A discriminação continua a perseguir Rihanna, depois desta ter sido alvo de insultos de índole racista num hotel de Lisboa, enquanto se encontrava em Portugal para um concerto no Pavilhão Atlântico.
Conforme a cantora reportou no seu Twitter, uma revista holandesa referiu-se a ela como uma “nigga bitch” – algo como «prostituta negra» -, entre outras declarações não menos desagradáveis.
“Rihanna, a boa rapariga que se tornou mazona, é a derradeira prostituta negra e mostra-o de bom grado, o que, neste caso, significa: o que entra, pode sair. Se isso significa que ela estará meia nua em palco, que seja”, pode ler-se no artigo da revista “Jackie”, que segue aconselhando as mães holandesas como vestir as suas filhas, inspirando-se na cantora, mas com roupa adequada às temperaturas que se fazem sentir naquele país: “Diga não aos grandes óculos de sol e aos saltos-altos porno, e sim aos padrões tigresa, ao rosa e a tudo que reluz…”.
A resposta da cantora não se fez esperar e chegou através do Twitter, dirigida à editora-chefe da publicação, Eva Hoeke: “Espero que percebas inglês, porque a tua revista é uma pobre representação da evolução dos direitos humanos. Acho-te desrespeitadora e bastante desesperada! Ficaste sem informação legítima e civilizada para imprimir! Há cerca de mil raparigas holandesas que adorariam ser reconhecidas pelas suas contribuições para o país, podias ter dedicado-lhes um artigo. Em vez disso, pagaste para imprimir um artigo que rebaixa uma raça inteira. É esta a tua contribuição para este mundo”.
Não satisfeita, Rihanna continuou: “De forma a encorajares a segregação, de forma a induzires em erro os futuros líderes, incentivando-os a atuar como no passado, colocaste duas palavras juntas que não fazem qualquer sentido. Prostituta negra?! Bem, com todo o respeito, e em defesa da minha raça, aqui vão duas palavras para ti: Fuck You!!!”.
A revista apressou-se a desculpar-se: “…Isto nunca deveria ter acontecido. Ponto final. Apesar do autor do texto não o ter feito com más intenções – o título do artigo era suposto ser uma brincadeira – foi uma brincadeira de mau gosto, no mínimo, que se escapou pelos meus dedos de editora-chefe. Estúpida, dolorosa, horrível para todos os envolvidos. O autor foi chamado à atenção e, neste momento, só posso assegurar que estes termos não voltarão a ser utilizados nesta revista. Espero que todos vocês acreditem que não houve nenhuma motivação racista por trás desta escolha de palavras. Foi estúpido e foi ingénuo acreditar que esta era uma forma aceitável de gíria – tu ouve-la a toda a hora na televisão e na rádio, logo a tua noção do que é normal muda aparentemente – mas houve um equívoco: não houve maldade por trás".
Após o incidente, Eva Hoeke, que trabalhava na publicação há oito anos – renunciou ao cargo de editora-chefe da revista.
Sara Novais
http://palcoprincipal.sapo.cv/noticias/Noticia/discriminacao_racial_para_com_rihanna_continua_com_revista_a_apelida_la_de_prostituta_negra_2/0006590
Conforme a cantora reportou no seu Twitter, uma revista holandesa referiu-se a ela como uma “nigga bitch” – algo como «prostituta negra» -, entre outras declarações não menos desagradáveis.
“Rihanna, a boa rapariga que se tornou mazona, é a derradeira prostituta negra e mostra-o de bom grado, o que, neste caso, significa: o que entra, pode sair. Se isso significa que ela estará meia nua em palco, que seja”, pode ler-se no artigo da revista “Jackie”, que segue aconselhando as mães holandesas como vestir as suas filhas, inspirando-se na cantora, mas com roupa adequada às temperaturas que se fazem sentir naquele país: “Diga não aos grandes óculos de sol e aos saltos-altos porno, e sim aos padrões tigresa, ao rosa e a tudo que reluz…”.
A resposta da cantora não se fez esperar e chegou através do Twitter, dirigida à editora-chefe da publicação, Eva Hoeke: “Espero que percebas inglês, porque a tua revista é uma pobre representação da evolução dos direitos humanos. Acho-te desrespeitadora e bastante desesperada! Ficaste sem informação legítima e civilizada para imprimir! Há cerca de mil raparigas holandesas que adorariam ser reconhecidas pelas suas contribuições para o país, podias ter dedicado-lhes um artigo. Em vez disso, pagaste para imprimir um artigo que rebaixa uma raça inteira. É esta a tua contribuição para este mundo”.
Não satisfeita, Rihanna continuou: “De forma a encorajares a segregação, de forma a induzires em erro os futuros líderes, incentivando-os a atuar como no passado, colocaste duas palavras juntas que não fazem qualquer sentido. Prostituta negra?! Bem, com todo o respeito, e em defesa da minha raça, aqui vão duas palavras para ti: Fuck You!!!”.
A revista apressou-se a desculpar-se: “…Isto nunca deveria ter acontecido. Ponto final. Apesar do autor do texto não o ter feito com más intenções – o título do artigo era suposto ser uma brincadeira – foi uma brincadeira de mau gosto, no mínimo, que se escapou pelos meus dedos de editora-chefe. Estúpida, dolorosa, horrível para todos os envolvidos. O autor foi chamado à atenção e, neste momento, só posso assegurar que estes termos não voltarão a ser utilizados nesta revista. Espero que todos vocês acreditem que não houve nenhuma motivação racista por trás desta escolha de palavras. Foi estúpido e foi ingénuo acreditar que esta era uma forma aceitável de gíria – tu ouve-la a toda a hora na televisão e na rádio, logo a tua noção do que é normal muda aparentemente – mas houve um equívoco: não houve maldade por trás".
Após o incidente, Eva Hoeke, que trabalhava na publicação há oito anos – renunciou ao cargo de editora-chefe da revista.
Sara Novais
http://palcoprincipal.sapo.cv/noticias/Noticia/discriminacao_racial_para_com_rihanna_continua_com_revista_a_apelida_la_de_prostituta_negra_2/0006590
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