quarta-feira, 31 de outubro de 2012
PORTUGAL:Manifestantes ateiam fogo, derrubam barreiras e lançam objectos diante do Parlamento
Manifestantes ateiam fogo, derrubam barreiras e lançam objectos diante do Parlamento: Protesto contra a austeridade tem tido momentos de alguma tensão. Nas imediações da Assembleia da República, as palavras de ordem são contra a troika e o Orçamento do Estado, que já foi aprovado na generalidade.
CV:Cabo Verde institucionaliza Semana Global de Empreendedorismo
A iniciativa Semana Global do Empreendedorismo (GEW) foi institucionalizada pelo governo. A decisão foi tornada oficial no passado dia 25 de Outubro.
Cabo Verde faz parte da Semana Global do Empreendedorismo,GEW, desde 2010. Esta iniciativa global começou em 2008 e conta já com 123 países, envolve mais de 24.000 parceiros, 33.000 actividades e 7 milhões de participantes. Trata-se de um movimento que pretende despertar a atitude empreendedora nas pessoas.
A nível local a semana acontece entre os dias 12 a 18 de Novembro. Este vai ser o terceiro ano consecutivo em que Cabo Verde participa na iniciativa mundial que pretende despertar a atitude empreendedora nas pessoas.
A organização do evento que é promovido em Cabo Verde pela AJEC, ADEI e o governo, propôs que a iniciativa fosse institucionalizada em Maio deste ano.No passado dia 25 de outubro a decisão de institucionalizar a Semana Global do Empreendedorismo a nível nacional foi publicada no B.O.
Segundo a organização da GEW no país, este passo significa que já se "está a reconhecer a importância deste evento para Cabo Verde, nomeadamente através da participação activa de todas as suas entidades." A mesma fonte acrescenta: "destaca-se assim, a intenção de continuar a incluir Cabo Verde na rede global do Empreendedorismo e a fazer a diferença."
GEW em Cabo Verde
No ano passado, 2011, GEW a nível nacional contou com a participação de vinte e cinco parceiros, que conseguiram realizar cinquenta e oito atividades em cinco ilhas: S. Antão, S. Vicente, S. Nicolau, Sal e Santiago. Segundo a organização, houve um aumento significativo " de parceiros e participantes envolvidos, o que levou ao aumento da notoriedade da GEW em Cabo Verde".
Nesse ano, Cabo Verde conseguiu ficar no Top 5 dos países com mais parceiros per capita e mais actividades per capita, um prémio reconhecido na Gala GEC.
Em 2012, a organização pretende ir mais além e envolver cada vez mais pessoas neste movimento global. São objectivos para este ano: engajar um maior número de parceiros e patrocinadores; realizar um maior número de actividades; abranger um maior número de ilhas.
Assim a organização pretende que a GEW deste ano tenha 30 parceiros, 10 patrocinadores, 70 actividades e chegue a 6 ilhas.
O público-alvo desta iniciativa é constituído por estudantes, professores, empreendedores, empresários, governo, autarquias, universidades.
Leia mais aqui: GEW Cabo Verde: Inspirar empreendedores e acelerar o empreendedorismo
@SAPO -30 de Outubro de 2012
CV:Oposição cabo-verdiana critica aumento de impostos no Orçamento do Estado 2013
Em conferência de imprensa, o líder do maior partido da oposição referiu-se ao "aumento substancial" do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA), mas também às subidas previstas na água, eletricidade e transportes.
O líder do MpD esclareceu que, com a proposta do OE para 2013, a taxa do IVA sobre a água passa de 3 por cento (%) para 15%, e a taxa de electricidade vai aumentar de 4,5% para 15%.
Segundo Carlos Veiga, a proposta do OE para 2013 propõe o aumento de taxas em vários setores de atividade no país, nomeadamente o das telecomunicações, para cerca de 70 por cento, do transporte rodoviário de passageiros e do transporte marítimo de mercadorias de 2,25% para 15%.
Prevê-se também o aumento da taxa de atividades turísticas de 6 para 15%, uma medida que, segundo Carlos Veiga, "vai matar a galinha de ovos de ouro", tendo em conta o potencial de crescimento deste setor.
Esta situação, considerou, é consequência da "má política do Governo", que em vez de investir na capacidade produtiva do país e no seu tecido empresarial para garantir a sustentabilidade da economia, preferiu viver de "mãos estendidas".
Em matéria de tributação, Carlos Veiga defendeu a necessidade de um "choque fiscal", visando "baixar imposto" para que as empresas gerem empregos.
O líder do MpD propôs ainda a redução das despesas do Estado, sobretudo na aquisição de bens e de serviços intermédios e em alguns projetos que não são prioritários, nomeadamente a construção da cidade administrativa.
Além do "agravamento de impostos", Carlos Veiga considerou também "grave" a "total omissão" da proposta do Governo em matéria de emprego e desemprego.
"Não se apresenta um único número sobre a taxa de desemprego que se pretende atingir em 2013, em total desrespeito pelos cidadãos e contribuintes, a quem, ao mesmo tempo, se exigem mais impostos", reprovou.
Sobre a omissão em matéria de emprego e desemprego para o próximo ano, Carlos Veiga considerou que a estratégia do Governo é varrer o "maior flagelo social do país" para "debaixo do tapete do esquecimento".
"É escusado, porque o problema do desemprego em Cabo Verde não desaparece por milagre, mas com políticas que induzam o crescimento económico robusto e que gerem emprego", destacou.
Quanto à dívida do Estado, que, segundo Carlos Veiga, deverá aumentar de 132 milhões de contos cabo-verdianos (cerca de 1,2 mil milhões de euros) em 2012 para 160 milhões de contos (1,45 mil milhões de euros) em 2013, o que considerou ser um peso "insuportável a curto prazo, a ser pago pelas famílias e as empresas, que estão a ficar cada vez mais sufocadas".
O Orçamento do Estado para 2013 apresentado na semana passada pela ministra das Finanças e do Planeamento, Cristina Duarte, prevê um crescimento de 5%, inflação entre 2,5 e 3,5%, despesas de 60.4 milhões de contos e receitas de cerca de 47 milhões de contos.
O défice deverá situar-se nos 7,4 pontos percentuais e a dívida externa em 69% do PIB.
Na altura, Cristina Duarte afirmou que é um orçamento prudente e ambicioso, que leva em conta a instabilidade económica internacional.
CLI // ARA./Lusa/Fim
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Furacão matou mais de 30 pessoas nos Estados Unidos
Furacão matou mais de 30 pessoas nos Estados Unidos: Supertempestade “Sandy” está a causar estragos avultados na costa Leste do país, que deverá demorar semanas a voltar à normalidade.
É dia de ainda mais luta contra uma doença que mata quatro mulheres por dia
É dia de ainda mais luta contra uma doença que mata quatro mulheres por dia: Exame clínico e mamografia são meios essenciais para um diagnóstico precoce do cancro da mama. Para as mulheres que já enfrentaram a doença, surge muitas vezes o dilema da reincidência.
CV:Declaração Política sobre "partidarização" na administração pública “incendeia” Parlamento
O Movimento para a Democracia (MpD - oposição) considerou hoje que a administração pública cabo-verdiana está marcada por "nepotismo e excessiva partidarização", o que traz "graves consequências" para a democracia e economia do país.
Numa declaração política, tendo como tema a "excessiva partidarização" na administração pública em detrimento do mérito das pessoas, o líder do grupo parlamentar do principal partido da oposição, Fernando Elísio Freire, disse que esta situação está a contribuir para que determinadas empresas tenham um "desempenho muito baixo".
Na sua declaração, a bancada "ventoinha" citou o exemplo da recente nomeação do novo conselho de administração da Radiotelevisão Caboverdiana (RTC) e a designação de Manuel Inocêncio Sousa, dirigente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV - poder), para o cargo de presidente do conselho de administração da CVTelecom, o que significa "pagamento dos favores políticos".
No dizer do Movimento para a Democracia, a maioria dos serviços dos Estado tem tido à frente "militantes ferrenhos do PAICV".
"O país precisa urgentemente uma lei de incompatibilidade", sublinhou Elísio Freire, para depois dizer que o "amiguismo tem de acabar em Cabo Verde".
A bancada do PAICV, reagindo às declarações do MpD, esclareceu que no país existe uma lei de incompatibilidade, que data de 1995.
De acordo com líder do grupo, José Manuel Andrade, o PAICV está disponível para discutir a lei se o MpD assim entender.
Manuel Andrade lembrou ao seu colega deputado que a Constituição estabelece que ninguém deve ser prejudicado por causa das suas convicções político-ideológicas.
Segundo José Manuel Andrade, o líder da bancada do MpD entra em contradição com aquilo que afirma. Todos os cidadãos devem ter igual oportunidade."Onde está escrito em lei que, para os cargos na administração pública, tem que ser alguém não conotado com o PAICV?", interrogou o líder do grupo parlamentar do partido que sustenta o Governo, acrescentando que uma "arrogância" da parte do MpD que apenas "os seus militantes são competentes e os outros não".
30-10-2012
Fonte: Inforpress/ExpressodasIlhas
Fonte: Inforpress/ExpressodasIlhas
Judiciária detém homem com 3,4 quilos de cocaína no estômago
Judiciária detém homem com 3,4 quilos de cocaína no estômago: Detido esteve dois dias num hospital de Lisboa para expelir todas as 182 bolotas de droga que tinha engolido.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
domingo, 28 de outubro de 2012
Bento XVI apela à renovação da Igreja
Bento XVI apela à renovação da Igreja: Papa lembrou também os que sofrem com a devastação dos desastres naturais, numa referência ao furacão “Sandy”, que passou nos últimos dias por Cuba, Haiti, Jamaica e Bahamas e que fez mais de meia centena de mortos.
