso soa confuso, é porque é. A UE entrou em território desconhecido e terá que repensar muitas das premissas adotadas na criação de uma moeda comum. Mas de sua posição privilegiada na Bélgica, Derk Jan Eppink diz que quando se trata de dinheiro, os holandeses são sempre perfeitamente claros.
Por John Tyler (Fotos: NS)
http://www.rnw.nl/portugues/article/crise-do-euro-holanda-quer-dar-um-basta
O governo holandês é o que está falando mais alto e trazendo uma mensagem clara que pede a fiscalização mais rígida de países da zona do euro. O primeiro-ministro Mark Rutte e seu ministro das Finanças, Jan Kees de Jager, lançaram uma campanha publicitária pedindo um Comissário da UE para Assuntos Orçamentais, que fiscalizaria e faria cumprir as novas regras de orçamento. Num recente artigo de opinião publicado no jornal britânico Financial Times, eles escreveram: “Quem quer que queira ser parte da zona do euro deve aderir aos acordos e não pode ignorar as regras sistematicamente. No futuro, a sanção máxima poderá ser forçar estes países a deixar o euro.”
À frente
A Holanda vem tocando há anos o alarme sobre países que não cumprem as regras estabelecidas no Pacto de Estabilidade e Crescimento. Agora, o primeiro-ministro escreve “um acordo é um acordo”, e quer sanções automáticas quando países quebrarem as regras. Ele no entanto não explica o que isso poderia significar para a própria Holanda, que, na esteira da crise financeira de 2008, tem tido um déficit orçamentário bem acima do limite de 3%.
Mas o governo holandês agora está indo ainda mais longe, pedindo mais supervisão da UE à política econômica em todos os 27 Estados membros, e não apenas da política orçamentária dos 17 países na zona do euro. Na semana passada, o vice-primeiro-ministro Maxime Verhagen escreveu num artigo publicado pelo jornal Volkskrant que Bruxelas deveria poder intervir quando considerar a política econômica de um Estado membro da UE inaceitável. “Quando países são negligentes em garantir uma economia saudável, temos que poder forçá-los a isso.”
Esta linguagem é forte. Mas embora o governo holandês seja o único fazendo este tipo de proposta, ele certamente não está só. Derk Jan Eppink representa um partido belga no parlamento europeu. Ele diz que a Alemanha concorda com a abordagem holandesa e está feliz com a franqueza do país vizinho.
“Os alemães são tímidos em dizer o que pensam. E aí vêm os holandeses que tendem a dizer o que os alemães estão pensando.”
Norte x Sul
A União Europeia, como sempre, está dividida em como proceder. Os holandeses estão firmemente no campo ‘norte’ – países com economias relativamente fortes e finanças saudáveis, que querem uma moeda forte, com controles mais rígidos. À Alemanha e à Holanda se unem a Áustria e a Finlândia como as economias mais fortes na zona do euro, às quais o resto da Europa está se voltando para salvar a moeda. Estes países também são os que mais contribuirão para o fundo de estabilidade, o ‘baú’ criado para ajudar a assegurar que países em dificuldade poderão continuar emprestando.
Kathleen van Brempt é membro do parlamento europeu pelo Partido Socialista da Bélgica. Ela diz que países do sul acham a posição holandesa “arrogante” e que não está de acordo com a história da Holanda como um dos países fundadores da UE.
"Há uma falta de solidariedade, que é precisamente no que a União Europeia se baseia. Estou ouvindo muitas opiniões céticas em relação ao euro vindas da Holanda. Por exemplo, sobre a Grécia, que os gregos têm que resolver eles mesmos os problemas que causaram, etc. Ao mesmo tempo, o governo holandês está ganhando muito com a crise do euro. Tudo está começando a ser muito cínico.”
Van Brempt se refere às declarações do ministro das Finanças, Jan Kees de Jager, ao parlamento, dizendo que emprestar dinheiro para resgatar a Grécia não seria apenas a coisa certa a fazer para o euro, mas que também seria importante porque traria um bom retorno para o contribuinte holandês.
Paradoxo
A posição holandesa é paradoxal. O país tem se tornado cada vez mais cético em relação à União Europeia, tendo votado ‘não’ em um referendo pela Constituição Europeia, impondo obstáculos para a adesão da Sérvia e mantendo a Romênia e a Bulgária fora da zona Schengen. O populista Geert Wilders levantou a onda anti-Bruxelas e agora representa o ‘euroceticismo’ holandês. E embora ele não faça parte da atual coalizão de governo, seu apoio é que a mantém no poder.
Em parte por causa de Geert Wilders, o governo holandês está adotando uma linha dura no que se refere à União Europeia. Mas suas novas propostas, de fato, representam uma transferência significativa de soberania política para Bruxelas. Ao mesmo tempo que Mark Rutte vai contra as políticas passadas da UE, abraça a União Europeia como solução para o futuro.
Uma coisa é clara
Se isso soa confuso, é porque é. A UE entrou em território desconhecido e terá que repensar muitas das premissas adotadas na criação de uma moeda comum. Mas de sua posição privilegiada na Bélgica, Derk Jan Eppink diz que quando se trata de dinheiro, os holandeses são sempre perfeitamente claros.
Por John Tyler (Fotos: NS)
http://www.rnw.nl/portugues/article/crise-do-euro-holanda-quer-dar-um-basta
sábado, 22 de outubro de 2011
CV Diáspora:O Correio dos Ouvintes 'desembarca' em Cabo Verde!
PARIS-O Correio dos Ouvintes traz uma entrevista com Norberto Silva, cabo-verdiano radicado na Holanda, vencedor da terceira semana da promoção 'Histórias de Paris' e uma super-receita da Cachupa, considerada o prato nacional de Cabo Verde! Saiba também porque Paris é chamada de a 'Cidade das Luzes' e escute a bela voz de fundo da grande Cesaria Evora, cantora cabo-verdiana, nascida na ilha de São Vicente, que infelizmente anunciou este ano a sua aposentaria precoce na música, devido a problemas de saúde. Escute o programa e escreva pra gente no rfi.portugues@rfi.fr. A sua participação faz o nosso programa. Para interagir em nosso facebook, acesse nossa página oficial ou a página de nossa promoção!
http://www.portugues.rfi.fr/geral/20111023-o-correio-dos-ouvintes-desembarca-em-cabo-verde
Foto:Rádio Atlântico
http://www.portugues.rfi.fr/geral/20111023-o-correio-dos-ouvintes-desembarca-em-cabo-verde
Foto:Rádio Atlântico
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
terça-feira, 18 de outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Português descobre que células “criadas” no coração podem curar
Português descobre que células “criadas” no coração podem curar: João Ferreira-Martins descobriu um mecanismo que permite manipular as células, tornando-as num instrumento para o tratamento de doenças como a insuficiência cardíaca e malformações no coração.
domingo, 16 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
CV(Expresso)-Tribunal Constitucional: PR defende que “não há mais justificação para atrasos”
PEDRA BADEJO-O Presidente de Cabo Verde afirmou esta sexta-feira que não há "quaisquer justificações para mais atrasos" na instalação do Tribunal Constitucional (TC) e da Provedoria da Justiça (PJ), prevista na Constituição desde 1998 e a que têm faltado consensos políticos.
Discursando na sessão solene da abertura do novo ano judicial em Cabo Verde, que decorreu em Pedra Badejo, 50 quilómetros a norte da Cidade da Praia, Jorge Carlos Fonseca sustentou que mais atrasos representam um acréscimo de "descredibilização" do sistema constitucional e um "enfraquecimento" da "vontade de constituição".
"É meu dever insistir com a necessidade de os partidos políticos com assento parlamentar - PAICV e MpD - encontrarem os consensos necessários para a instalação de duas instituições essenciais para a tutela dos direitos fundamentais e para a defesa da Constituição: o TC e a PJ", afirmou Jorge Carlos Fonseca.
"Não é uma prática desejável nem exemplar que exigências constitucionais tão precisas estiolem com atitudes omissivas ou de indiferença de poderes e responsáveis políticos, a quem cabe, em primeira linha, a tarefa de respeitar e de fazer respeitar a Constituição e de a realizar com efectividade", acrescentou.
