SÃO TOMÉ-O presidente do Movimento para a Democracia, (MpD), Carlos Veiga, iniciou esta terça-feira, uma visita de três dias a São Tomé e Príncipe, onde terá encontros com a comunidade cabo-verdiana e com autoridades locais.
O líder da oposição disse aos jornalistas, à sua chegada, que o objectivo da sua deslocação a São Tomé é "em primeiro lugar, contactar a comunidade cabo-verdiana que aqui vive, na perspectiva das eleições legislativas que terão lugar a 06 de Fevereiro".
Entre os círculos eleitorais cabo-verdianos em África, os partidos políticos de Cabo Verde atribuem, neste momento, particular importância ao círculo eleitoral de São Tomé e Príncipe, onde estimativas apontam para a existência de mais de 20 mil cidadãos de Cabo Verde e seus descendentes.
De facto, só este ano, deputados dos principais partidos de Cabo Verde visitaram várias vezes São Tomé. O próprio primeiro-ministro, José Maria Neves, também se deslocou ao arquipélago, e todos tiveram encontros com as comunidades cabo-verdianas, residentes na sua maioria em localidades das antigas empresas agrícolas (roças).
Carlos Veiga, que agora visita o arquipélago, "espera ter oportunidade para contactar as autoridades de São Tomé, falando das perspectivas do futuro, na hipótese que consideramos muito provável, de chegarmos ao Governo".
O líder da oposição cabo-verdiana afirma que nas ilhas de São Tomé e Príncipe espera "transmitir uma mensagem de mudança em Cabo Verde e de esperança e confiança no futuro para a nossa comunidade".
Disse estar "absolutamente convencido" que o MpD vai voltar ao poder, justificando essa certeza com "os sinais que tem recebido, não só em Cabo Verde, mas também da diáspora".
Carlos Veiga considera que "os cabo-verdianos estão completamente integrados em São Tomé, vivendo nas mesmas condições que vivem os são-tomenses", explicou, acrescentando: "do nosso ponto de vista, não há nenhuma discriminação em relação aos cabo-verdianos".
Referiu-se, no entanto, a alguns "aspectos negativos que decorrem da vivência dos seus compatriotas em São Tomé", sublinhando que "é em relação a esse quadro que nós todos devemos trabalhar, em conjunto para que São Tomé possa desenvolver-se, tal como nós queremos que Cabo Verde também se desenvolva".
Fonte: Agência Lusa/Expresso das Ilhas
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentar com elegância e com respeito para o próximo.