Quatro belgas morrem em acidente na Jordânia
Quatro belgas morrem em acidente na Jordânia: Não há, para já, informações sobre as causas do acidente. No autocarro seguiam 18 turistas.
Milhares de pessoas em protesto em Madrid e Roma
Milhares de pessoas em protesto em Madrid e Roma: Este sábado foi dia de manifestações em Espanha e Itália contra as medidas de austeridade.
“Portugueses não merecem o que lhes estão a fazer”
“Portugueses não merecem o que lhes estão a fazer”: Escritor foi o convidado especial do “Ensaio Geral”, da Renascença. Falou sobre a crise e da relutância que teve em apertar a mão a Passos Coelho, falou dos seus livros e do que quer deixar aos leitores.
Relvas reitera que cumpriu todas as regras da licenciatura
Relvas reitera que cumpriu todas as regras da licenciatura: Ministro dos Assuntos Parlamentares garante que está de consciência tranquila, que não “tem receio de nada” e “quer que tudo seja apurado”.
sábado, 27 de outubro de 2012
CV:“Cabo Verde quer ser um parceiro útil da UE”, José Maria Neves
O presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, chegou a Cabo Verde no final de tarde de hoje, dia 26 de Outubro. Trata-se da primeira visita enquanto representante da CE no ano em que se celebra o 5º aniversário da Parceria Especial com a UE/Cabo Verde.
Após a chegada no Aeroporto Internacional Nelson Mandela, José Manuel Durão Barroso seguiu para o Palácio do Governo onde foi recebido pelo primeiro-ministro, José Maria Neves. Na noite de hoje foram assinados dois acordos. O protocolo de Revisão a meio percurso do 10º Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED) e o acordo da Facilitação da Atribuição de Vistos de Curta Duração.
A seguir a assinatura dos acordos seguiu-se uma breve conferência de imprensa com declarações de ambas as partes, em que José Maria Neves recordou que Durão Barroso, “um grande amigo de Cabo Verde”, foi a primeira personalidade internacional com a qual falou sobre a Parceria Especial UE/ Cabo Verde, na altura Barroso era primeiro-ministro de Portugal.
A presente parceria celebra este ano o quinto aniversário e JMN salientou que este é um dos marcos da aproximação entre de o país e a União Europeia. Neves afirmou ainda que o presidente da CE tem tido um papel decisivo nas relações entre o velho continente e África. “Cabo Verde quer ser um parceiro útil da União Europeia (em vários domínios) ”, afirmou o primeiro-ministro.
De volta a Cabo Verde após a sua última visita há 9 anos, ainda enquanto chefe de Governo de Portugal, Durão Barroso enalteceu o facto de que o arquipélago é um caso único nos países ACP (África, Caribe e Pacífico). O líder da Comissão Europeia referiu ainda que Cabo Verde e a UE partilham de vários valores comuns tais como a paz, a democracia, a liberdade. “Cabo Verde é considerado hoje como um exemplo de democracia e estabilidade para toda África”, afirmou o presidente da CE.
“A UE é de longe o maior parceiro comercial de Cabo Verde contribuindo com 70 por cento das suas importações e constituindo destino de 85 por cento das importações do país”, afirmou Barroso e reafirmou a intenção de manter o estatuto especial de Cabo Verde.
No âmbito do protocolo de Revisão a meio percurso do 10º FED (2008-13) vão ser atribuidos a Cabo Verde cerca de 10,2 milhões de euros para apoio ao Orçamento de Estado e combate à pobreza. “Estes fundos, que vêm juntar-se aos 60 milhões de euros que já tínhamos atribuído a Cabo Verde, ficam a dever-se ao bom desempenho do país”, afirmou Barroso e acrescentou que “o arquipélago merece este incentivo”.
Já no que diz respeito ao acordo de Facilitação da Atribuição de Vistos de Curta Duração é a primeira vez que a UE assina um acordo do género com qualquer estado africano, segundo explicou o presidente da CE. Contudo Barroso não adiantou se este acordo vai resultar no futuro na livre circulação entre Cabo Verde e União Europeia.
Enquanto ainda representante da Comissão Europeia, Barroso salientou que a “UE está disponível para trabalhar juntamente com a CEDEAO, com a CPLP, com a União Africana, com a ONU para ajudar a resolver o actual impasse na Guiné-Bissau, um país e um povo que têm sofrido de mais”.
De volta a Cabo Verde após a sua última visita há 9 anos, ainda enquanto chefe de Governo de Portugal, Durão Barroso enalteceu o facto de que o arquipélago é um caso único nos países ACP (África, Caribe e Pacífico). O líder da Comissão Europeia referiu ainda que Cabo Verde e a UE partilham de vários valores comuns tais como a paz, a democracia, a liberdade. “Cabo Verde é considerado hoje como um exemplo de democracia e estabilidade para toda África”, afirmou o presidente da CE.
“A UE é de longe o maior parceiro comercial de Cabo Verde contribuindo com 70 por cento das suas importações e constituindo destino de 85 por cento das importações do país”, afirmou Barroso e reafirmou a intenção de manter o estatuto especial de Cabo Verde.
No âmbito do protocolo de Revisão a meio percurso do 10º FED (2008-13) vão ser atribuidos a Cabo Verde cerca de 10,2 milhões de euros para apoio ao Orçamento de Estado e combate à pobreza. “Estes fundos, que vêm juntar-se aos 60 milhões de euros que já tínhamos atribuído a Cabo Verde, ficam a dever-se ao bom desempenho do país”, afirmou Barroso e acrescentou que “o arquipélago merece este incentivo”.
Já no que diz respeito ao acordo de Facilitação da Atribuição de Vistos de Curta Duração é a primeira vez que a UE assina um acordo do género com qualquer estado africano, segundo explicou o presidente da CE. Contudo Barroso não adiantou se este acordo vai resultar no futuro na livre circulação entre Cabo Verde e União Europeia.
Enquanto ainda representante da Comissão Europeia, Barroso salientou que a “UE está disponível para trabalhar juntamente com a CEDEAO, com a CPLP, com a União Africana, com a ONU para ajudar a resolver o actual impasse na Guiné-Bissau, um país e um povo que têm sofrido de mais”.
Tubarões Azuis em destaque
A selecção nacional de futebol esteve em destaque durante a visita do representante máximo da CE que felicitou o apuramento inédito do país ao Campeonato Africano da Nações (CAN). “A nível pessoal desejo-vos sucessos”, afirmou Barroso que considerou este acto como um sinal de dinamismo de Cabo Verde.
Agenda preenchida
A agenda do segundo dia de visita a Cabo Verde vai ser bastante preenchida. Constam da mesma uma visita à sede da UE na Praia e ainda à Assembleia Nacional, onde Durão Barroso deverá manter um encontro com o presidente da AN, Basílio Ramos.
De seguida, o presidente da Comissão Europeia é recebido pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, no Palácio da Presidência e onde será condecorado com a mais alta distinção honorífica do país, a medalha de Primeiro Grau da Ordem Amílcar Cabral.
Segue-se uma visita ao Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI), e ainda um almoço no Rui Vaz. Durão Barroso segue para São Vicente, onde tem previsto um encontro com o presidente da Camara Municipal, Augusto Neves, que lhe deverá entregar as “Chaves da Cidade”.
Na ilha do Porto Grande, o presidente da CE vai visitar projetos financiados pela União Europeia, estando ainda previsto um encontro com escritores, intelectuais, artistas plásticos e músicos nacionais. Barroso parte para Lisboa na noite de sábado.
@CM/SAPO
A selecção nacional de futebol esteve em destaque durante a visita do representante máximo da CE que felicitou o apuramento inédito do país ao Campeonato Africano da Nações (CAN). “A nível pessoal desejo-vos sucessos”, afirmou Barroso que considerou este acto como um sinal de dinamismo de Cabo Verde.
Agenda preenchida
A agenda do segundo dia de visita a Cabo Verde vai ser bastante preenchida. Constam da mesma uma visita à sede da UE na Praia e ainda à Assembleia Nacional, onde Durão Barroso deverá manter um encontro com o presidente da AN, Basílio Ramos.
De seguida, o presidente da Comissão Europeia é recebido pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, no Palácio da Presidência e onde será condecorado com a mais alta distinção honorífica do país, a medalha de Primeiro Grau da Ordem Amílcar Cabral.
Segue-se uma visita ao Núcleo Operacional da Sociedade de Informação (NOSI), e ainda um almoço no Rui Vaz. Durão Barroso segue para São Vicente, onde tem previsto um encontro com o presidente da Camara Municipal, Augusto Neves, que lhe deverá entregar as “Chaves da Cidade”.
Na ilha do Porto Grande, o presidente da CE vai visitar projetos financiados pela União Europeia, estando ainda previsto um encontro com escritores, intelectuais, artistas plásticos e músicos nacionais. Barroso parte para Lisboa na noite de sábado.
@CM/SAPO
CV:Guiné-Bissau está a transformar-se num narco-Estado, primeiro-ministro
O primeiro-ministro, José Maria Neves, considerou
esta sexta-feira na Cidade da Praia que a Guiné-Bissau deve ser motivo de
preocupação para toda a comunidade internacional porque “está a transformar-se
num narco-Estado, onde as instituições não funcionam”.
O chefe de Governo falava aos jornalistas à margem da cerimónia de assinatura
do protocolo entre o Governo de Cabo Verde e os Bancos Comerciais para a
operacionalização do Sistema de Crédito para Estudantes com Garantia
Mútua.
José Maria Neves fez estas considerações depois de escusar-se a tecer qualquer comentário sobre as declarações do porta-voz do governo de transição da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, que considerou “vergonhosas” e pediu que acabem “as faltas de respeito” referindo-se às declarações das autoridades cabo-verdianas sobre os últimos acontecimentos no seu país.