Factor comum no discurso de Jorge Fonseca foram também as críticas à manutenção do problema da morosidade da Justiça, facto também referido nas intervenções do presidente do Supremo Tribunal de Justiça (ATJ), Arlindo Medina, e do Procurador-geral da República (PGR), Júlio Martins.
"Não se pode olvidar a necessidade de atender a meio de combate ao tempo irrazoável nas decisões e procedimentos judiciários, em nome do crescimento económico, do reforço da competitividade das empresas e do incremento do emprego ou da paz social", sustentou o chefe de Estado cabo-verdiano.
Para Jorge Fonseca, a morosidade "não é exclusivamente um problema intra-sistema judicial", uma vez que, defendeu, há uma forte componente a montante: "o grau de litigiosidade reinante".
No mesmo sentido, Arlindo Medina lembrou que, em 2010, continuou-se a receber mais processos judiciais dos que aqueles que foram resolvidos, garantindo que, se não forem, tomadas medidas de fundo, haverá uma "acumulação perpétua", o que se reflectirá também na esfera económica.
Mais e melhor formação de todos os agentes judiciais deverão também ser assumidas "com coragem política" pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder desde 2001) e pelo Movimento para a Democracia (MpD, oposição), que, juntos, representam 70 dos 72 deputados à Assembleia Nacional (AN).
"É necessária maior capacitação técnica de todos os agentes da Justiça e a criação de verdadeiros e autónomos serviços de inspecção. Os mecanismos de responsabilização do sistema no seu todo deverão ser enfrentados com coragem política, mesmo que tenham de ser vencidas eventuais e desajustadas resistências corporativas", sublinhou o chefe de Estado cabo-verdiano.
Jorge Fonseca, ele próprio juiz e jurisconsulto, corroborou a premissa contida no relatório anual sobre o Estado da Justiça elaborado pelo Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ), que defende "uma nova cultura judiciária da responsabilidade" para pôr termo, de vez, "à famigerada morosidade" do sistema, ligada a uma "complexa e diversificada teia de factores".
Fonte: Agência Lusa/Expresso das Ilhas
http://www.expressodasilhas.sapo.cv/pt/noticias/go/tribunal-constitucional--pr-defende-que--nao-ha-mais-justificacao-para-atrasos
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
terça-feira, 11 de outubro de 2011
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
CV:POLICIA JUDICIÁRIA CABO-VERDIANA APREENDE UMA TONELADA E MEIA DE COCAÍNA NA PRAIA
PRAIA-A Polícia Judiciária apreendeu perto de 1500 kg de cocaína na Praia, a maior apreensão de droga em Cabo verde e também a maior este ano na África Ocidental. A droga está avaliada em um milhão e meio de contos, a preço cabo-verdiano.
Nesta mega-operação que contou ainda com a colaboraçã da polícia holandesa, foi realizada no sábado e domingo onde estiveram envolvidos mais de 50 elementos, na maior operação da PJ.
Foram apreendidos ainda cinco viaturas topo de gama, várias armas como metralhadoras, uzi, uma grande quantidade de muniçoes de alto calibre, elevadas quantias de dinheiro em notas de escudos cabo-verdianos, euros mas também divisas da américa latina. Quatro cabo-verdianos foram presos.
Esta mega-operação que estava a ser planeado há mais de um ano decorreu em três locais diferentes ao mesmo tempo: num edifício na Achada Santo António, e em outros dois apartamentos em Palmarejo.
Foram ainda apreendidos computadores, chips de telemóveis e equipamentos diversos que podem servir como provas.
Que organização é essa? A riqueza, as origens e como droga chegava a Cabo Verde
Esta organização tinha ramificações em Cabo Verde e trazia a droga da América Latina para Cabo Verde para depois ser introduzida no mercado europeu. As quatro pessoas presas durante a operação, viveram durante muito tempo na holanda, onde o chefe da organização já tinha sido condenado por tráfico de droga.
A organização agora desmantelada, tem propriedades espalhadas pela capital cabo-verdiana e os seus membros andavam em carros topo de gama. Segundo fontes da Polícia Judiciária, o transbordo da droga em Cabo Verde foi feito numa embarcação que custa mais de 15 mil contos, uma lancha rápida, que logo de seguida foi incendiada para não deixar provas.
Depois do transbordo, a droga seguiu para um armazém num prédio pertencente a um dos arguidos, onde foi apreendida este sábado. No domingo, também no seguimento da operação, a polícia apreendeu na casa de um dos elementos, várias armas de alto calibre, como metralhadores, uzis e munições.
Para se ter uma ideia do poder e da riqueza do grupo, eles compraram um condomínio inteiro na Praia, além de vários outros prédios espalhados pela capital do país, segundo a PJ.
A Polícia Judiciária agendou para breve uma conferência de imprensa para explicar os contornos desta operação.
SAPO/RTC
domingo, 9 de outubro de 2011
CV:(RFI)-Duas mil pessoas manifestam-se contra a falta de luz
PRAIA-Foram cerca de duas mil pessoas sobretudo jovens a manifestar-se esta sexta feira (7 de Outubro) no coração da capital cabo-verdiana, contra constantes cortes de luz eléctrica e falta de água. Desde Maio que a situação energética na Cidade da Praia se tem agravado, com cortes diários de mais de 12 horas.
A iniciativa surgiu na rede social Facebook e divulgada toda a semana em várias redes sociais.
Velas, candeeiros de vela, dezenas de cartazes, e centenas de praienses, entre os quais o Presidente da Câmara Municipal da Cidade da Praia, Ulisses Correia e Silva, participaram na manifestação de protesto.
Caso inédito em Cabo Verde, os jovens descontentes foram manifestar-se também em frente à casa do primeiro-ministro, lançando slogans como ou "luz ou rua".
http://www.portugues.rfi.fr/africa/20111008-duas-mil-pessoas-manifestam-se-contra-falta-de-luz
A RFI ouviu um dos impulsionadores da manifestação, o jovem Tey Alexandre.
Tey Alexandre, entrevistado por João Matos(Para ouvir acessar o link em cima)
RFI-Por André Ferreira / João Matos
A iniciativa surgiu na rede social Facebook e divulgada toda a semana em várias redes sociais.
Velas, candeeiros de vela, dezenas de cartazes, e centenas de praienses, entre os quais o Presidente da Câmara Municipal da Cidade da Praia, Ulisses Correia e Silva, participaram na manifestação de protesto.
Caso inédito em Cabo Verde, os jovens descontentes foram manifestar-se também em frente à casa do primeiro-ministro, lançando slogans como ou "luz ou rua".
http://www.portugues.rfi.fr/africa/20111008-duas-mil-pessoas-manifestam-se-contra-falta-de-luz
A RFI ouviu um dos impulsionadores da manifestação, o jovem Tey Alexandre.
Tey Alexandre, entrevistado por João Matos(Para ouvir acessar o link em cima)
RFI-Por André Ferreira / João Matos
CV:Apreensão: mais de 1 tonelada de cocaína, avultada quantia em dinheiro, várias viaturas e 4 detidos
PRAIA-A polícia apreendeu mais de uma tonelada de cocaína avaliada em. pelo menos, de um milhão e meio de contos, cinco viaturas topo de gama e ainda foram detidas quatro pessoas. Este é o balanço da maior operação, de sempre, realizada pela polícia judiciária cabo-verdiana.
CV:Apuramento para o CAN2012: Cabo Verde volta a "morrer na praia"
PRAIA-A Selecção Nacional de Futebol venceu o Zimbabué por 2-1 mas não conseguiu o tão esperado apuramento para o CAN2012, isto porque o Mali empatou fora com a Libéria a duas bolas e o Sudão, com melhor goal-average, ficou com um dos melhores segundo lugar que poderia ser nosso.
Cabo Verde precisava de um milagre para conseguir o tão desejado apuramento e esteve quase a consegui-lo mas voltou a "morrer na praia", tal como tinha acontecido na campanha para o CAN2010.
