PRAIA-O Presidente da República de Angola e do MPLA, partido no poder, José Eduardo dos Santos, pediu aos órgãos do partido que comecem desde já a preparar as eleições gerais previstas para 2012.
No arranque dos trabalhos da primeira reunião do comité central do partido após a aprovação da nova Constituição, olíder do MPLA, admitindo mais uma vez a realização das eleições em 2012, disse querer "uma estratégia eleitoral que permita ao partido participar nesse pleito com êxito".
As eleições gerais de 2012 vão eleger o Presidente da República, o seu vice-presidente como primeiro e segundo cabeças de lista do partido ou coligação de partido mais votado para a Assembleia Nacional como ficou determinado pela Constituição aprovada em Janeiro deste ano.
José Eduardo dos Santos quer ainda que o estudo, a elaborar pelo bureau político do MPLA, determine se vai ser ou não necessário realizar um congresso extraordinário ou uma conferência nacional antes da realização das eleições gerais de 2012. "Esse estudo deverá esclarecer se será conveniente uma conferência ou congresso extraordinário antes das eleições, deveremos agora tomar decisões claras, se avançamos ou não com essa realização", afirmou o líder do MPLA.
A reunião de hoje do comité central vai apreciar os documentos de trabalho que vão orientar o partido em 2010.
"Começaremos por verificar e aprovar a redacção final dos estatutos e programa do MPLA aprovados pelo VI congresso ordinário (realizado em Dezembro de 2009), remetendo cópias da composição dos órgãos de direcção eleitos para o Tribunal Constitucional como a lei determina", apontou.
Deste modo, segundo José Eduardo dos Santos o MPLA dá início à fase da aplicação das deliberações do último congresso para aperfeiçoar o funcionamento do partido.
José Eduardo dos Santos relembrou aos cerca de 270 membros do comité central presentes, de um total de 281, que, no Executivo foi já anunciada a intenção de se promoverem "novas práticas de gestão da coisa pública, mais modernas, com base no respeito pela lei e com base na responsabilização de eventuais infractores", apontou, numa referência renovada à prometida "tolerância zero" à corrupção em Angola.
No esforço a desenvolver pelo MPLA, José Eduardo dos Santos quer conseguir a melhoria progressiva das condições de vida dos cidadãos, desde o acesso à energia, água, saúde, comércio local ou formação técnico-profissional.
O presidente do MPLA voltou a defender novos estudos que permitam conhecer o porquê do "tão alto custo de vida em Angola, especialmente em Luanda" definindo uma estratégia para "inverter esta tendência".
"Os quadros que exercem funções no aparelho do partido deve incidir na mobilização e consciencialização dos militantes para a materialização dos planos do Executivo a todos os níveis, e deve incidir igualmente na análise dos resultados obtidos", determinou.
OJE/LUSA
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