Isto porque, na sequência da tentativa de assalto a um quartel em Bissau, no passado domingo, na qual as autoridades de transição implicam Portugal e a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), o primeiro-ministro de Cabo Verde remeteu para posteriormente um comentário mais consistente, alegando que, de Bissau, nem sempre as declarações políticas correspondem à realidade.
“Não merecem qualquer comentário do Governo de Cabo Verde. O Estado de Cabo Verde é uma pessoa de bem, as instituições da República são legítimas, Cabo Verde é um Estado de Direito Democrático e tem uma grande confiança e prestígio no plano internacional”, respondeu hoje o primeiro-ministro cabo-verdiano.
O chefe do executivo aproveitou ainda para dizer que no arquipélago está-se sobretudo a trabalhar para que se possa combater com vigor os tráficos, o desrespeito pelos direitos humanos e qualquer desvio em relação aos princípios fundadores de um Estado de Direito Democrático.
Cabo Verde, acrescentou José Maria Neves, quer que a Guiné-Bissau encontre a paz, quer que a comunidade internacional preste atenção a este país irmão porque “está a transformar-se num narco-Estado, onde não há respeito pelos direitos humanos, onde as instituições da República não funcionam e não há a submissão do poder militar aos poderes civis legitimamente constituídos”.
O primeiro-ministro aproveitou igualmente para instar a União Africana a ver com um “olhar atento” a situação da Guiné-Bissau, buscando consensos com as Nações Unidas, a CPLP e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para, entre outros, o lançamento das bases para a consolidação da democracia e para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
José Maria Neves fez estas considerações depois de escusar-se a tecer qualquer comentário sobre as declarações do porta-voz do governo de transição da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, que considerou “vergonhosas” e pediu que acabem “as faltas de respeito” referindo-se às declarações das autoridades cabo-verdianas sobre os últimos acontecimentos no seu país.
Isto porque, na sequência da tentativa de assalto a um quartel em Bissau, no passado domingo, na qual as autoridades de transição implicam Portugal e a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), o primeiro-ministro de Cabo Verde remeteu para posteriormente um comentário mais consistente, alegando que, de Bissau, nem sempre as declarações políticas correspondem à realidade.
“Não merecem qualquer comentário do Governo de Cabo Verde. O Estado de Cabo Verde é uma pessoa de bem, as instituições da República são legítimas, Cabo Verde é um Estado de Direito Democrático e tem uma grande confiança e prestígio no plano internacional”, respondeu hoje o primeiro-ministro cabo-verdiano.
O chefe do executivo aproveitou ainda para dizer que no arquipélago está-se sobretudo a trabalhar para que se possa combater com vigor os tráficos, o desrespeito pelos direitos humanos e qualquer desvio em relação aos princípios fundadores de um Estado de Direito Democrático.
Cabo Verde, acrescentou José Maria Neves, quer que a Guiné-Bissau encontre a paz, quer que a comunidade internacional preste atenção a este país irmão porque “está a transformar-se num narco-Estado, onde não há respeito pelos direitos humanos, onde as instituições da República não funcionam e não há a submissão do poder militar aos poderes civis legitimamente constituídos”.
O primeiro-ministro aproveitou igualmente para instar a União Africana a ver com um “olhar atento” a situação da Guiné-Bissau, buscando consensos com as Nações Unidas, a CPLP e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para, entre outros, o lançamento das bases para a consolidação da democracia e para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
27-10-2012
Fonte: Inforpress/ExpressodasIlhas
Fonte: Inforpress/ExpressodasIlhas
http://www.expressodasilhas.sapo.cv/pt/noticias/go/guine-bissau-esta-a-transformar-se-num-narco-estado--primeiro-ministro
SAÚDE:Descoberta de portugueses pode fazer a diferença no tratamento do AVC
Descoberta de portugueses pode fazer a diferença no tratamento do AVC: Investigação de Sofia Oliveira e José Ferro consistiu em procurar alterações no genoma que torna as pessoas mais susceptíveis, ou que os protegem contra a doença.
SAÚDE:Caso de tuberculose multirresistente obriga a rastreio
Caso de tuberculose multirresistente obriga a rastreio: Ministério Público determinou tratamento compulsivo de paciente com variante altamente contagiosa da doença.
“Portugueses não merecem o que lhes estão a fazer”-ANTÓNIO LOBO ANTUNES
“Portugueses não merecem o que lhes estão a fazer”: Escritor foi o convidado especial do “Ensaio Geral”, da Renascença. Falou sobre a crise e da relutância que teve em apertar a mão a Passos Coelho, falou dos seus livros e do que quer deixar aos escritores.
CV:Adalberto Vieira, secretário de Estado dos Recursos Marinhos: “Cabo Verde não pode competir com outros países no sector das Pescas”
"É impossível a Cabo Verde competir com Marrocos ou
China em termos de quantidade. O potencial de Marrocos, por exemplo, no que se
refere ao sector pesqueiro ultrapassa em larga medida Cabo Verde". Nestes termos
justifica Adalberto Vieira a dependência do nosso país aos dois países aos quais
compramos boa parte do pescado que é processado na Frescomar. Nas suas palavras,
o que podemos ambicionar é marcar a diferença pela qualidade, criando um produto
de alto valor acrescentado, porque, acrescenta "Cabo Verde não tem tanto pescado
como eventualmente possa aparecer". Nesta entrevista, o secretário de Estado dos
Recursos Marinhos debruça-se ainda sobre os problemas que se colocam ao sector
como o arranque das obras do novo entreposto frigorífico do Porto Grande, o
impasse na privatização da Cabnave, os desafios da pesca artesanal e industrial
e aponta os projectos para a materialização do Cluster das Pescas.
Expresso das ilhas - Quais são os novos projectos para o sector das
Pescas no âmbito da estratégia de materialização do Cluster do Mar?
Adalberto Vieira - O sector das Pescas é um pilar fundamental do Cluster, diria Hiper Cluster do Mar. Dentro do convencionalmente chamado Cluster do Mar temos várias actividades que em si formam já diversos clusters.
Daí que se fale actualmente do Hiper Cluster do Mar e dentro do Hiper Cluster do Mar temos o Cluster das Pescas. Neste mo-mento temos vários projectos para o sector das Pescas que estão a ser materializados pelas instituições-chave, designadamente pela Direcção Geral das Pescas e pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas [INDP]. Dentro da direcção geral das Pescas nós temos neste momento vários projectos a cargo do programa das pescas para a África Ocidental e projectos virados essencialmente para a pesca artesanal, no âmbito do plano operativo para o desenvolvimento da pesca artesanal.
Qual é o contributo do sector das pescas para o PIB?
Nós estimamos que o contributo das pescas para o PIB deva andar à volta de 7 a 10 por cento. Obviamente que estamos a trabalhar para termos um estudo actualizado que possa precisar esse valor. Devo dizer que o contributo actual do sector das pescas ultrapassa em boa medida o contributo que era referenciado até há pouco tempo, que era cerca de 3 por cento. Veja o seguinte: se na altura do embargo nós contribuíamos com 2 a 3 por cento, como é que agora, aumentando a exportação exponencialmente continuamos nos 2 ou 3 por cento. Não faz sentido. Portanto, o contributo actual andará à volta dos 7 a 10 por cento. Mas a nossa perspectiva é que o sector das pescas continue a aumentar significativamente o respectivo contributo para o PIB, tendo em consideração que a exportação está a aumentar, que existem novos projectos no que se refere à conservação e novos projectos no que respeita a agregação de valor.
Veja o seguinte. Nós temos vindo a pautar a nossa cooperação numa perspectiva win-win com ganhos partilhados por ambas as partes. Neste caso específico, nós temos uma medida benéfica da UE que nos permite ter acesso ao mercado europeu em condições extremamente vantajosas, permitindo que os nossos produtos sejam mais competitivos quando comparados com produtos de outras paragens. Neste caso o que é acontece? O pescado cabo-verdiano, transformado ou não, quando chega à UE beneficia de isenção de taxas alfandegárias, permitindo que o produto seja mais competitivo. Isso foi uma forma que a UE encontrou para permitir que Cabo Verde possa desenvolver o seu sector pesqueiro e possa ser auto-suficiente no que se refere ao fornecimento de matéria-prima à indústria conserveira. Em todo o caso a prorrogação da derrogação refere-se a produtos importados que são transformados em Cabo Verde e reexportados como se fossem nacionais. Portanto, não se prevê que o sistema venha a terminar nem agora, nem no futuro para produtos nacionais. Os produtos nacionais de Cabo Verde beneficiam sempre na UE de condições extremamente vantajosas. A prorrogação tem a ver com a matéria-prima que é importada de outras paragens...
Mas se a frota nacional tivesse maior capacidade, 15 toneladas de peixe que a Frescomar processa por dia podiam ser comprada a operadores nacionais com vantagens para a nossa economia.
A Frescomar está a comprar todo o pescado que é disponibilizado pelos nacionais...
São quantas toneladas?
Até há dois anos a frota nacional só garantia, por exemplo, 7 por cento da matéria-prima transformada pela indústria conserveira. Neste momento, já fornece 40 a 50 por cento do total da matéria-prima transformada, superando, neste momento, as 3000 toneladas.
Mas os operadores queixam-se da incapacidade da frota nacional competir com a estrangeira, porque condições não são criadas.
Gostaria de aproveitar a oportunidade para esclarecer o seguinte: é impossível a Cabo Verde competir com Marrocos ou China em termos de quantidade. O potencial de Marrocos, no que se refere ao sector pesqueiro ultrapassa em larga medida Cabo Verde.
Estamos confiantes de que as obras terão o seu início muito proximamente. Tivemos alguns atrasos devido a problemas financeiros da empresa que ganhou o concurso; tivemos outros atrasos alheios à vontade do governo, mas o certo é que o governo espanhol já aprovou finalmente o crédito. Neste momento estão reunidas todas as condições para que as obras da nova plataforma de frio arrancarem proximamente o que irá fechar o ciclo relativamente ao sector das pescas.