Precisando de ganhar e por muitos golos, se possível, a Selecção Nacional entrou a todo o gás no encontro e aos 3 minutos, Valdo colocou Cabo Verde em vantagem, desviando ao primeiro poste um cruzamento da direita.
Era o prenúncio de uma tarde que poderia ser memorável.
Cabo Verde continuou numa toada atacante e aos 13, Ryan Mendes aproveitou um mau atraso de bola de um defensor para seu guarda-redes para fazer o 2-0 e levar ao delírio os milhares de adeptos que lotaram o Estádio da Várzea, na Praia.
Este resultado anunciava uma goleada, pelas facilidades que Cabo Verde estava a encontrar para entrar no último reduto do Zimbabué mas, estranhamente, a equipa nacional começou a recuar no terreno, a perder muitas bolas, entregando de bandeja o jogo ao Zimbabué.
Com os olhos na Várzea e os ouvidos em Monróvia onde jogavam Libéria e Mali, Cabo Verde foi sustendo, como pôde, os ataques zimbabueanos e teve no guarda-redes Ernesto a chave para a vitória.
Ao intervalo, com os resultados que se verificavam na altura, Cabo Verde precisava de fazer mais três golos para ser um dos melhores segundos classificados, ou então esperar pela derrota do Mali, que emaptava 1-1 com a Libéria.
Mas estranhamente (ou talvez por falta de informação), os jogadores nacionais continuavam a defender o resultado junto da sua área, despachando bolas para a frente, sem nunca conseguir ligar o jogo, quando era preciso marcar mais golos.
Enquanto isso o Zimbabué, com Mussona inspirado, ia criando muitas ocasiões de golo e só a boa prestação de Ernesto (tantas vezes criticado no passado por alguns resultados menos bons de Cabo Verde) ia mantendo as coisas a rolar a favor dos Tubarões Azuis.
Só que o Zimbabué acabaria mesmo por marcar, na transformação de uma grande penalidade cometida por Nando, que poderi ter sido expulso caso o árbitro lhe mostrasse um segundo amarelo pela falta.
Até o final, valeram a Cabo Verde os postes e Ernesto para manter a vantagem mínima no marcador, que não deu para o apuramento.
Apesar da festa no final do jogo, induzidos por informações erradas que chegavam de Monróvia que davam conta de uma derrota (inexistente) do Mali, Cabo Verde acabou por não conseguir o tão desejado apuramento.
E poderia te-lo feito, caso não tivesse sofrido nenhum golo e marcado mais três, para ficar como um dos dois melhores segundos classificados. Sendo assim, passou o Sudão, com oito golos marcados e três sofridos, contra os sete marcados e seis sofridos de Cabo Vede.
Cabo Verde terminou o Grupo A com 10 pontos, os mesmos que o Mali (perdeu no confronto directo, venceu 1-0 em casa e perdeu 0-3 fora). Zimbabué foi segundo com oito e Libéria último com cinco pontos.
Apurados para o CAN2012: Mali, Guine-Conacri, Zâmbia, Senegal, Burquina-Faso, Níger, Costa do Marfim, Gana, Angola, Botswana, Tunísia. Melhores segundos classificados: Líbia e Sudão. A estes juntam-se os anfitriões Guiné Equatorial e Gabão. Falta encontrar o vencedor do grupo K de Marrocos, Argélia, Tanzânia e Republica Centro-africana que jogam este domingo.
http://noticias.sapo.cv/info/artigo/1192207.html
Como a Libéria roubou o CAN2012 à Cabo Verde
O afastamento de Cabo Verde de uma inédita presença numa fase final de um Campeonato Africano de Selecções foi decidido em Monróvia, onde os Tubarões Azuis perderam por 1-0.
Naquele que era o jogo com o adversário mais fraco do grupo, confirmado depois da vitória por 4-2 na Várzea, Cabo Verde foi incapaz de se superiorizar aos liberianos e perdeu o encontro, num jogo onde esteve uma hora à procura de um golo que lhe desse pelo menos o empate.
No Complexo Desportivo Samuel Kanyon Doe, em Paynesville City, arredores da capital liberiana, os “Tubarões Azuis” acabaram por perder a invencibilidade, e logo frente ao adversário mais fraco do grupo, que tinha sido goleado na Várzea por 4-2.
Cabo Verde sofreu o golo a passagem da meia hora e durante 90 minutos foi incapaz de bater o guarda-redes contrário, apesar de ter criado algumas oportunidades, principalmente na 2ª parte.
Este era um jogo que Cabo Verde nunca poderia ter perdido, tendo em conta o valor dos adversários no grupo. Na altura do sorteio, as contas eram mais ou menos estas: vitórias em todos os jogos em casa como veio a acontecer, vitória ou empate frente a equipa teoricamente mais fraca do grupo (Cabo Verde perdeu na Libéria), pontuar no Zimbabué (empatamos a zero bolas) e frente ao Mali, o todo-poderoso do grupo, se Cabo Verde perdesse, como aconteceu, esse seria um resultado mais ou menos esperado, tendo em conta o valor do adversário.
Fazendo agora as contas, podemos dizer que foi a Libéria que nos roubou a presença no CAN2012. Depois de marcar dois golos na Várzea, no 4-2 que sofreram, ainda venceram Cabo Verde no seu estádio, naquela que foi a única vitória dos liberianos.
Apesar da vitória frente ao Zimbabué, Cabo Verde não conseguiu o tão esperado apuramento para a fase final do CAN2012. Tirando os muitos golos sofridos, pode-se dizer que foi uma boa campanha, até porque nunca Cabo Verde esteve tão próximo de marcar presença num Campeonato Africano das Nações.
Em casa os pupilos de Lúcio Antunes não deram hipóteses, vencendo os três jogos, mas fora de portas, Cabo Verde voltou a demonstrar-se demasiado permeável, não marcando qualquer golo nos três jogos feitos, perdendo dois e empatando um.
Cabo Verde pode apenas queixar-se de si própria, pois teve tudo nas mãos para se apurar. Agora é hora de reflexão, tentar corrigir os erros e lançar-se no apuramento para CAN2013 e Mundial2014.
http://noticias.sapo.cv/info/artigo/1192208.html
Cabo Verde falha CAN2012: As opções de Lúcio foram as melhores?
Quando Lúcio Antunes foi nomeado seleccionador nacional, trazia na bagagem o feito alcançado nos Jogos da Lusofonia onde levou a selecção de sub-21 de Cabo Verde à vitória, superiorizando-se a formações mais experientes como Portugal e Angola.
Lúcio que era adjunto do ex-seleccionador João de Deus, acabou por ser a escolha óbvia para dar continuidade ao trabalho do técnico português.
As suas escolhas centraram-se num grupo de jogadores que dantes faziam parte dos eleitos de João de Deus, que também falhou por pouco o apuramento para o CAN2010.
Entre convocatórias e escolhas para o onze, Lúcio nem sempre foi consensual. No jogo fora frente a Libéria, Cabo Verde apenas dispunha de um avançado no banco. Quando se apanhou a perder aos 30 minutos, só mexeu na segunda parte com a entrada do Ryan Mendes, jogador que era apontado como titular tendo em conta a sua excelente forma na equipa francesa do Le Havre.
Sem Dady, a recuperar a forma, o ataque foi entregue a Lito e Nhuk. Fábio, o outro avançado convocado para o jogo frente a Libéria, acabou por não entrar nas contas, uma vez que se lesionou nos treinos. Lúcio não chamou nenhum jogador para colmatar essa ausência.
No jogo frente ao Mali, que Cabo Verde viria a perder por 0-3, era de esperar, como veio a acontecer, que os malianos fizessem dessa partida o jogo das suas vidas. A precisar da vitória como de pão para boca, para se manter na luta pelo apuramento, os malianos jogaram os trunfos todos e entraram a todo o gás, pressionando a defensiva cabo-verdiana que começou a ceder a partir dos primeiros 15 minutos.
