“Inspeção” da IGT posta em causa
Quando esteve na ilha das Dunas, João Carvalho ouviu os trabalhadores na presença dos empregadores e das chefias. Um procedimento estranho que contraria todas as normas internacionais de inspeção laboral. E o Liberal sabe que Júlio Ascensão Silva tem provas da denúncia feita recentemente
A realidade do sistema laboral na Boa Vista é mesmo dura, segundo a nossa fonte, que diz que Ascensão Silva “não é doido nem irresponsável” (foto de arquivo) |
Praia, 25 dezembro 2012 - O caso da denúncia de “trabalho escravo” em unidades hoteleiras da Boa Vista, feita pelo sindicalista Júlio Ascensão Silva, seguramente vai continuar a gerar polémica. Fonte do Liberal garantiu que a Inspeção-geral do Trabalho (IGT) não teve tempo para se inteirar da situação e, ademais, João Carvalho - o responsável máximo da IGT – (na foto) ouviu os trabalhadores na presença do empregador e dos seus superiores hierárquicos. “Como é que eu, estando a ser inquirido na presença do meu chefe, posso fazer qualquer denúncia?!” - interroga-se um trabalhador, que desafia o governo a constituir uma comissão independente que integre sindicalistas.
ASCENSÃO SILVA TEM PROVAS
A realidade do sistema laboral na Boa Vista é mesmo dura, segundo a nossa fonte, que diz que Ascensão Silva “não é doido nem irresponsável” e pergunta o porquê de a Inspeção-geral do Trabalho não ter convidado o sindicalista para essa missão na Boa Vista. Liberal sabe que Júlio Ascensão Silva tem provas contundentes, que vai usar como trunfo nos próximos tempos e, conseguindo provar, o governo terá de rever a sua posição a fim de defender os direitos dos trabalhadores à luz da convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) ratificada pelo Estado de Cabo Verde.
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