Na Praia, os armadores queixam-se da falta de gelo. Quando será reactivado aqui o entreposto frigorífico?
Não diria que existe falta de gelo. A capacidade instalada corresponde à procura regular dos armadores. O problema é que nós muitas vezes temos picos de captura. E como são picos, fazem com que a unidade não consiga dar vazão a essa demanda. Mas veja o seguinte: se você tiver até dez situações de picos ao longo do ano e decorrentemente você aumenta a capacidade instalada de tal forma que na maior parte do ano tem uma boa parte da maquinaria parada, o que acontece é que você depois tem prejuízo, porque as máquinas de produção de gelo não podem estar paradas por muito tempo. O que nós temos que fazer é complementar a produção de gelo com o armazenamento a frio. É por isso que nós estamos à procura de uma parceria público-privada para reactivar o entreposto frigorífico da Praia. É essa a solução. Portanto, quando você tem uma quantidade "anormal" de pescado, armazena esse pescado na câmara de armazenamento a frio, para que não tenhamos a situação actual, onde se utiliza o gelo para conservar mais do que seria o tempo razoável para a sua expedição.
Nas outras ilhas os pescadores queixam-se também da falta de gelo. Não há uma solução à vista?
Nós temos uma rede de conservação razoável. Estamos neste momento a materializar um conjunto de acções para que as unidades de produção de gelo possam ser sustentáveis. Anteriormente acontecia que as unidades, volvido algum tempo, fechavam, a maquinaria degradava-se e tempos depois as pessoas pediam ao governo uma nova máquina. Obviamente não podíamos continuar com esse cenário porque o país não tem condições para providenciar recursos dessa forma. As acções que estamos a materializar agora abrangem a instalação de painéis solares em algumas unidades de produção de gelo que estão localizadas nas pequenas comunidades piscatórias. Por exemplo, juntamente com a cooperação japonesa vamos instalar unidades de produção de gelo multifacetadas que vão ter fornecimento de energia através de painéis solares. Aí estaríamos na situação de garantir a sustentabilidade dessas unidades e a resolver boa parte dos problemas que são postos neste momento pelas comunidades de pesca artesanal.
Quando estarão a funcionar estas unidades?
Já no primeiro trimestre de 2013 vamos ter a primeira unidade na localidade de Salamansa, em São Vicente. Vai ser uma unidade multifacetada, com energia fornecida através de painéis solares. Outros intervenientes da comunidade, embora não estejam di-rectamente ligados ao sector da pesca vão também beneficiar deste projecto. Vamos ter cerca de 100 famílias que vão também receber painéis solares.
"Estamos à procura de parceria público-privada
São proporções totalmente incomparáveis, para não falar da China. O que Cabo Verde deve ambicionar é diferenciar e providenciar um produto de alto valor acrescentado que seja capaz de diferenciar-se relativamente aos produtos de Marrocos e da China. Portanto, não devemos pensar em competir com Marrocos ou com a China em termos quantitativos. Nós temos um potencial máximo de captura que dá uma média de 40 mil toneladas ano, que para alguns técnicos até se encontra empolado. Esse potencial médio não se compara em nada com o potencial disponível para Marrocos e a China.
Essa disparidade potencial de que fala não impede o governo de modernizar a frota nacional e torná-la mais competitiva.
Está, e de que maneira. As embarcações que estavam paradas, estão todas em funcionamento neste momento. Várias embarcações foram requalificadas: atuneiros que foram reconvertidos para cercadores.
Portanto, neste momento há todo um esforço para que o país seja auto-suficiente no que se refere ao fornecimento de matéria-prima à indústria conserveira e não só. As embarcações da Atlântico Tuna estão quase todas em funcionamento e temos vindo a criar condições para que outros intervenientes ligados ao sector das pescas possam requalificar as respectivas embarcações. Portanto, estão criadas as condições, dentro das possibilidades do país, para que possamos ser auto-suficientes, por exemplo, no que se refere ao fornecimento de matéria-prima à indústria conserveira. É bom que se saiba que os mares de Cabo Verde não têm tanto pescado quanto eventualmente possa parecer. Portanto, há um limite que se pode atingir, no que se refere à captura. Mas modéstia à parte, consideramos o nosso pescado de melhor qualidade quando comparado com outras paragens...
Os outros países também dizem que o seu peixe é o melhor do mundo.
Aí cada um está a vender o seu peixe. Nós temos de vender o nosso.
O governo tem vindo a reforçar a fiscalização na componente preventiva e repressiva. Nós temos vindo não só a apetrechar a Guarda Costeira e outras entidades com mais recursos humanos e materiais, mas temos vindo também a formar, capacitar, sensibilizar e a estabelecer parcerias a montante para resolvermos o problema da pesca ilícita, não declarada e não regulamentada. Nós estamos cientes de que a salvaguarda dos recursos marinhos de Cabo Verde sobressai como uma condição sine qua non para o sucesso do desenvolvimento sustentável de Cabo Verde nesse domínio. E é por isso que procedemos à aquisição não só do Guardião, como à reactivação de outras embarcações da Guarda Costeira para patrulhar as nossas águas. Para além disso, temos cooperação com países amigos como Portugal, como a Espanha e os Estados Unidos que vêm a Cabo Verde patrulhar, juntamente com as nossas autoridades, as nossas águas, visando combater a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada. A montante temos vindo a instalar também sistemas que permitem monitorizar as embarcações via satélite. Foi aprovado, há pouco tempo, a legislação que obriga as embarcações a terem o sistema de monitorização VMS, que nos permite monitorizar as embarcações que estão a pescar dentro das nossas águas territoriais. É um conjunto de acções que temos vindo a materializar que estão a dar resultados. Aliás, são os relatórios elaborados pelas próprias autoridades que serviram de base para as queixas. Isso demonstra que, de facto, as autoridades estão atentas e estão a materializar as acções conducentes à salvaguarda dos nossos recursos marinhos.
Os operadores temem que com a privatização dos estaleiros, os barcos nacionais dei-xam de ter acesso aos serviços. É real este receio?
De forma alguma. O governo privatiza, propugnando melhor a eficiência da empresa, para que possa ser mais competitiva, gerar mais riqueza e para que possa contribuir, como no caso da Cabnave para a materialização da estratégia subjacente ao Cluster do Mar, diria Hiper Cluster do Mar. Evidentemente que o governo acautela sempre os interesses nacionais e a recuperação das embarcações nacionais está também no grupo dos nossos interesses nacionais.
O governo continua a não encontrar um parceiro para a privatização da Cabnave e a esperança na empresa CNFC ficou descartada na última visita do Primeiro-ministro à China.
Nada está descartado. Neste momento estamos em negociações com a CNFC (China International Fisheries Corp), mas também estamos em negociação com outras empresas, tendo como alvo ter a Cabnave como uma base de reparação naval. As negociações com a CNFC não estão descartadas porque têm vários aspectos que estão em curso. Portanto estamos seguros que iremos chegar a bom porto nestas negociações.
No âmbito das actividades alternativas à pesca tradicional, existe um projecto privado de aquacultura para criação de camarões financiado pela Holanda. Porque é que o projecto não arrancou ainda?
Neste momento existe um documento assinado entre o Estado e os promotores do projecto Fazenda do Camarão. É uma iniciativa privada e acarinhada pelo Estado que assinou esse documento para permitir que os promotores possam materializar esse projecto que consideramos importante para o desenvolvimento da aquacultura em Cabo Verde. Neste domínio já temos um quadro estratégico que foi co-financiado pela FAO e pretendemos, proximamente, em parceria com determinadas entidades, cultivar a tilápia nas barragens. Existem alguns projectos relativamente à aquacultura que sobressaem como sendo importantes para desenvolvermos esse domínio alternativo à pesca extractiva, em si...
Mas quando é que poderá arrancar o projecto do cultivo dos camarões?
Trata-se de um projecto privado e pelas informações que tenho o projecto já arrancou. Ou seja, o projecto não parou e está a ter o seu seguimento, prevendo-se que no futuro possamos ter a primeira despesca, como se costuma dizer. É um projecto privado que tem vindo a ter o apoio do governo que recentemente assinou a convenção de estabelecimento com os promotores do projecto.
Adalberto Vieira - O sector das Pescas é um pilar fundamental do Cluster, diria Hiper Cluster do Mar. Dentro do convencionalmente chamado Cluster do Mar temos várias actividades que em si formam já diversos clusters.
Daí que se fale actualmente do Hiper Cluster do Mar e dentro do Hiper Cluster do Mar temos o Cluster das Pescas. Neste mo-mento temos vários projectos para o sector das Pescas que estão a ser materializados pelas instituições-chave, designadamente pela Direcção Geral das Pescas e pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas [INDP]. Dentro da direcção geral das Pescas nós temos neste momento vários projectos a cargo do programa das pescas para a África Ocidental e projectos virados essencialmente para a pesca artesanal, no âmbito do plano operativo para o desenvolvimento da pesca artesanal.
Combater a pobreza no sector
São projectos que vão desde o novo estaleiro na ilha de Santiago para
embarcações semi-industriais, passando pela criação de uma rede de extensionismo
no sector das Pescas, pela melhoria da qualidade dos produtos pesqueiros, pela
melhoria da fiscalização como forma de garantir a sustentabilidade na actividade
pesqueira, entre outros. Temos também projectos de formação e capacitação dos
intervenientes ligados ao sector das Pescas, na certeza de que esse domínio
sobressai como extremamente importante para que possamos almejar os objectivos
preconizados. Temos portanto projectos transversais que perpassam diferentes
domínios e que nos demonstram que efectivamente estamos a ter uma visão global e
o sector das pescas está no caminho certo. Sem falar também de projectos que se
prendem com a transformação e agregação de valor, na certeza de que combater a
pobreza no sector das pescas, particularmente no subsector da pesca artesanal
passa em primeira mão por materializar projectos que conduzam à agregação de
valor e diferenciação dos nossos produtos para podermos ter mais rendimentos e
sermos mais competitivos.Qual é o contributo do sector das pescas para o PIB?