Se o Mali ia jogar o tudo por tudo, Cabo Verde iria apostar no contra-ataque e tinha jogadores para tal. Mas Lúcio Antunes optou por Dady, um avançado muito estático, nada dado a passes longos, uma vez que a velocidade não é o seu forte. Apesar de tudo (e já deu muito) o que Dady já fez por Cabo Verde, este jogo pedia o buliçoso Ryan Mendes na frente de ataque, um jogador muito veloz, rápido, muito tecnicista, capaz de explorar o espaço nas costas da defensiva maliana, juntamente com Nhuk, também ele um jogador de velocidade.
Cabo Verde só viria a criar perigo quando entrou Ryan, coincidindo também com o periodo em que o Mali já só geria o resultado.
Neste último encontro frente ao Zimbabué, Lúcio Antunes optou por mexer no meio-campo em vez de ser no ataque e as mexidas que fez foram mais no sentido de segurar o resultado. Cabo Verde precisava de marcar mais golos mas também seria preciso não sofrer, e esperar por uma escorregadela do Mali na Libéria.
Durante a campanha para o apuramento, Lúcio Antunes chamou alguns jogadores para representar Cabo Verde mas poucos pegaram de estaca. Excepção feita a Odair Fortes, do Reims da 2ª divisão de França, os outros tiveram presença intermitente nas convocatórias, casos do avançado Fábio que joga na Ucrânia, do central Josimar Lima que joga na 2ª divisão holandesa.
Apesar de algumas estreias nos convocados, muitos outros jogadores podiam ter sido chamados e acrescentar qualidade à selecção nacional. Valdo, apesar das muitas chamadas, só se apresentou na preparação do jogo frente ao Mali fora, tendo entrado na 2ª parte.
Outros nomes como Jerson Cabral do Feyenoord da Holanda, Junior Livramento do Apelddorn da 2ª divisão holandesa, Cabral do Basileira da Suíça, Fernando Tissione, entre muitos outros, podiam ser convocados mas até agora esperam por uma chamada para representarem as cores nacionais.
A verdade é que Cabo Verde corre o risco de "perder" alguns destes atletas para as selecções dos países que os formou, como Cabral que jogou nas camadas jovens da Suíça, Jerso Cabral que também jogou nas formações de base da Holanda.
Agora é analisar o que correu mal, preparar a equipara os próximos compromissos, o apuramento para o próximo CAN em 2013 na África do Sul e o Mundial 2014 no Brasil
http://noticias.sapo.cv/info/artigo/1192210.html
Fotos:Liberal/Sapo.cv
Cabo Verde precisava de um milagre para conseguir o tão desejado apuramento e esteve quase a consegui-lo mas voltou a "morrer na praia", tal como tinha acontecido na campanha para o CAN2010.
Precisando de ganhar e por muitos golos, se possível, a Selecção Nacional entrou a todo o gás no encontro e aos 3 minutos, Valdo colocou Cabo Verde em vantagem, desviando ao primeiro poste um cruzamento da direita.
Era o prenúncio de uma tarde que poderia ser memorável.
Cabo Verde continuou numa toada atacante e aos 13, Ryan Mendes aproveitou um mau atraso de bola de um defensor para seu guarda-redes para fazer o 2-0 e levar ao delírio os milhares de adeptos que lotaram o Estádio da Várzea, na Praia.
Este resultado anunciava uma goleada, pelas facilidades que Cabo Verde estava a encontrar para entrar no último reduto do Zimbabué mas, estranhamente, a equipa nacional começou a recuar no terreno, a perder muitas bolas, entregando de bandeja o jogo ao Zimbabué.
Com os olhos na Várzea e os ouvidos em Monróvia onde jogavam Libéria e Mali, Cabo Verde foi sustendo, como pôde, os ataques zimbabueanos e teve no guarda-redes Ernesto a chave para a vitória.
Ao intervalo, com os resultados que se verificavam na altura, Cabo Verde precisava de fazer mais três golos para ser um dos melhores segundos classificados, ou então esperar pela derrota do Mali, que emaptava 1-1 com a Libéria.
Mas estranhamente (ou talvez por falta de informação), os jogadores nacionais continuavam a defender o resultado junto da sua área, despachando bolas para a frente, sem nunca conseguir ligar o jogo, quando era preciso marcar mais golos.
Enquanto isso o Zimbabué, com Mussona inspirado, ia criando muitas ocasiões de golo e só a boa prestação de Ernesto (tantas vezes criticado no passado por alguns resultados menos bons de Cabo Verde) ia mantendo as coisas a rolar a favor dos Tubarões Azuis.
Só que o Zimbabué acabaria mesmo por marcar, na transformação de uma grande penalidade cometida por Nando, que poderi ter sido expulso caso o árbitro lhe mostrasse um segundo amarelo pela falta.
Até o final, valeram a Cabo Verde os postes e Ernesto para manter a vantagem mínima no marcador, que não deu para o apuramento.
Apesar da festa no final do jogo, induzidos por informações erradas que chegavam de Monróvia que davam conta de uma derrota (inexistente) do Mali, Cabo Verde acabou por não conseguir o tão desejado apuramento.
E poderia te-lo feito, caso não tivesse sofrido nenhum golo e marcado mais três, para ficar como um dos dois melhores segundos classificados. Sendo assim, passou o Sudão, com oito golos marcados e três sofridos, contra os sete marcados e seis sofridos de Cabo Vede.
Cabo Verde terminou o Grupo A com 10 pontos, os mesmos que o Mali (perdeu no confronto directo, venceu 1-0 em casa e perdeu 0-3 fora). Zimbabué foi segundo com oito e Libéria último com cinco pontos.
Apurados para o CAN2012: Mali, Guine-Conacri, Zâmbia, Senegal, Burquina-Faso, Níger, Costa do Marfim, Gana, Angola, Botswana, Tunísia. Melhores segundos classificados: Líbia e Sudão. A estes juntam-se os anfitriões Guiné Equatorial e Gabão. Falta encontrar o vencedor do grupo K de Marrocos, Argélia, Tanzânia e Republica Centro-africana que jogam este domingo.
http://noticias.sapo.cv/info/artigo/1192207.html
Como a Libéria roubou o CAN2012 à Cabo Verde
O afastamento de Cabo Verde de uma inédita presença numa fase final de um Campeonato Africano de Selecções foi decidido em Monróvia, onde os Tubarões Azuis perderam por 1-0.
Naquele que era o jogo com o adversário mais fraco do grupo, confirmado depois da vitória por 4-2 na Várzea, Cabo Verde foi incapaz de se superiorizar aos liberianos e perdeu o encontro, num jogo onde esteve uma hora à procura de um golo que lhe desse pelo menos o empate.
No Complexo Desportivo Samuel Kanyon Doe, em Paynesville City, arredores da capital liberiana, os “Tubarões Azuis” acabaram por perder a invencibilidade, e logo frente ao adversário mais fraco do grupo, que tinha sido goleado na Várzea por 4-2.
Cabo Verde sofreu o golo a passagem da meia hora e durante 90 minutos foi incapaz de bater o guarda-redes contrário, apesar de ter criado algumas oportunidades, principalmente na 2ª parte.
Este era um jogo que Cabo Verde nunca poderia ter perdido, tendo em conta o valor dos adversários no grupo. Na altura do sorteio, as contas eram mais ou menos estas: vitórias em todos os jogos em casa como veio a acontecer, vitória ou empate frente a equipa teoricamente mais fraca do grupo (Cabo Verde perdeu na Libéria), pontuar no Zimbabué (empatamos a zero bolas) e frente ao Mali, o todo-poderoso do grupo, se Cabo Verde perdesse, como aconteceu, esse seria um resultado mais ou menos esperado, tendo em conta o valor do adversário.
Fazendo agora as contas, podemos dizer que foi a Libéria que nos roubou a presença no CAN2012. Depois de marcar dois golos na Várzea, no 4-2 que sofreram, ainda venceram Cabo Verde no seu estádio, naquela que foi a única vitória dos liberianos.
Apesar da vitória frente ao Zimbabué, Cabo Verde não conseguiu o tão esperado apuramento para a fase final do CAN2012. Tirando os muitos golos sofridos, pode-se dizer que foi uma boa campanha, até porque nunca Cabo Verde esteve tão próximo de marcar presença num Campeonato Africano das Nações.
