Tanja: "Não quero ser resgatada"
A guerrilheira holandesa das FARC Tanja Nijmeier não quer ser salva da selva Colombiana. Ela continuará nas FARC até a morte ou a vitória, disse Nijmeijer em um vídeo exclusivo de posse da Rádio Nederland. "Se querem me libertar, serão recebidos com metralhadoras, granadas e morteiros.
O pai de Tanja está satisfeito pela atitude da Radio Nederland que, antes de publicar, mostrou todas as imagens de sua filha para a família. No entanto, os pais dela preferem não comentar.
As imagens foram feitas em Agosto, um mês antes do ataque pelo exército colombiano a um acampamento das FARC onde foi especulado sobre a morte da holandesa de 32 anos. Segundo o jornalista que fez as imagens, Nijmeijer continua viva.
Tanja Nijmeijer se uniu às FARC em 2002. Isso tornou-se conhecido quando um vídeo e trechos de seu diário foram encontrados em um laptop na selva. Durante um ataque do exército colombiano a um acampamento das FARC em Agosto, vinte guerrilheiros foram mortos, entre eles o líder Mono Jojoy. O exército encontrou no computador dele uma troca de emails na qual parece que Nijmeijer iria trabalhar nas atividades que dariam um caráter mais internacional ao grupo rebelde.
Imagens
Essas imagens foram gravadas pelo jornalista colombiano Jorge Enrique Botero. Em Agosto ele entrou na selva colombiana, onde também entrevistou Jorge Briceno, o líder das FARC conhecido como mono Jojoy, entre outros.
Botero havia filmado Tanja Nijmeijer em 2003, cujas imagens mostravam a holandesa como intérprete para um alto comandante das FARC. O jornalista está fazendo um documentário sobre as FARC.
Tanja: nostálgica sobre a Holanda
Ainda que Tanja Nijmeijer tenha passado cerca de oito anos em acampamentos das FARC na Colômbia, ela ainda pensava com frequência na Holanda. É o que ela diz em uma entrevista exclusiva de posse da Rádio Nederland.
Nos primeiros anos como guerrilheira, Tanja Nijmeijer ouvia muito a Rádio Nederland. “A Rádio Nederland executava o Wilhelmus (hino nacional holandês) no final das transmissões. Eu ficava nostálgica quando ouvia.”
Ela também disse sentir muita falta da família e amigos na Holanda: “Também sinto saudades se penso nos meus amigos e, como outros guerrilheiros, também crio coragem se penso na minha família, na paisagem holandesa. No começo eu ficava com saudades apenas de falar holandês, porque eu falava o tempo todo em espanhol e não na minha língua materna. Eu falava bem o holandês. Agora eu falo melhor o espanhol e tenho menos saudades. Mas eu penso nas pequenas coisas, como no queijo holandês.”
Nessas imagens, Nijmeijer fala sobre os motivos que a levaram a estudar na Colômbia e, em 2002, engrossar as fileiras das FARC.
Fonte:Radio Nederland(RNW)
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