Nós estimamos que o contributo das pescas para o PIB deva andar à volta de 7 a 10 por cento. Obviamente que estamos a trabalhar para termos um estudo actualizado que possa precisar esse valor. Devo dizer que o contributo actual do sector das pescas ultrapassa em boa medida o contributo que era referenciado até há pouco tempo, que era cerca de 3 por cento. Veja o seguinte: se na altura do embargo nós contribuíamos com 2 a 3 por cento, como é que agora, aumentando a exportação exponencialmente continuamos nos 2 ou 3 por cento. Não faz sentido. Portanto, o contributo actual andará à volta dos 7 a 10 por cento. Mas a nossa perspectiva é que o sector das pescas continue a aumentar significativamente o respectivo contributo para o PIB, tendo em consideração que a exportação está a aumentar, que existem novos projectos no que se refere à conservação e novos projectos no que respeita a agregação de valor.
O sector das Pescas e o Sistema Geral de
Preferências da União Europeia
Apesar de Cabo Verde ter sido graduado a País de Rendimento Médio, a
União Europeia prorrogou o prazo de acesso preferencial ao seu mercado
permitindo à Frescomar, até conseguir fornecer a sua fábrica com pescado
nacional, a importação de peixe de Marrocos e outros países. Que medidas tem
tomado o governo para desenvolver a sua actividade pesqueira, porque um dia o
prazo dado pela UE chegará ao fim.Veja o seguinte. Nós temos vindo a pautar a nossa cooperação numa perspectiva win-win com ganhos partilhados por ambas as partes. Neste caso específico, nós temos uma medida benéfica da UE que nos permite ter acesso ao mercado europeu em condições extremamente vantajosas, permitindo que os nossos produtos sejam mais competitivos quando comparados com produtos de outras paragens. Neste caso o que é acontece? O pescado cabo-verdiano, transformado ou não, quando chega à UE beneficia de isenção de taxas alfandegárias, permitindo que o produto seja mais competitivo. Isso foi uma forma que a UE encontrou para permitir que Cabo Verde possa desenvolver o seu sector pesqueiro e possa ser auto-suficiente no que se refere ao fornecimento de matéria-prima à indústria conserveira. Em todo o caso a prorrogação da derrogação refere-se a produtos importados que são transformados em Cabo Verde e reexportados como se fossem nacionais. Portanto, não se prevê que o sistema venha a terminar nem agora, nem no futuro para produtos nacionais. Os produtos nacionais de Cabo Verde beneficiam sempre na UE de condições extremamente vantajosas. A prorrogação tem a ver com a matéria-prima que é importada de outras paragens...
Mas se a frota nacional tivesse maior capacidade, 15 toneladas de peixe que a Frescomar processa por dia podiam ser comprada a operadores nacionais com vantagens para a nossa economia.
A Frescomar está a comprar todo o pescado que é disponibilizado pelos nacionais...
São quantas toneladas?
Até há dois anos a frota nacional só garantia, por exemplo, 7 por cento da matéria-prima transformada pela indústria conserveira. Neste momento, já fornece 40 a 50 por cento do total da matéria-prima transformada, superando, neste momento, as 3000 toneladas.
Mas os operadores queixam-se da incapacidade da frota nacional competir com a estrangeira, porque condições não são criadas.
Gostaria de aproveitar a oportunidade para esclarecer o seguinte: é impossível a Cabo Verde competir com Marrocos ou China em termos de quantidade. O potencial de Marrocos, no que se refere ao sector pesqueiro ultrapassa em larga medida Cabo Verde.
O problema do gelo
Foi assinado há mais de um ano o contrato para o novo entreposto
frigorífico do Porto Grande, depois de um incêndio ter destruído a Interbase em
2008. Porque é que não arrancaram ainda as obras?Estamos confiantes de que as obras terão o seu início muito proximamente. Tivemos alguns atrasos devido a problemas financeiros da empresa que ganhou o concurso; tivemos outros atrasos alheios à vontade do governo, mas o certo é que o governo espanhol já aprovou finalmente o crédito. Neste momento estão reunidas todas as condições para que as obras da nova plataforma de frio arrancarem proximamente o que irá fechar o ciclo relativamente ao sector das pescas.
Na Praia, os armadores queixam-se da falta de gelo. Quando será reactivado aqui o entreposto frigorífico?
Não diria que existe falta de gelo. A capacidade instalada corresponde à procura regular dos armadores. O problema é que nós muitas vezes temos picos de captura. E como são picos, fazem com que a unidade não consiga dar vazão a essa demanda. Mas veja o seguinte: se você tiver até dez situações de picos ao longo do ano e decorrentemente você aumenta a capacidade instalada de tal forma que na maior parte do ano tem uma boa parte da maquinaria parada, o que acontece é que você depois tem prejuízo, porque as máquinas de produção de gelo não podem estar paradas por muito tempo. O que nós temos que fazer é complementar a produção de gelo com o armazenamento a frio. É por isso que nós estamos à procura de uma parceria público-privada para reactivar o entreposto frigorífico da Praia. É essa a solução. Portanto, quando você tem uma quantidade "anormal" de pescado, armazena esse pescado na câmara de armazenamento a frio, para que não tenhamos a situação actual, onde se utiliza o gelo para conservar mais do que seria o tempo razoável para a sua expedição.
Nas outras ilhas os pescadores queixam-se também da falta de gelo. Não há uma solução à vista?
Nós temos uma rede de conservação razoável. Estamos neste momento a materializar um conjunto de acções para que as unidades de produção de gelo possam ser sustentáveis. Anteriormente acontecia que as unidades, volvido algum tempo, fechavam, a maquinaria degradava-se e tempos depois as pessoas pediam ao governo uma nova máquina. Obviamente não podíamos continuar com esse cenário porque o país não tem condições para providenciar recursos dessa forma. As acções que estamos a materializar agora abrangem a instalação de painéis solares em algumas unidades de produção de gelo que estão localizadas nas pequenas comunidades piscatórias. Por exemplo, juntamente com a cooperação japonesa vamos instalar unidades de produção de gelo multifacetadas que vão ter fornecimento de energia através de painéis solares. Aí estaríamos na situação de garantir a sustentabilidade dessas unidades e a resolver boa parte dos problemas que são postos neste momento pelas comunidades de pesca artesanal.
Quando estarão a funcionar estas unidades?
Já no primeiro trimestre de 2013 vamos ter a primeira unidade na localidade de Salamansa, em São Vicente. Vai ser uma unidade multifacetada, com energia fornecida através de painéis solares. Outros intervenientes da comunidade, embora não estejam di-rectamente ligados ao sector da pesca vão também beneficiar deste projecto. Vamos ter cerca de 100 famílias que vão também receber painéis solares.
"Estamos à procura de parceria público-privada
São proporções totalmente incomparáveis, para não falar da China. O que Cabo Verde deve ambicionar é diferenciar e providenciar um produto de alto valor acrescentado que seja capaz de diferenciar-se relativamente aos produtos de Marrocos e da China. Portanto, não devemos pensar em competir com Marrocos ou com a China em termos quantitativos. Nós temos um potencial máximo de captura que dá uma média de 40 mil toneladas ano, que para alguns técnicos até se encontra empolado. Esse potencial médio não se compara em nada com o potencial disponível para Marrocos e a China.
Essa disparidade potencial de que fala não impede o governo de modernizar a frota nacional e torná-la mais competitiva.
Está, e de que maneira. As embarcações que estavam paradas, estão todas em funcionamento neste momento. Várias embarcações foram requalificadas: atuneiros que foram reconvertidos para cercadores.
Portanto, neste momento há todo um esforço para que o país seja auto-suficiente no que se refere ao fornecimento de matéria-prima à indústria conserveira e não só. As embarcações da Atlântico Tuna estão quase todas em funcionamento e temos vindo a criar condições para que outros intervenientes ligados ao sector das pescas possam requalificar as respectivas embarcações. Portanto, estão criadas as condições, dentro das possibilidades do país, para que possamos ser auto-suficientes, por exemplo, no que se refere ao fornecimento de matéria-prima à indústria conserveira. É bom que se saiba que os mares de Cabo Verde não têm tanto pescado quanto eventualmente possa parecer. Portanto, há um limite que se pode atingir, no que se refere à captura. Mas modéstia à parte, consideramos o nosso pescado de melhor qualidade quando comparado com outras paragens...
Os outros países também dizem que o seu peixe é o melhor do mundo.
Aí cada um está a vender o seu peixe. Nós temos de vender o nosso.
Combate à pesca ilegal
Que medidas de prevenção e combate à pesca ilegal tem tomado o
governo? O governo tem vindo a reforçar a fiscalização na componente preventiva e repressiva. Nós temos vindo não só a apetrechar a Guarda Costeira e outras entidades com mais recursos humanos e materiais, mas temos vindo também a formar, capacitar, sensibilizar e a estabelecer parcerias a montante para resolvermos o problema da pesca ilícita, não declarada e não regulamentada. Nós estamos cientes de que a salvaguarda dos recursos marinhos de Cabo Verde sobressai como uma condição sine qua non para o sucesso do desenvolvimento sustentável de Cabo Verde nesse domínio. E é por isso que procedemos à aquisição não só do Guardião, como à reactivação de outras embarcações da Guarda Costeira para patrulhar as nossas águas. Para além disso, temos cooperação com países amigos como Portugal, como a Espanha e os Estados Unidos que vêm a Cabo Verde patrulhar, juntamente com as nossas autoridades, as nossas águas, visando combater a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada. A montante temos vindo a instalar também sistemas que permitem monitorizar as embarcações via satélite. Foi aprovado, há pouco tempo, a legislação que obriga as embarcações a terem o sistema de monitorização VMS, que nos permite monitorizar as embarcações que estão a pescar dentro das nossas águas territoriais. É um conjunto de acções que temos vindo a materializar que estão a dar resultados. Aliás, são os relatórios elaborados pelas próprias autoridades que serviram de base para as queixas. Isso demonstra que, de facto, as autoridades estão atentas e estão a materializar as acções conducentes à salvaguarda dos nossos recursos marinhos.
