PRAIA-Terminou a primeira ronda de negociações entre Cabo Verde e a União Europeia para a renovação do Acordo de Parceria Para a Pesca, que termina em meados do próximo ano. A obrigatoriedade dos marinheiros serem cabo-verdianos, e não de países que integram a ACP (organismo dos países de África, Caraíbas e Pacifico, especializado na prestação de apoio a gestão pesqueira), aumenta a possibilidade de Cabo Verde embarcar mais marinheiros nos navios da União Europeia.
Durante os encontros, terão sido discutidos vários itens constantes do anterior Acordo, "sendo que atingiu-se um consenso em diferentes pontos", afirmou Adalberto Vieira.
Para o Director-Geral das Pescas, "um dos grandes ganhos para Cabo Verde nesta primeira ronda de negociações prende-se com a substituição no texto do Anexo do Protocolo "da obrigatoriedade de os navios da EU embarcarem marinheiros "ACP"1... por obrigatoriedade de embarcarem marinheiros "cabo-verdianos".
Para Adalberto Vieira, "este último facto, reveste-se de especial importância, na medida em que, nos moldes actuais para o navio da EU basta que o marinheiro seja de um País ACP, ou seja, não necessariamente teria que ser cabo-verdiano".
Vieira explica ainda que "no futuro Acordo, o marinheiro terá que ser obrigatoriamente cabo-verdiano, facto que aumenta drasticamente a possibilidade de embarque de cabo-verdianos nos referidos navios".
A ronda de negociações, que teve início no dia 30 de Novembro e terminou no dia 2 de Dezembro, decorreu nas instalações da Direcção-Geral das Pescas.
A Delegação de Cabo Verde foi presidida pelo Director-Geral das Pescas, Adalberto Vieira, e integrava ainda representantes do Instituto Nacional de Desenvolvimento das Pescas e do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A segunda ronda de negociações terá lugar em Bruxelas.
Ilda Fortes, Redacção Praia
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