As representações diplomáticas e de negócios de um grupo de pelo menos 17 países africanos, incluindo Angola, Cabo Verde e Moçambique, têm o acesso a contas bancárias nos EUA congelado ou restringido, confirmam fontes oficiais.
As restrições foram impostas pelo Bank of America e por outros grandes bancos comerciais dos EUA, e abrangem pelo menos 17 países africanos e outros tantos de outras regiões, segundo fontes governamentais dos EUA, citadas pela agência Bloomberg.
Embora não se conheça uma lista dos países afectados, os nomes referidos são Angola, Moçambique e Cabo Verde, além da Mauritânia, Malawi, Guiné Equatorial, República Democrática do Congo Suazilândia, República Centro Africana, Gâmbia, Lesoto, Serra Leoa, Suazilândia, Burundi, República do Congo, Madagáscar e Namíbia.
A agência de notícias especifica que as fontes citadas, governamentais e de outros sectores, pediram para não serem identificadas devido aos problemas diplomáticos que esta situação está a gerar.
Em relação a Angola, algumas fontes levantaram a hipótese de estar em causa o novo embaixador dos EUA em Luanda, Christopher McMullen, confirmado para o cargo pelo Senado em Outubro, a ocupar a função enquanto esta questão persistir.
"O Departamento de Estado dos EUA lamenta profundamente os inconvenientes, nalguns casos muito graves, a que as embaixadas africanas e outras estão sujeitas, devido às medidas tomadas por alguns bancos comerciais norte-americanos", disse o adjunto do Secretário de Estado Johnnie Carson numa entrevista, segunda-feira, quando questionado sobre este problema.
Os países africanos estão a recorrer directamente à administração do presidente Barack Obama para que interfira, como fez nomeadamente a embaixadora de Angola, Josefina Pitra Diakite, que pediu a intervenção da chefe da diplomacia norte-americana, Hilary Clinton.
Segundo a VOA News, que já tinha avançado alguma informação sobre este tema, as contas afectadas pertencem a 36 países, 16 deles africanos, referenciados pelo Grupo de Trabalho de Acção Financeira. Trata-se de um organismo internacional, criado no âmbito da ONU, para combater o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo e promover a transparência bancária.
OJE/Lusa
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