Os operadores temem que com a privatização dos estaleiros, os barcos nacionais dei-xam de ter acesso aos serviços. É real este receio?
De forma alguma. O governo privatiza, propugnando melhor a eficiência da empresa, para que possa ser mais competitiva, gerar mais riqueza e para que possa contribuir, como no caso da Cabnave para a materialização da estratégia subjacente ao Cluster do Mar, diria Hiper Cluster do Mar. Evidentemente que o governo acautela sempre os interesses nacionais e a recuperação das embarcações nacionais está também no grupo dos nossos interesses nacionais.
O governo continua a não encontrar um parceiro para a privatização da Cabnave e a esperança na empresa CNFC ficou descartada na última visita do Primeiro-ministro à China.
Nada está descartado. Neste momento estamos em negociações com a CNFC (China International Fisheries Corp), mas também estamos em negociação com outras empresas, tendo como alvo ter a Cabnave como uma base de reparação naval. As negociações com a CNFC não estão descartadas porque têm vários aspectos que estão em curso. Portanto estamos seguros que iremos chegar a bom porto nestas negociações.
No âmbito das actividades alternativas à pesca tradicional, existe um projecto privado de aquacultura para criação de camarões financiado pela Holanda. Porque é que o projecto não arrancou ainda?
Neste momento existe um documento assinado entre o Estado e os promotores do projecto Fazenda do Camarão. É uma iniciativa privada e acarinhada pelo Estado que assinou esse documento para permitir que os promotores possam materializar esse projecto que consideramos importante para o desenvolvimento da aquacultura em Cabo Verde. Neste domínio já temos um quadro estratégico que foi co-financiado pela FAO e pretendemos, proximamente, em parceria com determinadas entidades, cultivar a tilápia nas barragens. Existem alguns projectos relativamente à aquacultura que sobressaem como sendo importantes para desenvolvermos esse domínio alternativo à pesca extractiva, em si...
Mas quando é que poderá arrancar o projecto do cultivo dos camarões?
Trata-se de um projecto privado e pelas informações que tenho o projecto já arrancou. Ou seja, o projecto não parou e está a ter o seu seguimento, prevendo-se que no futuro possamos ter a primeira despesca, como se costuma dizer. É um projecto privado que tem vindo a ter o apoio do governo que recentemente assinou a convenção de estabelecimento com os promotores do projecto.
27-10-2012
António Monteiro, Redacção Praia
António Monteiro, Redacção Praia
CV:Luís Carlos Silva apresenta candidatura para liderança da JPD
Luís Carlos Silva (Zezito) apresentou esta quarta-feira 24, a sua candidatura para a liderança da Juventude para a Democracia (JpD) ao presidente do MPD, Carlos Veiga. O candidato da lista M fez-se acompanhar neste encontro por grande parte de seus apoiantes e integrantes da lista.
Durante o encontro, o candidato apresentou ao líder do MpD os principais pilares que sustentam a sua candidatura para a liderança do Juventude Democrática.
A institucionalização e a relação externa da JpD, o enquadramento ideológico do partido, e a transformação da Jota num centro de competências, foram as ideias apresentadas.
Propostas que foram recebidas com agrado pelo líder do partido. “Sinto-me satisfeito por ver esta nova geração de jovens do partido, sobretudo por terem alguma experiência a disponibilizarem-se para este processo eleitoralista e democrático de escolha da direcção da Juventude Democrática. Isto é um bom sinal, que dá muita confiança ao futuro do partido”.
Para além de apresentar as suas ideias e soluções, para uma JpD “mais presente e activa na sociedade”, Silva levou algumas preocupações da sua lista ao líder do MpD, especialmente no que se refere à organização da próxima convenção do J.
Carlos Veiga garantiu que irá fazer tudo para que a convenção aconteça e que seja “realizada em condições adequadas", que garantam o exercício de direito de todos aqueles que querem participar neste processo eleitoral. "Queremos criar todas as condições para que a convenção aconteça antes do fim deste ano”, finalizou Veiga.
ASemana.cv
FUTEBOL: Luis Filipe Vieira reeleito com 83 dos votos
Vieira reeleito com 83 dos votos: Quarto mandato para o presidente encarnado, após a maior votação da história do Benfica. Vitória esmagadora sobre Rui Rangel, mas com um registo abaixo da média de 90 que Luís Filipe Vieira tinha recolhido em eleições passadas.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Um país oferece a sua cultura “não são políticos nem economistas”
Um país oferece a sua cultura “não são políticos nem economistas”: Escritor é o convidado do programa “Ensaio Geral” da Renascença depois das 23 horas.
CICLISMO:Ninguém vence na secretaria o que Armstrong perdeu
Ninguém vence na secretaria o que Armstrong perdeu: As sete Voltas a França tiradas ao norte-americano ficam sem vencedor.
PORTUGAL:Alunos carenciados em Castelo Branco já levam sobras da cantina para casa
Alunos carenciados em Castelo Branco já levam sobras da cantina para casa: Director de uma das escolas da cidade explica que têm sido servidos pequenos-almoços acrescidos na cantina, porque, infelizmente, sabemos que a única refeição que têm por vezes é a da cantina da escola.
CV:Orçamento do Estado para 2013 deveria ter crescimento zero - Carlos Veiga
O presidente do Movimento para a Democracia (MpD-oposição), Carlos Veiga, defende que o Orçamento do Estado (OE) para 2013 deveria ter um crescimento zero e uma “redução substancial” nas despesas de consumo intermédios do Estado.
O líder do maior partido da oposição fez estas declarações numa entrevista esta quinta-feira publicada pelo semanário A Nação.
Segundo o líder do MpD, o OE-2013 deve dar sinais “muito claros” de incentivo à iniciativa privada e ao investimento privado.
Sem entrar em pormenores sobre o Orçamento, porque alega não conhecê-lo ainda, Carlos Veiga acusou o executivo de José Maria Neves de, mais uma vez, não cumprir a “obrigação de ouvir os partidos da oposição” sobre as linhas gerais do OE.
Sobre um possível pacto entre os diversos actores políticos cabo-verdianos, repto esse reiterado há duas semanas pelo primeiro-ministro, Carlos Veiga disse que o seu partido não irá assinar qualquer pacto sem discutir de acordo com os “valores, princípios, projectos e programas” do partido.
“Não iremos, simplesmente, aceitar soluções do Governo porque estamos em crise, quando quem criou essa crise foi o Governo, que criou a situação em que estamos a viver”, afirmou o líder da oposição, citado pelo A Nação.
Para Carlos Veiga, o pacto não é “o PAICV decide e o MpD dizer amém”.
“O pacto é nós discutirmos, termos a capacidade de ouvir o que é que o Governo tem para nos dizer, com interesse; e o Governo ter a capacidade de ouvir o que nós temos a dizer, com interesse”, explicou Veiga, acrescentando que “não pode haver pacto” se não há esse tipo de relacionamento.
Nesta longa entrevista a Nação, Carlos Veiga afirmou que é favorável à existência de uma incompatibilidade entre o exercício de profissões liberais e a função de deputado.
Mas para isso, disse ele, há que discutir a retribuição do deputado, caso contrário, não haverá gente “altamente competente”, interessada em ser deputado.
“O deputado não ganha muito”, enfatizou Veiga, para quem existe uma “ideia errada” que perpassa na sociedade e é “muito cultivada” muitas vezes por “pessoas que ainda não entenderam” que para haver democracia é preciso ter um Parlamento, deputados e partidos.
No capítulo económico, o líder do MpD entende que Cabo Verde caminha para o “abismo” e para uma situação social “muito dura”.
26-10-2012
Fonte: Inforpress/ExpressodasIlhas
Fonte: Inforpress/ExpressodasIlhas
CV:Relações com Cabo Verde são "excelentes" -- embaixadora norte-americana
Cidade da Praia, 25 out (Lusa) - As relações entre os Estados Unidos e Cabo Verde são "excelentes" e com grande margem de progressão, independentemente de quem ganhar as eleições norte-americanas de 06 de novembro, disse hoje à agência Lusa a embaixadora na Cidade da Praia.
Adrienne O'Neal, acreditada em Cabo Verde desde 09 de dezembro de 2011, salientou a importância que o arquipélago cabo-verdiano tem no contexto do Atlântico - ligação entre as Américas, Europa e África -, e que o caminho a seguir passa pela diversificação das relações comerciais e de cooperação.
As relações entre o arquipélago e os Estados Unidos são das mais antigas, datam de 1740, quando os baleeiros norte-americanos começaram a recrutar pescadores nas ilhas da Brava e do Fogo.
Atualmente, as relações bilaterais têm crescido significativamente, apesar de Cabo Verde ocupar, em 2011, um modesto 201.º lugar nas importações norte-americanas - apenas um milhão de dólares (cerca de 782 mil euros), mas mais 3,5 por cento do que em 2010.
Em sentido contrário, as exportações norte-americanas para Cabo Verde cresceram, de 2010 para 2011, cerca de 14 por cento, atingindo os 11 milhões de dólares (8,6 milhões de euros), deixando o arquipélago como o não menos modesto 198.º destino das mercadorias oriundas dos Estados Unidos.
