PORTO-NOVO-O líder ventoinha, Carlos Veiga, disse aos militantes e simpatizantes do MpD em Santo Antão que a campanha para as eleições de 2011 “é a luta política mais difícil que vai o partido enfrentar na sua história”. Uma ideia reforçada em todas as reuniões na ilha nos últimos seis dias. Satisfeito "com as molduras humanas" que participaram nos encontros realizados nos três concelhos de Santo Antão, Carlos Veiga disse estar convicto de que vai ser primeiro-ministro de Cabo Verde em 2011. E acreditando "na coragem e no empenho demonstrados na mudança e consolidação da democracia na década de 90", o presidente do MpD realça que o seu partido tem "a verdade e a força necessárias para derrubar o impacto da poderosa máquina de propaganda enganosa do governo do PAICV e ganhar as eleições de 2011”.
Feita esta observação, o líder ventoinha lançou um olhar crítico ao governo do PAICV, chefiado por José Maria Neves, que, no seu entender, "só se empenha na mudança da realidade física de Cabo Verde, com a construção de estradas, portos, aeroportos, escolas, hospitais, barragens, esquecendo as reais necessidades das pessoas, em particular as provenientes do sector da agricultura”. Na verdade, o presidente do MpD diz reconhecer que “algumas dessas obras poderão ser úteis, mas é preciso ter em conta que os cabo-verdianos não vão comer no betão”.
“Quando o MpD levanta o problema de que há mais de 75 mil pessoas a viverem debaixo do nível mínimo da pobreza, o governo do PAICV responde com o projecto de governação electrónica. Quando levantamos o problema de que mais de 16 mil jovens abandonam escola devido à pobreza das suas famílias, o governo responde com o projecto de Mundo Novo. Quando levantamos o problema da Electra, o governo responde com os projectos de energias renováveis”, enfatizou o presidente do MPD, no acto de tomada de posse da nova Comissão Política Regional dos ventoinhas na Ribeira Grande, liderada por Francisco Dias.
De forma contundente, Carlos Veiga responsabilizou o primeiro-ministro José Maria Neves e o ministro das Infra-estruturas, Transportes e Telecomunicações, Manuel Inocêncio Sousa, pelos “avultadíssimos” prejuízos causados, em particular aos agricultores dos vales da Ribeira Grande e da Ribeira Torre, devido ao arrombamento de partes das obras das respectivas estradas estradas, provocado pelas cheias de 23 de Outubro.
Esses prejuízos, pontuou Veiga, "aconteceram devido à incompetência do governo, que não ouviu as opiniões das pessoas mais antigas dos dois vales sobre as cheias no início da implementação dos projectos e não analisou a tempo e horas as recomendações da equipa de fiscalização. Por esse e por outros motivos, vou exigir indemnizações para os lesados".
MN-http://asemana.sapo.cv/spip.php?article57775&ak=1
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