ESCOLHA DE BASÍLIO RAMOS PROVOCA DANOS COLATERAIS NO PARTIDO
PRAIA- A escolha de Basílio Ramos para presidir a Assembleia Nacional (AN) continua a desencadear reacções várias e a provocar efeitos colaterais dentro do PAICV.
Como Liberal já havia avançado na passada sexta-feira, Júlio Correia não ficou nada satisfeito com a escolha de Basílio Ramos para o cargo de PAN, porque, ele, foi até então o 1.º Vice-Presidente da AN, na última legislatura, daí a pretensão de uma ascensão natural ao cargo. O que não aconteceu, porque José Maria Neves assim não entendeu.
O Presidente do PAICV que tem vindo a ser acusado nestes últimos tempos de estar a centralizar algumas decisões importantes do partido, “num pequeno grupo que lhe é próximo”, como escreve o jornal próximo dos tambarinas, “Asemana”, pode estar neste momento a viver um momento impar no seio do partido: uma contestação interna, com conhecimento da imprensa, pondo em causa a disciplina partidária, própria dos partidos com ideias totalitárias.
As últimas decisões do presidente tambarina terá levado Orlando Sanches, então vice-Presidente do PAICV, a pedir a sua demissão do cargo, segundo aquele jornal do Palmarejo que cita fontes oficiais “por divergências internas profundas”.
ZÉ MARIA DECIDE SOZINHO
De acordo com o jornal, José Maria Neves não tem consultado sequer a Comissão Política para a tomada de decisões importantes como a composição da Mesa da Assembleia Nacional, a nova liderança parlamentar ou até mesmo na formação do novo governo, de que prometeu anunciar a 24 de Março.
E muitos apoiantes de Aristides Lima também não têm “engolido”, da mesma forma, a escolha surpreendente de Manuel Inocêncio para o partido apoiar na corrida presidencial. Situação que, aliás, os simpatizantes do maior partido da oposição têm aproveitado para “brincar” que nesta estória da compra de votos, “nem mesmo os membros do Conselho Nacional escaparam”.
ORLANDO NÃO É CANDIDATO EM 2012
Apesar das desavenças internas dos últimos dias, Orlando Sanches diz que a sua decisão, também, em não se recandidatar para mais um mandato à frente da Câmara de Santa Cruz, não tem nada a ver com esta atitude “arrogante” e “centralizador” de José Maria Neves, talvez “embriagado” pelo voto popular que teve nas legislativas de 6 de Fevereiro para o seu terceiro mandato como Chefe do Governo. Orlando Sanches explica sim, a sua retirada, com a vontade de regressar ao quadro docente do Instituto Pedagógico.
É caso para dizer que este episódio da “escolha dos amigos de Zé Maria” para ocupar cargos importantes no partido começa a provocar danos colaterais no seio do PAICV.
http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=32109&idSeccao=523&Action=noticia
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