sábado, 16 de outubro de 2010

CV:Os dez factores de fracasso de JMN, por Francisco Tavares

OS DEZ FACTORES DE FRACASSO DE JOSÉ MARIA NEVES E DO PAICV
1. Falhou na promoção das economias locais
Em fez de apostar na promoção de micro e de pequenas e médias empresas no meio rural para modernizar a agricultura e promover o turismo rural, os serviços e em as economias locais, como apontaram estudos insuspeitos, preferiu desviar as associações comunitárias da sua missão essencial e promove-las como empresas que nunca podem nem poderão ser. Consequência: As economias locais não se modernizaram, a economia informal ganha terreno, o desemprego aumenta, a produção nacional não cresce nem diversifica-se, a base produtiva não alarga-se, a base fiscal não expande, aumenta a violência fiscal sobre as empresas, não há melhoria na distribuição de rendimentos e aumentam as desigualdades. O turismo ficou pelo all-inclusive que não aproveita aos CABO-VERDIANOS, POIS NÃO ACRESCEnta muito valor, não CRIA EXTERNALIDADES PARA O SECTOR PRODUTIVO NACIONAL, NEM EMPREGO E POR CONSEQUENCIA NÃO DISTRIBUI RENDIMENTO.
2. Alargou a oferta de ensino superior mas aumentou a exclusão educativa no ensino secundário e superior.
O abandono escolar está em nível superior a 20% a nível secundário como atesta o QUIBB, por insuficiência do investimento no transporte escolar e injustiça na administração das propinas pelas escolas secundaras. A maioria dos jovens filhos de pobres não consegue ter acesso à formação superior, pois não tem recursos. As Câmaras Municipais esforçam-se até ao limite das suas capacidades sem efectivo reconhecimento pelo governo que perdeu a oportunidade de criar um Fundo de Garantia para bolsas-crédito que possibilita e incentiva as famílias e os jovens a investirem na formação superior. Não fez. Não porque faltou dinheiro, pois nunca o País teve tantos recursos financeiros. Faltou visão estratégica, faltou decisão acertada. Consequência: Elitismo na formação superior e exclusão dos mais pobres, o que não favorece a justiça social nas transferências públicas às famílias e antes favorece a exclusão dos pobres e potencia a transmissão intergeracional na pobreza.
3. Perdeu a oportunidade de construir uma plataforma de cumplicidades com os municípios para o bem-estar.
Teve dos autarcas e da ANMCV, mão estendida e disponibilidade para construir uma plataforma de cumplicidades para o bem-estar dos cabo-verdianos, como alias o Presidente da ANMCV comprometeu-se em audiência com o Primeiro Ministro. O Governo preferiu discriminar e hostilizar os municípios. Nunca considerou a ANMCV como instância de convergência dos municípios e onde deve procurar o dialogo com os Municípios. Até apelidou a Associação de arrogante. Em vez de ter o Presidente da ANMCV e toda a Associação como instância de dialogo técnico e politico, de consulta, preferiu hostilizar por todos os meios, especialmente os ilícitos, o Presidente da ANMCV, desprezou e continua a desprezar as iniciativas desta Associação que não tem em devida conta como parceira, salvo os convites para sessões de abertura e encerramento e fora técnicos. Disperdiçou a oportunidade de aproveitamento dos 22 Presidentes de Câmaras Municipais, 22 equipes de Vereadores e 22 Assembleias Municipais como verdadeiras parceiras .
4. Passou ao lado do essencial na politica cultural.
Não deu valor, não promoveu nem incentivou a musica e os músicos cabo-verdianos que é o produto cultural que mais se exporta e mais potencial de exportação tem. Prova é que por exemplo, pode-se assistir a bons concertos de Cesária Évora fora do País.
5. Não promoveu a solidariedade nacional
O capital de cabo-verdiano de solidariedade desmoronou-se, aumentando a dependência das famílias em relação ao Estado e Municípios e a cultura assistencialista. Falou a educação para a cidadania que valorize as boas praticas da cultura e tradição cabo-verdianas.
7. Não conseguiu níveis de crescimento económico que consigam reduzir de forma sustentada a pobreza absoluta que está a aumentar, pois crescemos abaixo de 6%.
A economia não gera riqueza suficiente para suportar as necessidades de consumo e investimento, as receitas do Estado não crescem por forma a criar condições para sustentar um Estado cada vez mais gordo e os investimentos, em suma, o financiamento interno é exíguo e o Governo prefere recorrer ao endividamento externo colocando-nos na rampa da Grécia.
8.Falhou no domínio da habitação
Só em finais do segundo mandato arranca com a politica da habitação, excluindo os municípios, promovendo programas de campanha politica com habitação social através de Câmaras paralelas, fomentando a conflitualidade entre as Câmaras Municiais e as Associações Comunitárias, dividindo para reinar. Consequência: Deixa um défice habitacional de cerca de 40.000 fogos, ou seja 4 em cada 4 famílias sem habitação e dezenas de milhares de habitações degradadas. Casa para todos é um slogan que resultará, nos moldes como está sendo conduzido pelo governo em «Casa para alguns, dívida para os cabo-verdianos e dinheiro para os portugueses».
9.A Parceria Especial com a União Europeia não saiu do papel.
Nada de especial aconteceu em matéria de convergência normativa e técnica, os municípios não são tidos em devida conta no processo e a complexidade do processo excede as reais capacidades de um Governo de miúdos que não fizeram a tarimba e limitam-se a encomendar estudos, muitas vezes com conclusões de conveniência e a copiar modelos estrangeiros. A incapacidade para avançar com este dossier pesado é evidente.
10. A emigração, ou seja a nação diasporisada não sentiu os 10 anos do governo do PAICV.
Nenhuma medida inovadora e incentivadora ocorreu. Assim, os problemas de sempre continuam. Ligações aéreas caras que não incentivam férias no País, em especial para as novas gerações, Alfândegas que desencorajam o envio de encomendas. Atendimento que desencoraja os emigrantes que merecem discriminação positiva porque só tem o tempo das férias e não todo o tempo do mundo para esperar Nenhuma medida especifica para encorajar os investimentos dos emigrantes, para além das viagens aos EUA e as promessas do PM. Aos emigrantes quer o Governo negar o direito de por uma vez escolher em consciência pela via do voto.
Um governo que não cria riqueza, não reduz o desemprego, a pobreza e as desigualdades e não deixa os municípios criarem policia municipal e sobretudo não consegue conter a insegurança e não tem politica para oferecer segurança aos Cabo-verdianos não deixa saudades. Por isso a Nação precisa de novas politicas e novos politicas, de nova pedalada e de nos paradigmas,. José Maria Neves e o PAICV não tem fôlego, cotovelo nem gente para oferecer aos cabo-verdianos.
FRANCISCO TAVARES
http://www.carlosveiga2011.com/index.php?option=com_content&view=article&id=195:os-dez-factores-de-fracasso-de-jmn-por-francisco-tavares&catid=50:blog&Itemid=69

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