Em casa os pupilos de Lúcio Antunes não deram hipóteses, vencendo os três jogos, mas fora de portas, Cabo Verde voltou a demonstrar-se demasiado permeável, não marcando qualquer golo nos três jogos feitos, perdendo dois e empatando um.
Cabo Verde pode apenas queixar-se de si própria, pois teve tudo nas mãos para se apurar. Agora é hora de reflexão, tentar corrigir os erros e lançar-se no apuramento para CAN2013 e Mundial2014.
http://noticias.sapo.cv/info/artigo/1192208.html
Cabo Verde falha CAN2012: As opções de Lúcio foram as melhores?
Quando Lúcio Antunes foi nomeado seleccionador nacional, trazia na bagagem o feito alcançado nos Jogos da Lusofonia onde levou a selecção de sub-21 de Cabo Verde à vitória, superiorizando-se a formações mais experientes como Portugal e Angola.
Lúcio que era adjunto do ex-seleccionador João de Deus, acabou por ser a escolha óbvia para dar continuidade ao trabalho do técnico português.
As suas escolhas centraram-se num grupo de jogadores que dantes faziam parte dos eleitos de João de Deus, que também falhou por pouco o apuramento para o CAN2010.
Entre convocatórias e escolhas para o onze, Lúcio nem sempre foi consensual. No jogo fora frente a Libéria, Cabo Verde apenas dispunha de um avançado no banco. Quando se apanhou a perder aos 30 minutos, só mexeu na segunda parte com a entrada do Ryan Mendes, jogador que era apontado como titular tendo em conta a sua excelente forma na equipa francesa do Le Havre.
Sem Dady, a recuperar a forma, o ataque foi entregue a Lito e Nhuk. Fábio, o outro avançado convocado para o jogo frente a Libéria, acabou por não entrar nas contas, uma vez que se lesionou nos treinos. Lúcio não chamou nenhum jogador para colmatar essa ausência.
No jogo frente ao Mali, que Cabo Verde viria a perder por 0-3, era de esperar, como veio a acontecer, que os malianos fizessem dessa partida o jogo das suas vidas. A precisar da vitória como de pão para boca, para se manter na luta pelo apuramento, os malianos jogaram os trunfos todos e entraram a todo o gás, pressionando a defensiva cabo-verdiana que começou a ceder a partir dos primeiros 15 minutos.
Se o Mali ia jogar o tudo por tudo, Cabo Verde iria apostar no contra-ataque e tinha jogadores para tal. Mas Lúcio Antunes optou por Dady, um avançado muito estático, nada dado a passes longos, uma vez que a velocidade não é o seu forte. Apesar de tudo (e já deu muito) o que Dady já fez por Cabo Verde, este jogo pedia o buliçoso Ryan Mendes na frente de ataque, um jogador muito veloz, rápido, muito tecnicista, capaz de explorar o espaço nas costas da defensiva maliana, juntamente com Nhuk, também ele um jogador de velocidade.
Cabo Verde só viria a criar perigo quando entrou Ryan, coincidindo também com o periodo em que o Mali já só geria o resultado.
Neste último encontro frente ao Zimbabué, Lúcio Antunes optou por mexer no meio-campo em vez de ser no ataque e as mexidas que fez foram mais no sentido de segurar o resultado. Cabo Verde precisava de marcar mais golos mas também seria preciso não sofrer, e esperar por uma escorregadela do Mali na Libéria.
Durante a campanha para o apuramento, Lúcio Antunes chamou alguns jogadores para representar Cabo Verde mas poucos pegaram de estaca. Excepção feita a Odair Fortes, do Reims da 2ª divisão de França, os outros tiveram presença intermitente nas convocatórias, casos do avançado Fábio que joga na Ucrânia, do central Josimar Lima que joga na 2ª divisão holandesa.
Apesar de algumas estreias nos convocados, muitos outros jogadores podiam ter sido chamados e acrescentar qualidade à selecção nacional. Valdo, apesar das muitas chamadas, só se apresentou na preparação do jogo frente ao Mali fora, tendo entrado na 2ª parte.
Outros nomes como Jerson Cabral do Feyenoord da Holanda, Junior Livramento do Apelddorn da 2ª divisão holandesa, Cabral do Basileira da Suíça, Fernando Tissione, entre muitos outros, podiam ser convocados mas até agora esperam por uma chamada para representarem as cores nacionais.
A verdade é que Cabo Verde corre o risco de "perder" alguns destes atletas para as selecções dos países que os formou, como Cabral que jogou nas camadas jovens da Suíça, Jerso Cabral que também jogou nas formações de base da Holanda.
Agora é analisar o que correu mal, preparar a equipara os próximos compromissos, o apuramento para o próximo CAN em 2013 na África do Sul e o Mundial 2014 no Brasil
http://noticias.sapo.cv/info/artigo/1192210.html
Fotos:Liberal/Sapo.cv
sábado, 8 de outubro de 2011
CV(Asemana):Praienses mostram “cartão vermelho” ao Governo e responsáveis da Electra
PRAIA-Cerca de duas mil pessoas seguiram o repto lançado pelos jovens nas redes sociais e manifestaram-se na noite desta sexta-feira pelas ruas da cidade da Praia contra a penúria de energia eléctrica e água na capital. Empunhando cartazes e entoando muitos gritos de revolta e indignação, a marcha mostrou um autêntico cartão vermelho ao Governo, ministros e também aos responsáveis da Electra. Depois de um início hesitante em que parecia que a manifestação seria um fracasso, rapidamente os praienses se reuniram em bom número na Praça Alexandre Albuquerque e começaram a gritar contra a Electra, o Governo e o ministro que tutela a área da energia e água. “Nu cre luz e água”, “abaixo o Governo”, “ministro mentiroso”. Estas foram das frases de ordem mais badaladas pelos manifestantes, que não deixaram de mostrar um cartão vermelho a "quem de direito", para que arranjem “uma solução” para a penúria insustentável de energia e água, que já causou enormes prejuízos a todos os praienses. “Ou água e luz ou rua”, ameaçaram.
Mas as críticas não ficaram por aqui. No meio da multidão eufórica, ouviam-se gritos de: “Governo mentiroso, ministro incompetente” e também “100% anti-Electra”. Por ser um protesto convocado nas redes sociais, faltou um pouco de organização e também um grito de ordem e uma voz de comando. Talvez por isso, os ânimos exaltaram-se quando a polícia pediu o itinerário da marcha. Foi neste momento que os gritos “o povo unido jamais será vencido” fizeram eco. A manifestação, que arrancou na praça Alexandre Albuquerque, desceu para uma concentração em frente da sede da Electra, na Gamboa, tendo depois seguido até à residência do primeiro-ministro, José Maria Neves, na Prainha, para “pedir um gerador”.
No fim, os manifestantes deixaram bem claro que se as coisas continuarem como estão, vão avançar na próxima semana juntamente com a Pró-Praia para mais um grito de indignação contra os cortes de energia e água na capital. Entretanto, alertam para a necessidade de haver mais organização e que o protesto seja marcado para mais cedo, a fim de mobilizar mais pessoas.
http://asemana.sapo.cv/spip.php?article69081&ak=1
Mas as críticas não ficaram por aqui. No meio da multidão eufórica, ouviam-se gritos de: “Governo mentiroso, ministro incompetente” e também “100% anti-Electra”. Por ser um protesto convocado nas redes sociais, faltou um pouco de organização e também um grito de ordem e uma voz de comando. Talvez por isso, os ânimos exaltaram-se quando a polícia pediu o itinerário da marcha. Foi neste momento que os gritos “o povo unido jamais será vencido” fizeram eco. A manifestação, que arrancou na praça Alexandre Albuquerque, desceu para uma concentração em frente da sede da Electra, na Gamboa, tendo depois seguido até à residência do primeiro-ministro, José Maria Neves, na Prainha, para “pedir um gerador”.