Atualmente, Cabo Verde beneficia da Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) norte-americana, através do programa Millennium Challenge Corporation (MCC), e da antena local, Millennium Challenge Account (MCA), sendo o único país de rendimento médio a obter, da parte dos Estados Unidos, o segundo compacto MCC.
O primeiro vigorou entre 2005 e 2011, no valor de 110 milhões de dólares (86 milhões de euros), e privilegiou a melhoria do clima económico, das reformas das políticas públicas e privadas e da produtividade agrícola, de estrada, pontes e portos, além de melhorar o acesso da população aos mercados, emprego e serviços sociais.
O segundo, no montante de 66,2 milhões de dólares (52 milhões de euros), entrará em vigor a 30 de novembro próximo, com o foco nas questões ligadas à água, saneamento e à reforma da administração territorial.
Paralelamente, os Estados Unidos, onde reside 51 por cento do total da diáspora cabo-verdiana, têm procurado diversificar as relações, mantendo-se como a principal a defesa e segurança do arquipélago que, pela sua posição geográfica, tem servido de plataforma de trânsito de tráficos ilícitos oriundos da América do Sul e a Europa.
"A localização de Cabo Verde não vai mudar, pois a posição geográfica é estratégica e de benefício para as Américas, Europa e África", sublinhou O'Neal, indicando que a Cidade da Praia tem tido um papel "importante" nesse combate.
"Estamos a tentar diversificar as nossas relações, sobretudo no investimento comercial e na formação. Gostaríamos de ter mais estudantes cabo-verdianos a estudar nas nossas universidades", acrescentou, lembrando que a cooperação estende-se também aos assuntos políticos.
"Cabo Verde é muito importante para nós. Acredito que, devido à sua posição estratégica, nada se altere nas relações bilaterais", concluiu O'Neal, aludindo à disputa eleitoral entre Barack Obama e Mitt Romney, marcada para 06 de novembro.
JSD // HB/Lusa/Fim
Portugal: Detido o homem que burlou centenas de pessoas com bilhetes para Cabo Verde 26 Outubro 2012 -
A Polícia Judiciária portuguesa anunciou esta quinta-feira a detenção do proprietário de uma agência de viagens que burlou centenas de pessoas na venda de voos para Cabo Verde. De acordo com a PJ, o suspeito utilizou uma empresa - a Abrimar - para vender um elevado número de passagens aéreas apesar de saber que os compradores não os poderiam utilizar, perante o incumprimento dos pagamentos acordados pela sua empresa com a companhia de aviação que era suposto fazer as ligações aéreas.
A Lusa escreve que o detido terá vendido centenas de viagens de
ida e volta a Cabo Verde e muitas pessoas não conseguiram embarcar nos aviões em
Portugal e as que o fizeram, mais tarde, não conseguiram regressar.
O homem, de nacionalidade cabo-verdiana, tem antecedentes
criminais e estava "impedido de celebrar contratos e de renovar documentos de
identificação" em Portugal, avançou ainda a fonte. O cabo-verdiano, de 48 anos,
está indiciado por burla qualificada a um número ainda não determinado de
pessoas e pelo menos a duas sociedades comerciais, em crimes que atingem várias
centenas de milhares de euros.
A 25 de Agosto, dezenas de pessoas ficaram retidas em Cabo Verde
devido ao cancelamento de voos de uma companhia aérea, uma vez que a agência de
viagens que teria vendido as passagens, encerrou.
26 Outubro 2012
26 Outubro 2012
http://asemana.sapo.cv/spip.php?article81483&ak=1
Centenas de passageiros burlados: Agência Abrimar fecha as portas e White Airways cancela voos
Centenas de passageiros burlados: Agência Abrimar fecha as portas e White Airways cancela voos
Duas centenas de pessoas que compraram passagens de ida e volta Cabo Verde – Portugal nas agências Abrimar, em Lisboa, para viajar em voos da White Airways ficaram em terra. São na maioria emigrantes e estudantes em férias que foram aliciados com passagens de baixo custo mais 50 quilos de bagagem, mas o barato saiu-lhes caro. A charter White Airways cancelou os voos e a Abrimar está incomunicável. Em Cabo Verde, quer as agências de viagens quer os ministérios das Comunidades e das Relações Exteriores já lavaram as mãos. Para a Agência do Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) esta é, de facto, uma situação-limite, mas diz não saber a quem os passageiros lesados devem recorrer.
Por: Constânça de Pina
Carla Tavares, emigrante há 10 anos em Portugal, é um dos rostos
do desespero. Construiu a sua vida em terras lusas, mas este Verão resolveu
voltar ao seu querido Cabo Verde com as três filhas para gozar umas merecidas
férias. Agora quer retornar a Portugal, para trabalhar, e embora de passagem na
mão não consegue viajar porque a White Airways cancelou todas as ligações para
Portugal. Inconformados, na quarta-feira, dezenas de passageiros que estão na
mesma situação de Carla Tavares invadiram as instalações da agência Aliança
Kriola, numa última tentativa de dar a volta a uma situação que já parece
irremediável.
“Vim para Cabo Verde no dia 3 e deveria regressar no dia 31. Hoje
vim confirmar o meu regresso e informaram-me que já não haverá mais voos.
Telefonei para a Abrimar, mas ninguém atende. O meu marido, que está em
Portugal, foi à agência e encontrou-a de portas fechadas. Por acaso, esbarrou no
dono da agência num transporte público, questionou-o e este lhe disse que
devíamos dirigir-nos à Aliança Kriola, em Cabo Verde, que resolveria tudo. Mas
aqui disseram-nos que se limitaram a vender os bilhetes”, conta Carla Tavares
cujo caso nem sequer é o mais grave.
Diariamente dezenas de passageiros, em alguns casos famílias
inteiras, deslocam-se ao Aeroporto Internacional da Praia para tentar embarcar.
Muitos vêm do interior de Santiago, o que implica elevados gastos com transporte
e alimentação, pois permanecem ali o dia inteiro à espreita de uma oportunidade
para viajar. Mas também há muitos estudantes que vão iniciar o ano lectivo nos
primeiros dias de Setembro. “Há famílias de sete pessoas que vieram de férias,
investiram o seu dinheiro em obras nas suas casas e em encomendas para os
familiares. Agora não têm um tostão para comprar a passagem de regresso, o que
vão fazer esses pobres coitados? Também temos estudantes em férias que compraram
as suas passagens com muito esforço e agora não têm condições para sequer
adquirir um segundo bilhete de passagem. A situação é complicada”, diz Sérgio
Querido, da agência Cabetour.
O problema assume contornos desastrosos, até de direitos humanos,
quando se sabe que estão metidas nessa “embrulhada” muita gente com poucos
recursos e formação – muitos deles trabalhadores braçais que não sabem a quem
dirigir-se, não têm dinheiro para contratar um advogado, estão longe de Portugal
–, que correm o risco de ficar para sempre em Cabo Verde, por falta de recursos
para voltar a Portugal. Mais: com a crise que se vive hoje naquele país, onde os
despedimentos são o pão de cada dia, a probabilidade de não encontrarem trabalho
quando para lá voltarem é muito grande.
E a “afronta” é dos dois lados porque daqui de Cabo Verde partiram
muitos passageiros que agora estão em Portugal a fazer contas à vida para ver
como podem regressar. Enfim, neste “caçubody” generalizado aplicado por uma
empresa portuguesa que não aparece registada em nenhum lado – a Associação
portuguesa de Agências de Viagens e Turismo já disse que não conhece nenhum
sócio com esse nome –, ninguém escapou. Até as duas agências de viagens
caboverdianas que por cá deram a cara pelo negócio – Aliança Kriola e uma outra
da Calheta estão agora a amargar os prejuízos: venderam os bilhetes, pagaram à
Abrimar e agora chupam o dedo a enfrentar um grande desgaste da sua imagem,
analisa Querido.
Este operador diz compreender a aflição dos passageiros, mas
lembra que a Aliança Kriola foi igualmente enganada pela Abrimar. “A Aliança
Kriola limitou-se a vender alguns bilhetes, assim como fizeram outras agências.
Não tem qualquer responsabilidade neste caso, mas arranjou bilhetes em outras
companhias aéreas para os seus clientes a fim de evitar ser acusada de
conivência. Ou seja, as empresas cabo-verdianas estão a ser responsabilizadas
pela vigarice de uma agência de viagem que é portuguesa”, considera Sérgio
Querido.
Os voos da White Airways são muitos procurados pela comunidade
cabo-verdiana, explica este operador, porque vende passagens abaixo da tabela
praticada pelas companhias aéreas de carreira. A TACV e a TAP, por exemplo,
estavam a vender bilhetes por 87 mil escudos, incluindo as taxas, mas os
passageiros da White Airways pagaram apenas 530 euros, ou seja, 58.300 escudos,
e ainda tinham direito a transportar 50 quilos de bagagem. “Era um grande
chamariz e os primeiros voos vieram todos cheios. Depois começaram os
cancelamentos e as desresponsabilizações”, lembra Sérgio Querido.
Voos cancelados
Três voos programados para os dias 10, 17 e 24 de Agosto foram
cancelados. E não há confirmação se o voo do dia 31 vai acontecer. O primeiro
cancelamento mereceu destaque na RTP África e indiciou aos passageiros dos voos
agendados para os dias seguintes que algo não ia bem. E o pior aconteceu: 57
passageiros estiveram vários dias no aeroporto de Lisboa à espera do voo da
White Airways que os devia trazer à cidade da Praia. Queixavam-se sobretudo da
falta de informação e do desrespeito por parte da agência Abrimar.
