ALPHEN AAN DEN RIJN-A Holanda está de luto após o tiroteio que tirou a vida de sete pessoas. Os moradores da cidade de Alphen aan den Rijn, procuram atenuar a dor participando nas celebrações religiosas e em outros eventos que tem a ver com o trágico acontecimento de sábado.
Na igreja Goede Herder, o pastor Kees van Stralen expressa na oração sua degeneração ao ver as terríveis imagens. "Um bonito sábado de sol que virou um caos. Estamos chocados". Após o culto, os fiéis se uniram ao pastor e, em silêncio, caminharam para o centro comercial de Ridderhof.
Logo após o tiroteio, a rainha Beatriz, o primeiro-ministro, Mark Rutte, e outras autoridades expressaram repugnância e consternação sobre o drama que aconteceu ontem, sábado, por volta do meio-dia. Tristan van der Vlis, de 24 anos, "um loiro alto morador na cidade", entrou no centro comercial de Ridderhof e começou a atirar indiscriminadamente. Ele matou seis pessoas e em seguida, atirou na própria cabeça. Outras quinze pessoas ficaram feridas.
Os corpos das vítimas, que haviam permanecido no local do crime durante a noite para investigação, já foram retirados do centro comercial. Ainda hoje, domingo, a polícia irá divulgar a identidade das vítimas.
"Esse tipo de crime não é comum na Holanda, com excepção do atentado em Apeldoorn, há dois anos, durante o Dia da Rainha. Motivo pelo qual não estávamos preparados", diz o especialista holandês em segurança, Glenn Schon.
O massacre de Alphen aan den Rijn desencadeou no País a discussão sobre a lei de posse de armas, ainda que na Holanda ela seja bastante restrita, ao menos no papel. Tristan van der Vlis possuía licença de porte de cinco armas, sendo que três dessas estavam na sua posse. Tristan, que era membro de um clube de tiro e possuía licença de porte de armas, já havia tido problemas com a polícia num episódio que chocava com a lei de armas e munições em vigor no país e num outro com tentativa de suicídio em 2006.
Pergunta-se como é que ele conseguiu manter a licença se já tinha violado a lei de armas anteriormente?
O jovem Tristan deixou escrito uma carta de despedida na casa de sua mãe, mas sem contudo explicar o motivo do crime. A mãe do jovem possuía uma loja de roupas no centro comercial Ridderhof onde aconteceu a tragédia.Sabe-se que o jovem autor dos disparos morava com o pai, numa casa próxima do centro comercial.
No carro pertencente ao homicida que estava estacionado próximo do centro comercial, a polícia encontrou outra carta, que dizia que havia explosivos em outros três centros comerciais que foram fechados por precaução mas que hoje de manhã foram reabertos, embora não se saiba se explosivos foram ou não encontrados nos locais.
Sabe que entre as vítimas três eram mulheres e 3 homens e que todos eram todos moradores da cidade e dos 17 feridos, 8 são mulheres e 9 são homens. Permanecem ainda internadas 12 pessoas entre as quais duas crianças de 6 e 10 anos respectivamente mas que não correm perigo de vida.
No registo de condolências na internet, condoleance.nl, milhares de pessoas já deixaram mensagens de solidariedade.
incidente na Holanda ocorreu dois dias depois do brasileiro Wellington Menezes de Oliveira ter matado 12 crianças numa escola brasileira e ter também suicidado em seguida.
Norberto Silva com a Rádio Nederland
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