No fim, os manifestantes deixaram bem claro que se as coisas continuarem como estão, vão avançar na próxima semana juntamente com a Pró-Praia para mais um grito de indignação contra os cortes de energia e água na capital. Entretanto, alertam para a necessidade de haver mais organização e que o protesto seja marcado para mais cedo, a fim de mobilizar mais pessoas.
http://asemana.sapo.cv/spip.php?article69081&ak=1
ANGOLA:Panfletos denunciam supostas contas de presidente angolano no exterior
Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, teria contas no exterior
Pelo menos três contas bancárias, supostamente do presidente José Eduardo dos Santos, estão a ser reveladas por um pequeno partido angolano. Panfletos são distribuídos em Luanda e em outras províncias do interior.
O Partido Popular (PP) divulgou que, em pelo menos três países, podem ser verificados mais de cem milhões de dólares na posse do presidente angolano José Eduardo dos Santos. A sigla desafia o presidente a reagir e a provar o contrário.
Há alguns anos, a suspeita transita em setores da oposição do país, porém nunca foram apontados a origem e os bancos nos quais, tanto o presidente quanto os seus filhos teriam suas contas. As quantias estariam localizadas em Luxemburgo, Suíça e França.
Os panfletos, em tom de denúncia, apontam ainda dinheiro saído da petrolífera angolana Sonangol para contas em paraísos fiscais. O próprio presidente já desafiou seus críticos por varias ocasiões a apresentarem provas.
Alusivo a este tipo de insinuação, José Eduardo dos Santos devolve as críticas lembrando o papel da mídia. "Os órgãos de comunicação tem um papel importante na transmissão da informação correta e verdadeira sobre o que se passa", diz o presidente angolano.
Alegadas provas
Segundo o Partido Popular, a distribuição destes panfletos com supostas contas do presidente no exterior é uma forma de tornar a atividade de José Eduardo dos Santos transparente. "Nós temos provas credíveis da existência destas contas e deste dinheiro e provamos isto", disse o porta-voz do MPLA, Francisco Neto.
Nas ruas de Luanda, o assunto está a ser reflectido, mas o MPLA, partido do governo, endureceu o discurso. Armando da Cruz Neto, é general na reserva e governador de Benguela, uma província no litoral centro do país. "Vamos combater de forma pronta e vigorosa toda a propaganda e atitude que visem denegrir a imagem do camarada presidente José Eduardo dos Santos.
Não vamos dar tréguas aos que pretendam perverter a ordem, a tranqüilidade e os direitos cidadãos, consagrados na nossa constituição", diz Cruz Neto. O partido popular de Angola não se intimida e diz que vai continuar a distribuir os documentos. Dezenas de membro foram detidos em Luanda e no interior do país. "Iniciamos agora e vamos mais longe", diz o porta voz do Partido Popular, Francisco Neto.
Autor: Manuel Vieira (Luanda)
Edição: Marcio Pessôa / António Rocha
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,6634259,00.html
Pelo menos três contas bancárias, supostamente do presidente José Eduardo dos Santos, estão a ser reveladas por um pequeno partido angolano. Panfletos são distribuídos em Luanda e em outras províncias do interior.
O Partido Popular (PP) divulgou que, em pelo menos três países, podem ser verificados mais de cem milhões de dólares na posse do presidente angolano José Eduardo dos Santos. A sigla desafia o presidente a reagir e a provar o contrário.
Há alguns anos, a suspeita transita em setores da oposição do país, porém nunca foram apontados a origem e os bancos nos quais, tanto o presidente quanto os seus filhos teriam suas contas. As quantias estariam localizadas em Luxemburgo, Suíça e França.
Os panfletos, em tom de denúncia, apontam ainda dinheiro saído da petrolífera angolana Sonangol para contas em paraísos fiscais. O próprio presidente já desafiou seus críticos por varias ocasiões a apresentarem provas.
Alusivo a este tipo de insinuação, José Eduardo dos Santos devolve as críticas lembrando o papel da mídia. "Os órgãos de comunicação tem um papel importante na transmissão da informação correta e verdadeira sobre o que se passa", diz o presidente angolano.
Alegadas provas
Segundo o Partido Popular, a distribuição destes panfletos com supostas contas do presidente no exterior é uma forma de tornar a atividade de José Eduardo dos Santos transparente. "Nós temos provas credíveis da existência destas contas e deste dinheiro e provamos isto", disse o porta-voz do MPLA, Francisco Neto.
Nas ruas de Luanda, o assunto está a ser reflectido, mas o MPLA, partido do governo, endureceu o discurso. Armando da Cruz Neto, é general na reserva e governador de Benguela, uma província no litoral centro do país. "Vamos combater de forma pronta e vigorosa toda a propaganda e atitude que visem denegrir a imagem do camarada presidente José Eduardo dos Santos.
Não vamos dar tréguas aos que pretendam perverter a ordem, a tranqüilidade e os direitos cidadãos, consagrados na nossa constituição", diz Cruz Neto. O partido popular de Angola não se intimida e diz que vai continuar a distribuir os documentos. Dezenas de membro foram detidos em Luanda e no interior do país. "Iniciamos agora e vamos mais longe", diz o porta voz do Partido Popular, Francisco Neto.
Autor: Manuel Vieira (Luanda)
Edição: Marcio Pessôa / António Rocha
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,6634259,00.html
HOLANDA:Desemprego de jovens na Holanda é maior que o estimado
As cifras sobre desemprego entre jovens holandeses trazem uma imagem distorcida. Quando se trata de empregos em período integral, a Holanda aparece numa posição muito menos favorável em relação ao resto da Europa do que se costuma afirmar. Uma nova recessão, portanto, pode ser muito dura, alerta Wiemer Salverda, professor da Universidade de Amsterdã que é especialista na área de mercado de trabalho e desigualdades.
Salverda acha que os números sobre o desemprego entre jovens na Holanda estão bastante ‘maquiados’:
“O que torna o mercado de trabalho para jovens na Holanda especial em comparação com outros países é que nós temos muitos ‘pequenos empregos’, de menos de doze horas por semana, ou até menos de quatro horas por semana. Isso existe mais aqui do que em outros países, e estes empregos são contados na força de trabalho. Então, quando você vai levantar a porcentagem de desempregados, parece ser muito mais baixa.”
Insuficiente para a sobrevivência
Se olharmos apenas para jovens com um emprego de pelo menos 35 horas, aí o desemprego de jovens na Holanda é mais de quatro vezes maior. Antes de 2009, chegava a 18%, ao invés dos oficiais 3,9%. O problema é que os países europeus com alto índice de desemprego entre jovens, como Espanha, Itália e França, quase não têm este tipo de emprego de período parcial. Além do mais, jovens desempregados não procuram este tipo de emprego, enfatiza Salverda, pois não conseguem sobreviver com eles.
O economista Ronald Dekker é um pouco mais otimista sobre o mercado de trabalho holandês. Segundo ele, o mais importante é que os jovens ficam desempregados por períodos relativamente curtos.
“Não devemos olhar quantas pessoas estão desempregadas, mas quantas permanecem desempregadas, pois este é o verdadeiro problema. E aí a situação para os jovens é melhor do que aparenta ser. O que, sim, é um problema crescente é o fato de que pessoas em empregos temporários estão tendo mais dificuldade em passar para empregos estáveis.”
Consumo menor
Empregos temporários não têm só a desvantagem de que podem pôr os jovens de novo na rua mais facilmente. Com frequência eles também tornam impossível que se feche um empréstimo bancário ou hipoteca, por exemplo, para comprar casa própria. Com isso os jovens consomem menos e, consequentemente, a economia também cresce menos.
Mas Ronald Dekker não se preocupa muito com a possibilidade de recessão. Por causa do envelhecimento da população, surgirão tantos empregos nos próximos anos que jovens com boa formação devem encontrar trabalho com relativa rapidez.
Continuar os estudos
Também neste ponto Salverda é mais sombrio. Quando a mais recente crise estourou, em 2008, muitos jovens decidiram continuar os estudos por causa da falta de empregos. Este grupo, portanto, não está registrado como desempregado. Mas a experiência indica que, quando a economia se recuperar, eles irão buscar trabalho. Nesta situação, em geral leva mais tempo para que maioria das pessoas consiga um emprego.