A White Airways justificou o cancelamento do voo com incumprimento
do acordo por parte da Abrimar. Esta, por sua vez, garantiu à Associação
Portuguesa das Agências de Viagem e Turismo (APAVT) que iria reembolsar os
passageiros que ficaram sem viajar para Cabo Verde. Entretanto, no dia 20, a
Abrimar colocou no seu site um comunicado em que admitia que o cancelamento do
voo do dia 10 com destino à cidade da Praia causou muitos incómodos aos
passageiros, mas ao mesmo tempo ilibava a companhia aérea de qualquer
responsabilidade.
Além disso, na mesma nota, a Abrimar explicava que o cancelamento
do voo do dia 10, após a realização de uma ligação no dia 3 em que se bateu o
recorde de passageiros, deveu-se a “interferências de origem desconhecida junto
dos passageiros, tendo-lhes sido transmitido que não haveria voo nesse dia”.
Mais, face ao número reduzido de passageiros que ainda se dispuseram a viajar, e
consumado o cancelamento, a Abrimar explica que contratou lugares em voos
alternativos e, nesse mesmo dia, viajaram cerca de 30 pessoas. Os restantes
seguiram um dia depois. Quanto aos outros voos entretanto cancelados – nos dias
17 e 24 - nenhuma palavra.
Autoridades desresponsabilizam-se: “Este é um
caso comercial”
As autoridades cabo-verdianas garantem que estão a acompanhar pela
imprensa o drama destes cabo-verdianos que foram burlados pela Abrimar. Os
ministérios das Relações Exteriores e das Comunidades desresponsabilizam-se, no
entanto, alegando que este é um caso “puramente comercial”. Entretanto, admitem
que poderão agir caso os visados solicitem apoio consular. Já a embaixadora de
Cabo Verde em Portugal, Madalena Neves, de acordo com a assessoria de imprensa
do Mirex, foi informada sobre esta situação pelo próprio ministro, depois de
este ter sido abordado pelo jornal A Semana.
De acordo com o assessor de imprensa do Mirex, essa situação –
passageiros que não puderam viajar porque a White Airways cancelou os voos em
que deviam seguir para Praia e Lisboa – é um problema que deve ser resolvido
entre os passageiros lesados e as agências de viagem, inclusive com recurso aos
tribunais. “O Mirex só vai agir a partir do momento em que os lesados
solicitarem apoio consular directamente ao Ministério ou à nossa embaixada em
Portugal”, diz Jorge Martins, para quem o caso ainda não chegou à esfera das
relações entre os Estados de Cabo Verde e Portugal.
Igual entendimento tem o Ministério das Comunidades. Fernanda
Fernandes, também através da sua assessoria, mandou dizer que o assunto deve ser
tratado junto das agências de viagem que venderam os bilhetes.
Apesar de se mostrar sensível ao problema e admitir que esta “é
uma situação limite”, o director da Agência para o Investimento e Comércio
Externo de Portugal (AICEP) em Cabo Verde, Armindo Rios, prefere explicar que
todos os dias há no seu país dezenas de empresas que fecham as portas por causa
da crise e que a agência de viagens Abrimar será apenas mais uma.
“A White Airways é uma companhia aérea charter que provavelmente
não recebeu o dinheiro das passagens da agência e optou por deixar os
passageiros em terra. Quanto à Abrimar duvido que seja sócia da Associação
Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo, que poderia obrigá-los a assumir as
suas responsabilidades para com os passageiros. Diante disto, não sei a que
autoridade ou entidade os passageiros poderão recorrer para resolver esta
situação”, conclui Rios.
A Abrimar Travel, refira-se, apresenta-se no seu site oficial –
abrimaronline.com – como organizadora de viagens, concebendo e comercializando
pacotes turísticos, além de ser intermediária na venda de bilhetes de avião,
cruzeiros, alojamentos, rent-a-car. Também comercializa produtos turísticos
através da Internet, fornecendo aos consumidores informações sobre preços
competitivos, simplicidade e comodidade.
26 Agosto 2012
26 Agosto 2012
CV:Manuel de Pina visita obras em construção no município 26 Outubro 2012
Cidade Velha-O presidente da Câmara Municipal de Ribeira Grande de Santiago, Manuel de Pina, visitou esta quarta-feira, 24, as localidades de Calabaceira, João Varela, Bairro de Santo António e Gouveia para se inteirar do andamento das obras nessas zonas do seu município.
As duas placas desportivas que estão a ser construídas nas localidades de
Calabaceira e João Varela, casas sociais (Bairro de Santo António), a rede de
distribuição de água canalizada ao domicílio (Gouveia) são as obras que
mereceram a atenção do autarca ribeira-grandense.
Asemana.cv
CV:O longo caminho de Cabo Verde para os padrões europeus está a um terço
Lisboa, 24 out (Lusa) - O estatuto especial que Cabo Verde detém desde 2007 junto União Europeia (UE) tem permitido apoiar o pequeno arquipélago de meio milhão de habitantes a elevar os padrões do nível de vida, sobretudo numa altura de crise internacional.
Elevado também a país de rendimento médio em 2008, com um período de
transição a terminar já em 2013 - o que obrigará as autoridades a ir ao mercado
em condições normais -, Cabo Verde tem ainda um longo caminho a percorrer para
chegar ao tão almejado, e assumido, país desenvolvido.
A Parceria Especial assenta em seis pilares - boa governação, segurança e estabilidade, integração regional, transformação, modernização e convergência técnica e normativa, sociedade do conhecimento e da informação e luta contra a pobreza e pelo desenvolvimento - e em todos eles Cabo Verde tem dado resposta positiva.
Isso mesmo foi já assumido pelo delegado da Comissão Europeia (CE) na Cidade da Praia, ao considerar Cabo Verde um "país especial", pois tem cumprido, além do calendário, os valores inerentes à parceria com a UE: boa governação, transparência económica, respeito pelos direitos humanos e consolidação da democracia.
José Manuel Pinto Monteiro, sem pormenorizar, defendeu que a cooperação entre as duas partes tem de conter, de futuro, maior conteúdo, razão pela qual espera que a visita que o presidente da CE, José Manuel Durão Barroso, efetua sexta-feira e sábado a Cabo Verde possa vir ajudar a melhorá-lo.
José Maria Neves, primeiro-ministro cabo-verdiano, não escondeu já a ambição de elevar Cabo Verde, dentro de 10/15 anos, ao nível de "tudo menos instituições", isto é, participar em todos os programas ao mais alto nível, à exceção das reuniões das comissões, uma vez que é um estado africano.
A informatização de toda a administração pública é um dos passos que Cabo Verde deu de início, consciente de que um pequeno país poderá alcançar os objetivos definidos noutra parceria com os "27", esta ligada à mobilidade.
A livre circulação é uma das grandes ambições, mas o caminho terá de se fazer devagar, recordou José Maria Neves, que se tem socorrido da "muleta" da Macaronésia - que integra Açores, Madeira e Canárias - para tentar, mais tarde, obter financiamentos de programas de apoio às regiões ultraperiféricas da Europa.
A corrida aos financiamentos antes de terminar o período de transição é, aliás, uma das preocupações das autoridades cabo-verdianas, que têm estado a diversificar as relações e os contactos para que o acesso a fundos venha de países que, tradicionalmente, nada têm a ver com Cabo Verde.
Não depender de uma Europa em crise é, por isso, o paradoxo enfrentado por Cabo Verde que, ao mesmo tempo, vive dependente do "Velho Continente", para onde segue o grosso das exportações e de onde provém a quase totalidade das importações.
JSD// HB/Lusa/Fim
*** José Sousa Dias, da agência Lusa ***
A Parceria Especial assenta em seis pilares - boa governação, segurança e estabilidade, integração regional, transformação, modernização e convergência técnica e normativa, sociedade do conhecimento e da informação e luta contra a pobreza e pelo desenvolvimento - e em todos eles Cabo Verde tem dado resposta positiva.
Isso mesmo foi já assumido pelo delegado da Comissão Europeia (CE) na Cidade da Praia, ao considerar Cabo Verde um "país especial", pois tem cumprido, além do calendário, os valores inerentes à parceria com a UE: boa governação, transparência económica, respeito pelos direitos humanos e consolidação da democracia.
José Manuel Pinto Monteiro, sem pormenorizar, defendeu que a cooperação entre as duas partes tem de conter, de futuro, maior conteúdo, razão pela qual espera que a visita que o presidente da CE, José Manuel Durão Barroso, efetua sexta-feira e sábado a Cabo Verde possa vir ajudar a melhorá-lo.
José Maria Neves, primeiro-ministro cabo-verdiano, não escondeu já a ambição de elevar Cabo Verde, dentro de 10/15 anos, ao nível de "tudo menos instituições", isto é, participar em todos os programas ao mais alto nível, à exceção das reuniões das comissões, uma vez que é um estado africano.
A informatização de toda a administração pública é um dos passos que Cabo Verde deu de início, consciente de que um pequeno país poderá alcançar os objetivos definidos noutra parceria com os "27", esta ligada à mobilidade.
A livre circulação é uma das grandes ambições, mas o caminho terá de se fazer devagar, recordou José Maria Neves, que se tem socorrido da "muleta" da Macaronésia - que integra Açores, Madeira e Canárias - para tentar, mais tarde, obter financiamentos de programas de apoio às regiões ultraperiféricas da Europa.
A corrida aos financiamentos antes de terminar o período de transição é, aliás, uma das preocupações das autoridades cabo-verdianas, que têm estado a diversificar as relações e os contactos para que o acesso a fundos venha de países que, tradicionalmente, nada têm a ver com Cabo Verde.
Não depender de uma Europa em crise é, por isso, o paradoxo enfrentado por Cabo Verde que, ao mesmo tempo, vive dependente do "Velho Continente", para onde segue o grosso das exportações e de onde provém a quase totalidade das importações.
JSD// HB/Lusa/Fim
*** José Sousa Dias, da agência Lusa ***
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