quarta-feira, 16 de março de 2011

CV(RTC):Primeiro ministro defende salários mais elevados para se atingir maior produtividade

"Não acredito que se devam estribar em baixos salários, mas sim na produtividade. Nenhum país se transformou com base em baixos salários, é um mito", defende José Maria Neves.

PRAIA-O primeiro-ministro, José Maria Neves, defendeu ontem (15) o pagamento de salários mais elevados para se atingir maior produtividade no País. “Temos de criar fatores de competitividade.
Não acredito que se devam estribar em baixos salários, mas sim na produtividade. Nenhum país se transformou com base em baixos salários, é um mito.
O País só pode crescer se insistir na produtividade e nós teremos de investir mais e cada vez mais na produtividade”, disse.
Neves que encerrava a apresentação do estudo "Cabo Verde Economic Outlook" feito pelo Banco Espírito Santo (BES), afirmou que Cabo Verde poderá aproveitar o momento atual de crise para criar oportunidades, o que na sua analise exige uma capacidade enorme de criar e inovar.
“Num ambiente de grande complexidade como o que estamos a viver a tendência é precisamente de buscar respostas simplistas quando nós devemos ir para além do que é evidente”, sublinhou apelando ao “forte envolvimento” do setor privado. “Um forte desenvolvimento do setor privado competitivo.
Aqui deverá centrar toda a estratégica e acelerar o ritmo de Cabo Verde num centro de prestação de serviços para podermos criar riquezas e sustentar a dinámica de crescimento e desenvolvimento do País”, acrescentou.
O Chefe do Executivo também abordou a questão da formação, afirmando que se deve “investir fortemente no desenvolvimento do capital humano”.
“Aqui temos todos de mudar profundamente algumas coisas em termos de formação profissional, ensino superior, ciência e inovação, a nível da Educação”, disse o primeiro-ministro, acrescentado que já não é tempo de continuar a fazer gestão da manutenção.
Temos é de fazer rupturas, de criar novos paradigmas, de dar o salto e aqui a transformação terá de ser profunda. Isto exige rupturas, mudanças de crenças, de hábitos, ir para além da mediania, do óbvio e do evidente”, frisou.
http://www.rtc.cv/index.php?paginas=21&id_cod=2270

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