Menor carga horária
Um outro problema é que a possibilidade de trabalho expressa em números de empregos aumentou, mas a carga horária total diminuiu 5% nos últimos anos. Empregadores absorveram uma parte do choque da crise permitindo que os funcionários diminuíssem o número de horas de trabalho. Mas numa nova recessão, com perspectivas mais sombrias que a de 2008, esta possibilidade não existirá. Aí haverá mais demissões e isso atinge mais duramente aos jovens.
O professor da área de mercado de trabalho da Universidade de Tilburg, Ton Wilthagen, é um pouco mais otimista. Ele acredita que a Holanda, em parte graças a uma política mais rígida, se sai melhor que a maioria dos países europeus quando se trata de desemprego entre jovens. E mesmo estatísticas ‘maquiadas’ não interferem nisso.
Jovens de baixa formação
“Mas isso não modifica o fato de que existe um grupo bastante grande de desempregados. E entre eles há com frequência jovens com baixa formação e jovens de origem estrangeira. É preciso ter cuidado para que este grupo não fique desempregado por muito tempo, pois isso também é um diferencial da Holanda. Temos baixo índice de desemprego, mas em comparação, por exemplo, com a Suécia, temos desempregados por períodos relativamente longos.”
E justamente este grupo de desempregados por períodos mais longos terá muita dificuldade em suportar uma nova recessão. Além disso, há um exército de jovens desempregados com baixa formação na Europa que quer tentar a sorte na ainda rica Holanda.
Data de publicação : 7 Outubro 2011 - 3:18pm
Por Johan Huizinga (Foto: ANP)
http://www.rnw.nl/portugues/article/desemprego-de-jovens-na-holanda-%C3%A9-maior-que-o-estimado
Salverda acha que os números sobre o desemprego entre jovens na Holanda estão bastante ‘maquiados’:
“O que torna o mercado de trabalho para jovens na Holanda especial em comparação com outros países é que nós temos muitos ‘pequenos empregos’, de menos de doze horas por semana, ou até menos de quatro horas por semana. Isso existe mais aqui do que em outros países, e estes empregos são contados na força de trabalho. Então, quando você vai levantar a porcentagem de desempregados, parece ser muito mais baixa.”
Insuficiente para a sobrevivência
Se olharmos apenas para jovens com um emprego de pelo menos 35 horas, aí o desemprego de jovens na Holanda é mais de quatro vezes maior. Antes de 2009, chegava a 18%, ao invés dos oficiais 3,9%. O problema é que os países europeus com alto índice de desemprego entre jovens, como Espanha, Itália e França, quase não têm este tipo de emprego de período parcial. Além do mais, jovens desempregados não procuram este tipo de emprego, enfatiza Salverda, pois não conseguem sobreviver com eles.
O economista Ronald Dekker é um pouco mais otimista sobre o mercado de trabalho holandês. Segundo ele, o mais importante é que os jovens ficam desempregados por períodos relativamente curtos.
“Não devemos olhar quantas pessoas estão desempregadas, mas quantas permanecem desempregadas, pois este é o verdadeiro problema. E aí a situação para os jovens é melhor do que aparenta ser. O que, sim, é um problema crescente é o fato de que pessoas em empregos temporários estão tendo mais dificuldade em passar para empregos estáveis.”
Consumo menor
Empregos temporários não têm só a desvantagem de que podem pôr os jovens de novo na rua mais facilmente. Com frequência eles também tornam impossível que se feche um empréstimo bancário ou hipoteca, por exemplo, para comprar casa própria. Com isso os jovens consomem menos e, consequentemente, a economia também cresce menos.
Mas Ronald Dekker não se preocupa muito com a possibilidade de recessão. Por causa do envelhecimento da população, surgirão tantos empregos nos próximos anos que jovens com boa formação devem encontrar trabalho com relativa rapidez.
Continuar os estudos
Também neste ponto Salverda é mais sombrio. Quando a mais recente crise estourou, em 2008, muitos jovens decidiram continuar os estudos por causa da falta de empregos. Este grupo, portanto, não está registrado como desempregado. Mas a experiência indica que, quando a economia se recuperar, eles irão buscar trabalho. Nesta situação, em geral leva mais tempo para que maioria das pessoas consiga um emprego.
Menor carga horária
Um outro problema é que a possibilidade de trabalho expressa em números de empregos aumentou, mas a carga horária total diminuiu 5% nos últimos anos. Empregadores absorveram uma parte do choque da crise permitindo que os funcionários diminuíssem o número de horas de trabalho. Mas numa nova recessão, com perspectivas mais sombrias que a de 2008, esta possibilidade não existirá. Aí haverá mais demissões e isso atinge mais duramente aos jovens.
O professor da área de mercado de trabalho da Universidade de Tilburg, Ton Wilthagen, é um pouco mais otimista. Ele acredita que a Holanda, em parte graças a uma política mais rígida, se sai melhor que a maioria dos países europeus quando se trata de desemprego entre jovens. E mesmo estatísticas ‘maquiadas’ não interferem nisso.
Jovens de baixa formação
“Mas isso não modifica o fato de que existe um grupo bastante grande de desempregados. E entre eles há com frequência jovens com baixa formação e jovens de origem estrangeira. É preciso ter cuidado para que este grupo não fique desempregado por muito tempo, pois isso também é um diferencial da Holanda. Temos baixo índice de desemprego, mas em comparação, por exemplo, com a Suécia, temos desempregados por períodos relativamente longos.”
E justamente este grupo de desempregados por períodos mais longos terá muita dificuldade em suportar uma nova recessão. Além disso, há um exército de jovens desempregados com baixa formação na Europa que quer tentar a sorte na ainda rica Holanda.
Data de publicação : 7 Outubro 2011 - 3:18pm
Por Johan Huizinga (Foto: ANP)
http://www.rnw.nl/portugues/article/desemprego-de-jovens-na-holanda-%C3%A9-maior-que-o-estimado
CV:Electra: Manifestação termina à porta da residência do JMN(Com Video)
A manifestação contra os cortes de energia eléctrica terminou à porta da residência de JMN, na Prainha. Já no final, cerca de duas centenas de manifestantes gritavam palavras de ordem à porta da residência oficial do primeiro-ministro que de momento não se encontra sequer no país. Quem esteve presente no local, foi a Polícia Nacional mas cuja intervenção não foi necessária.
A manifestação começou por voltas das 19h00 na Praça Alexandre Albuquerque e juntou diversas individualidades da esfera política, mas também vários elementos da sociedade civil. Crianças, adultos, jovens e idosos juntaram-se com velas e cartazes no centro da cidade da Praia para depois rumarem numa passeata até ao edifício da Electra. No seio dos manifestantes estavam pessoas ligadas aos dois maiores partidos políticos, entre eles o presidente da Câmara da Praia, Ulisses Correia e Silva que esteve acompanhado da família e que explicou que se estava a manifestar enquanto cidadão.
Numa iniciativa convocada através da rede social Facebook e da mensagem que passou de "boca em boca", várias centenas de praienses saíram à rua para mostrar o seu desagrado com a situação actual da energia eléctrica em Cabo Verde.
Desta vez mais pessoas deram a cara pela causa, mas na mesma os praienses não aderiram em massa à manifestação. Era possível ver entre os manifestantes muitas crianças e jovens a reivindicar um melhor fornecimento de água e luz na capital e no país.
Para Evandry de Jesus Gomes, um dos manifestantes, o facto de algumas pessoas apontarem as represálias no local de trabalho como uma causa para não saírem à rua é "uma desculpa" e explica: "No meu trabalho não há hipótese de ninguém ser despedido por causa disso"."Até porque as próprias instituições estão descontentes", acrescenta.
