PRAIA-O MpD questionou esta quinta-feira, 2 de Dezembro na Cidade da Praia, o paradeiro dos 150 mil computadores Magalhães prometidos pelo governo do paicv em Março de 2009, e lembrou ao ainda governo que o País - alunos e professores – esperam o cumprimento desta promessa. “Os Cabo-verdianos continuam à espera dos 150 mil computadores”, lembrou Luís Carlos Silva, da Comissão Permanente do MpD.
Este responsável considera que é “dever e obrigação” do MpD, enquanto Partido responsável “não permitir que a governação engane e tente iludir a sociedade, especialmente os jovens, com artimanhas e truques criados para esconder a sua incapacidade de cumprir promessas”.
Luís Carlos Silva alerta no entanto para o que pode ser uma estratégia de desresponsabilização por parte do paicv e seu governo, que no passado dia 30 de Novembro, através do director-geral do Planeamento, Orçamento e Gestão do ministério da Educação veio anunciar o facto de ainda não se ter distribuído nenhum computador e que só tinham recebido até aquela data a manifestação de interesse de sete mil alunos e professores.
“De acordo com esse responsável, o próximo passo seria trabalhar juntamente com a banca e as empresas que laboram no ramo das novas tecnologias, informação e comunicação em Cabo Verde, para garantir a disponibilização dos equipamentos”, acrescentou Luís Carlos Silva, para quem o governo não teve o cuidado de negociar primeiramente as condições de financiamento com a banca e a disponibilidade dos computadores com as empresas locais do ramo.
Por outro lado, Luís Carlos Silva questionou o valor dos hipotéticos computadores (30 a 50 mil escudos, quando, hoje, se pode adquirir um equipamento por valor inferior.
“Sem respostas, porque contra factos não há argumentos e porque a mentira tem pernas curtas, o governo decidiu tapar o sol com a peneira e lançou mais um concurso para iludir os cabo-verdianos”, disse, em alusão ao concurso para o logótipo da marca, numa “mera manobra eleitoralista” com o objectivo de “gerir expectativas” dos Cabo-verdianos. “O governo demonstra não entender este ‘mundo novo’, não perceber a velocidade como as coisas acontecem e, sobretudo, o tempo médio de vida dos equipamentos”, comentou.
Luís Carlos Silva entende que as novas tecnologias de comunicação podem ser uma “excelente oportunidade” para se introduzir o País no que ele considera ser a “via rápida do desenvolvimento”. Mas é necessário mudar de velocidade para se poder atingir o objectivo, sugere.
“Esta história bizarra dos computadores não é nem mais nem menos do que algo parecido com as primeiras pedras que o governo anda a distribuir pelo País numa incontrolada aflição eleitoral”, finalizou.
http://www.carlosveiga2011.cv/index.php?option=com_content&view=article&id=541:onde-estao-os-150-mil-computadores-questiona-o-mpd&catid=33:sala-imprensa&Itemid=56
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