O prometido é devido: Akon entrega-se à multidão na FIC
PRAIA-Pouco passava das dez horas da noite quando começou um dos mais, senão o mais aguardado concerto do ano: o rapper americano Akon estava em Cabo Verde para actuar na cidade da Praia no espaço da FIC.
Antes do cabeça de cartaz subiram vários artistas ao palco, nomeadamente os "Fidjus de Cabral"; um trio de jovens rappers da Assomada; Heavy H, que animou a noite com diversos sucessos dos mais antigos aos mais recentes; bem como artistas norte-americanos que vieram com o próprio Akon.
Antes da entrada do Akon subiu em palco, Zé Esterra , o empresário responsável pela vinda do rapper a Cabo Verde e pelo pagamento do cachet de 17 mil contos. "Eu cumpri com a minha promessa," disse com orgulho ao que acrescentou que o país está preparado para receber artistas como o Akon.
Os ánimos aqueceram quando pouco depois da uma da manhã entrou em palco a presença mais aguardada da noite - Akon. Todo de preto, de casaco comprido com luvas de pele e alguns acessórios que cintilavam sob as luzes do palco, o rapper fez as delícias do fãs ao cantar vários sucessos, mas, para o desalento de muitos, em "playback".
Foi a quando da actuação do artista que foram levantadas as barreiras entre a área VIP, cujos os bilhetes custavam quatro mil escudos e davam acesso ao hangar da FIC (atrás do palco) equipado com bar e cadeiras, e a área ao ar livre mais distante do palco, cujos bilhetes rondavam os dois mil escudos. A suspensão das barreiras levantou críticas por parte do público que pagou bilhetes mais caros.
"Locked Up", inspirado no período em que o cantor esteve preso nos EUA,"Ghetto", entre outras músicas do álbum "Trouble", primeiro trabalho discográfico do artista, "Smack That" e "Sorry, Blame It on Me" do segundo álbum "Konvicted",soaram sob o céu da FIC e os fãs cantaram também.
Um dos momentos mais altos da noite foi quando Akon entrou em palco dentro de uma bola de plástico gigante e deslizou por cima dos fãs enlouquecidos, literalmente. O artista esteve sempre acompanhado de seguranças que afastavam os fãs mais corajosos que se aventuravam em subir ao palco. Os mesmos seguranças serviam para resgatar o rapper de dentro da multidão que teimava em ficar com algum "pedacinho" que seja do cantor.
A meio da performance todos cantaram em uníssono o "Oh Africa", um dos temas do Mundial 2010, fazendo despertar as raízes africanas do artista que é de origem senegalesa.
A noite já ia alta quando soou o "Sexy Bitch", o tema que Akon interpreta juntamente com o DJ David Ghetta. Na FIC não houve Ghetta, mas o público deu-se por satisfeito com o rapper já molhado e sem camisa.
Passava das duas da manhã quando o espectáculo do Akon terminou depois de um encore. Muitos dos presentes deixaram o recinto e não aguardaram pela presença de mais artistas que subiram ao palco.
O espectáculo, que às tantas já se tinha trasnformado num espécie de festival fora de época, terminou por volta das cinco da manhã com os nacionais Ferro e Gaita, que demoram algum tempo em começar a actuar devido a problemas de som. O público não era vasto já que muitos abandonaram o recinto de modo a dirigirem-se às after-parties nas discotecas da capital.
Logística do Concerto
Em entrevista ao jornal “Expresso das Ilhas”, o Zé Esterra afirmou que já teria investido cerca de 30 mil contos neste espectáculo.Só o cachet do Akon foi de 17 mil contos, um preço já com o desconto de “quase 60 por cento”, segundo o empresário.
O espectáculo decorreu na FIC, onde o espaço habitual de estacionamento foi cercado com cerca de 60 contentores, numa extensão de cerca de 10 mil metros quadrados.
O preço dos bilhetes variou entre os quatro mil escudos para a área VIP e dois mil escudos para a plateia geral. O preço dos bilhetes comprados em cima da hora subiu ligeiramente.
O acesso a área VIP foi feito pela parte de trás do pavilhão da FIC. O palco ficou localizado em frente ao pavilhão, de frente para a estrada do aeroporto internacional.
Estiveram no local 300 elementos de segurança de carácter público, protecção civil, e privado.
A organização do estacionamento, localizado nas laterais do pavilhão, foi garantida pelos elementos da Polícia presentes no local.
Eram esperados cerca de 20 mil pessoas no recinto, contudo terão participado no concerto cerca de metade, ou seja 10 mil.
Akon
O verdadeiro nome do artista é Aliaune Badara Akon Thiam, nasceu em St. Louis, 30 de abril de 1973 (apesar do ano exacto não ser confirmado pelo artista) é um cantor de R&B e hip hop americano de origem senegalesa, também é compositor, rapper e produtor musical.
Akon chegou à fama em 2004 após o lançamento de seu single "Locked Up", do seu álbum de estreia "Trouble". Seu segundo álbum, Konvicted, foi indicado para o Grammy Award juntamente com o single "Smack That".
O seu quarto álbum de estúdio que inicialmente se chamaria Staduim Music, recebeu o nome de "Akonic" tem lançamento previsto para o dia 23 de novembro de 2010.
SAPO.CV-Por Cristina Morais e Hilda Teófilo
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