"Precisamos de resolver este problema de electricidade aqui na cidade da Praia", afirmou o presidente da Câmara da Praia que esteve presente no meio da manifestação, aquando da concentração na Praça Alexandre Albuquerque. UCS explicou que as alegada dívidas das câmaras municipais à Electra é uma "desculpa de mau pagador" e acrescentou:"Electra deve-nos muito mais do que aquilo que a Câmara Municipal deve à Electra".
Para o edil da capital do país, Fevereiro de 2012 não é uma data aceitável. UCS criticou as medidas propostas pelo Governo e afirmou que é preciso investir mais, melhorar o sistema de distribuição e aumentar a capacidade de produção. "A Electra precisa de ter uma gestão melhor, as coisas acontecem e as caras continuam lá (...)", afirmou descontente o presidente da CMP que desabafou que também sofre com esta situação e que está disposto a sair à rua mais vezes.
Depois de dar uma meia volta à praça, a caminhada prosseguiu até à Electra para depois seguir para a residência oficial do primeiro-ministro, que se encontra ausente do pais por motivos de saúde. Os manifestantes gritavam: “abaixo o ministro (Humberto Brito)”, “ou luz ou vai-te embora”, “luz e água, factores de desenvolvimento”, "viemos buscar o gerador” e “se Cabral fosse vivo as coisas não estavam assim”, entre outras palavras de ordem.
De realçar que esta é uma manifestação de carácter cívico onde a população praiense não aderiu em massa, mas o número de cidadãos foi significativamente maior do que na primeira manifestação que ocorreu anteriormente.
A manifestação foi acompanhada por um carro da Polícia Nacional. Na Electra da Várzea, esteve presente um corpo policial de cerca de uma dezena de homens Na residência oficial do PM, o contingente foi menor, com cerca de dez homens no local.
Esta é a segunda manifestação convocada este ano para protestar contra a falta de electricidade e a pedir uma solução do executivo perante os problemas da Electra. Trata-se de uma iniciativa de cidadãos anónimos. Curiosamente, hoje não houve falta de luz generalizada, na capital, pelo menos.
http://videos.sapo.cv/r256KjZds5p0v59jzYVq
SAPO.CV-Praia-08 de Outubro de 2011
A manifestação começou por voltas das 19h00 na Praça Alexandre Albuquerque e juntou diversas individualidades da esfera política, mas também vários elementos da sociedade civil. Crianças, adultos, jovens e idosos juntaram-se com velas e cartazes no centro da cidade da Praia para depois rumarem numa passeata até ao edifício da Electra. No seio dos manifestantes estavam pessoas ligadas aos dois maiores partidos políticos, entre eles o presidente da Câmara da Praia, Ulisses Correia e Silva que esteve acompanhado da família e que explicou que se estava a manifestar enquanto cidadão.
Numa iniciativa convocada através da rede social Facebook e da mensagem que passou de "boca em boca", várias centenas de praienses saíram à rua para mostrar o seu desagrado com a situação actual da energia eléctrica em Cabo Verde.
Desta vez mais pessoas deram a cara pela causa, mas na mesma os praienses não aderiram em massa à manifestação. Era possível ver entre os manifestantes muitas crianças e jovens a reivindicar um melhor fornecimento de água e luz na capital e no país.
Para Evandry de Jesus Gomes, um dos manifestantes, o facto de algumas pessoas apontarem as represálias no local de trabalho como uma causa para não saírem à rua é "uma desculpa" e explica: "No meu trabalho não há hipótese de ninguém ser despedido por causa disso"."Até porque as próprias instituições estão descontentes", acrescenta.
"Precisamos de resolver este problema de electricidade aqui na cidade da Praia", afirmou o presidente da Câmara da Praia que esteve presente no meio da manifestação, aquando da concentração na Praça Alexandre Albuquerque. UCS explicou que as alegada dívidas das câmaras municipais à Electra é uma "desculpa de mau pagador" e acrescentou:"Electra deve-nos muito mais do que aquilo que a Câmara Municipal deve à Electra".
Para o edil da capital do país, Fevereiro de 2012 não é uma data aceitável. UCS criticou as medidas propostas pelo Governo e afirmou que é preciso investir mais, melhorar o sistema de distribuição e aumentar a capacidade de produção. "A Electra precisa de ter uma gestão melhor, as coisas acontecem e as caras continuam lá (...)", afirmou descontente o presidente da CMP que desabafou que também sofre com esta situação e que está disposto a sair à rua mais vezes.
Depois de dar uma meia volta à praça, a caminhada prosseguiu até à Electra para depois seguir para a residência oficial do primeiro-ministro, que se encontra ausente do pais por motivos de saúde. Os manifestantes gritavam: “abaixo o ministro (Humberto Brito)”, “ou luz ou vai-te embora”, “luz e água, factores de desenvolvimento”, "viemos buscar o gerador” e “se Cabral fosse vivo as coisas não estavam assim”, entre outras palavras de ordem.
De realçar que esta é uma manifestação de carácter cívico onde a população praiense não aderiu em massa, mas o número de cidadãos foi significativamente maior do que na primeira manifestação que ocorreu anteriormente.
A manifestação foi acompanhada por um carro da Polícia Nacional. Na Electra da Várzea, esteve presente um corpo policial de cerca de uma dezena de homens Na residência oficial do PM, o contingente foi menor, com cerca de dez homens no local.
Esta é a segunda manifestação convocada este ano para protestar contra a falta de electricidade e a pedir uma solução do executivo perante os problemas da Electra. Trata-se de uma iniciativa de cidadãos anónimos. Curiosamente, hoje não houve falta de luz generalizada, na capital, pelo menos.
http://videos.sapo.cv/r256KjZds5p0v59jzYVq
SAPO.CV-Praia-08 de Outubro de 2011
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
CV(Asemana):Praienses convocam manifestação contra penúria de água e energia
PRAIA-“Basta de abuso, ou luz ou vai-te”. É com este grito de indignação que, através das redes sociais, os praienses convocam os habitantes da capital para uma manifestação de rua, esta sexta-feira, 7, contra a penúria de energia eléctrica na capital. A concentração está marcada para a Praça Alexandre Albuquerque, no Plateau, a partir das 18h30. Já não suportamos o abuso da Electra. É hora de os praienses saírem à rua. O problema da energia e da água não se resolve com remendos. Estamos fartos de conversa fiada. Queremos soluções. É hora de agir”, lê-se num flyer que está a circular em mãos e em diversas páginas na rede social Facebook.
Diante deste apelo, muita gente garante que vai estar no protesto para mostrar a sua indignação contra os sucessivos cortes de energia e a falta de água na Praia. Alguns bairros estiveram três dias consecutivos sem energia eléctrica. Comerciantes, barbeiros, mecânicos, donas de casa, e muitos outros, já perderam a conta aos prejuízos.
Resta agora saber se os praienses irão responder a mais esta convocação. É que muitos ainda recordam o fracasso que foi a manifestação realizada no mês de Julho, que mobilizou apenas cerca de três centenas de pessoas numa cidade com quase 150 mil habitantes.
Pró-Praia organiza manifestação na próxima semana
Contactado pela nossa reportagem, o presidente da Associação Pró-Praia, Alcides Oliveira, diz que se trata de uma iniciativa espontânea e muito positiva. “É um sinal de que os praienses não estão passivos. Apoiamos esta iniciativa nascida na sociedade civil, que não espera apenas pelas associações”, considera Oliveira, confirmando a sua presença na manifestação.
Entretanto, o dirigente associativo informa que se as coisas continuarem como estão e quem de direito não apresentar soluções efectivas, a Pró-Praia irá sair às ruas na próxima semana, trazendo uma mensagem com mais força e peso. Nessa altura, o primeiro-ministro já deverá estar no país, depois de ter sido submetido a uma cirurgia em Portugal, e a Pró-Praia deverá convocar um protesto para “exigir responsabilidades”.
“Estamos a preparar a logística para fazer uma boa manifestação, com mais adesão do que a anterior. A manifestação só é feita em último recurso, com uma comunicação efectiva e com efeito nas instâncias superiores. Até agora temos feito pressão tanto na Electra como no Governo”, remata Oliveira.
http://asemana.sapo.cv/spip.php?article69011&ak=1
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